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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
«A segurança, o respeito e a necessária tranquilidade não existe. E todos sabemos há muito tempo de onde tudo isso vem.
Não culpo os árbitros. Culpo as "altas patentes" das autoridades do nosso país. Os chefes das várias forças e os juízes. Culpo quem manda e tem o dever de proteger e não cumpre a sua obrigação.
Soubemos que eles foram ao centro de treinos ameaçar a vida dos árbitros e das suas famílias. Isso saiu cá para fora. Mas há muita coisa que não sai.
Ninguém fala das visitas ao trabalho das esposas, de lojas desarrumadas e de dezenas de calças espalhadas pelo chão, por exemplo.
Ninguém fala das esperas à saída dos colégios e escolas dos filhos dos árbitros. Sem dizer nada só a "marcar presença" nos dias antes aos jogos. Só para verem e serem vistos.
Ninguém fala das dezenas de telefonemas seguidos nas madrugadas. Vinte, trinta, quarenta telefonemas que, quando são atendidos, logo são desligados e passado segundos voltam a tocar. Às três, quatro, cinco, seis da manhã.
Ninguém fala nos restaurantes de irmãos e familiares de alguns árbitros onde essa bandidagem impune vai comer e beber e à saída, depois de partir qualquer coisita e de escrever algumas reclamações inventadas no livro, dizem com ar de mauzões que "o filho da p... do teu irmão paga e se não se portar bem para a semana somos cinquenta".
Carros com os vidros partidos que logo após serem substituídos voltam a partir-se.
Esperas à porta de casa só para dizerem, "boa noite e bom jogo", mostrando desta forma que sabem onde as pessoas moram, quando árbitros e fiscais de linha chegam a casa.
Terror total, pessoas feridas na sua dignidade, tanta e tanta coisa que ninguém fala. E os árbitros vão denunciar para quê? Vão eles arriscar a vida de quem mais amam para quê? Ninguém quer saber, Portugal está feito mesmo para esta escumalha.
Não há muito tempo vimos todos na TV o segurança de Pinto da Costa (agora envolvido em assassínios em vários casos de máfia na noite do Porto) mandar o chefe da policia do Porto calar-se... Os gajos roubam à vista de toda a gente microfones e outro material à CMTV e em vez de se esconderem, exibem-se orgulhosos sob uma impunidade chocante que amedronta e serve de exemplo para todos os outros. Sim, eles roubam, ameaçam e agridem e exibem o que fazem para servir de exemplo a todos os outros.
Livros foram escritos e publicados referindo roubos, assaltos, agressões várias, consumo e tráfico de droga e ninguém se importou...
Os árbitros? Fazem o que têm de fazer para ter algum sossego e proteger quem mais amam e nós só os entendemos se nos metermos no lugar deles. Pensarmos nos nossos irmãos, pais, filhos e esposas a serem ameaçados e perturbados nos seu dia a dia por esta gente... Possivelmente fazíamos o mesmo...
Não, os grandes culpados do que passa e do que vai continuar a passar não são os árbitros! É de quem manda nesta triste "república das bananas" outrora "nação valente e imortal" que se chama Portugal.»
Leitor: João Carvalho
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