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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Para me poupar o trabalho de escrever mais uma longa explicação - e já escrevi várias sobre esta temática- aproveito o recém- comentário do leitor MG, que apresenta um enquadramento genericamente correcto sobre o estado do processo Doyen após a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).
É deveras exasperante como alguns adeptos continuam a insistir em teses ilusórias recorrendo a argumentos laterais que são irrelevantes ao processo, numa tentativa fútil de justificar o injustificável.
Ainda não se conhece o teor do eventual recurso do Sporting - se é que recorreu ou vai recorrer - mas, como já sublinhámos, esse recurso, que, em princípio, será perante o Supremo Tribunal Federal da Suíça, na minha opinião, bem sustentada, nem sequer dará entrada, ou seja, nem sequer atingirá a fase de deliberação, pela inexistência de causa de Direito.
De qualquer modo, eis o que o leitor MG teve para dizer:
«As hipóteses de ganhar o recurso são nulas (ou praticamente nulas). No entanto seja qual for a decisão, este recurso não tem efeitos suspensivos, pelo que, a Doyen pode exigir o cumprimento da decisão do TAS (o que já fez, pedindo a penhora das receitas da UEFA).
Contrariamente ao que se afirma, esta decisão não é só válida na Suíça. O TAS é um tribunal arbitral que apenas "julga" a pedido das partes, ou seja, só quando ambas as partes concordam que o TAS é o foro adequado para dirimir questões é que há a sua intervenção. Deste modo, não pode o Sporting aceitar que o TAS intervenha (como aceitou e até está escrito nos contratos com os jogadores e com a Doyen, que o TAS será o local onde serão dirimidas quaisquer questões) e depois venha dizer que não cumpre a "sentença" por esta só ser válida na Suíça.
Como o TAS está sediado na Suíça e rege-se pelas leis Suíças (também aqui as partes concordaram que fosse aplicada a legislação Suíça) apenas poderá haver recurso para o Supremo Tribunal Federal Suíço, como o Sporting recorreu. Mas atenção, o caso não vai voltar a ser julgado. O que vai ser analisado é se houve algum vício de forma e/ou processual, pelo que, não vejo nenhuma hipótese de o Sporting sair vencedor.
Já agora, sabe qual foi o principal argumento que o Sporting usou no recurso apresentado? No recurso é referido que o cumprimento desta sentença pode levar o Sporting à falência !!! Eu nem queria acreditar, então anda a dizer-se aos 4 ventos que o Benfica está falido (o que é um absurdo e uma parvoíce de alto quilate) e depois é o próprio Sporting que afirma perante um tribunal que está próximo da falência ?
Olhe nem sei o que diga....»
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