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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Coates já está no Uruguai onde na quarta-feira vai começar a treinar-se com o plantel do Nacional. À chegada, o central abordou as razões que o levaram a deixar o Sporting;
"Podia ter ficado no Sporting, mas tinha o sonho de acabar aqui. Foi uma decisão que tomei junto com a minha família por diversas razões. Agora quero conhecer toda a gente. Mauri Pereyra e Seba Eguren [jogadores do Nacional] foram os primeiros a saber e entretanto também já falei com Martín Lasarte [treinador do Nacional]. Creio que estou pronto para começar a treinar na quarta-feira, sinto-me bem pois estava a trabalhar no meu antigo clube, não no trabalho de pré-época, mas estive a preparar-me".
Ele ainda disse mais umas coisas, mas não vale a pena estar a repetir o discurso já bem conhecido.
Sempre fui um grande admirador de Coates, reconheço o seu desempenho de qualidade no Sporting, mas não gostei desta decisão dele, nomeadamente no que diz respeito ao timing.
O contrato dele renovou automaticamente no dia 31 de Maio, que lhe deu amplo tempo para recorrer à cláusula que permitiria regressar ao seu clube no Uruguai. Deixou passar as semanas, apresentou-se para os trabalhos de pré-época e só depois anunciou a sua decisão.
Nunca houve grandes dúvidas, e as recém-afirmações de Rúben Amorim esclarecem isso, que o timing da decisão surpreendeu todos e prejudicou o Sporting, porque estava a contar com ele. As suas movimentações no mercado podiam ter sido outras.
Compreende-se que Coates queria acabar a sua carreira no seu clube de origem, mas mais um ano não alterava nada. Eu creio que pressões familiares da parte da mulher foram um factor decisivo, e a conversa que alguém está doente não é nada convincente.
Continuo a admirar o jogador que ele foi, mas a sua porta de saída podia ter sido muito maior.
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