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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
FC Porto e Sporting aproveitaram o tropeção que o Rio Ave provocou no Benfica e isolaram-se na liderança do campeonato, encerrando um mês de Agosto perfeito com duas vitórias tão diferentes como as circunstâncias que as rodearam.
A equipa de Sérgio Conceição passou o primeiro teste de fogo, vencendo o Braga na Pedreira com uma exibição mais segura do que propriamente formosa. É verdade que o FC Porto foi fiel aos respectivos princípios, entrando bem no jogo e multiplicando as oportunidades de golo antes e depois de o génio de Corona ter desbloqueado o marcador, mas o melhor da exibição portista foi mesmo a capacidade para congelar a partida na segunda parte, asfixiando a previsível reacção dos minhotos com uma tranquilidade e clareza de propósitos difícil de imaginar nas últimas épocas. Claro que o cansaço acumulado pelo Braga no último assalto à fase de grupos da Liga Europa pode ter ajudado, mas isso não invalida a constatação de que, mais do que se limitar a desabar sobre as balizas adversárias, este FC Porto é capaz de perceber quando o importante é manter a de Casillas em segurança.
Com um adversário mais acessível e a jogar em casa, o Sporting poderá alegar o cansaço acumulando em Bucareste para justificar a quebra na parte final da partida com o Estoril. Ainda assim, aquele adormecimento não deixa de ser um sinal preocupante para uma equipa cujo grupo na Champions promete algumas ressacas complicadas. Seja como for, encerrada a primeira etapa do campeonato, é evidente que a vantagem para o Benfica não permite quaisquer conclusões, o que não significa que não seja importante. Desde logo, porque o primeiro clássico da temporada coloca FC Porto e Sporting frente a frente e não faz mal nenhum ter alguma margem de manobra.
Jorge Maia, jornal O Jogo
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