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Rui Gomes, em 02.04.18

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"Bruno de Carvalho teve um aspecto positivo na sua presidência: soube escolher bem os dois primeiros treinadores com quem trabalhou. A partir do momento em que contratou Jorge Jesus fez um 'hara-kiri', mesmo que sem intenção.

Como se foi comprovando neste tempo de trabalho no Sporting, Jorge Jesus não é aquilo que fizeram dele, beneficiou foi da máquina de propaganda benfiquista. Não sendo um génio da bola, é um treinador que conhece bem - fruto dos anos de experiência no futebol nacional - as manhas e estratagemas dos relvados portugueses e que até podem ser suficientes para singrar num clube grande, dependendo do contexto e momento em que lá trabalhar, mas que não fazem necessariamente dele um mago da bola.

Jorge Jesus quase conseguia ser campeão nacional no Sporting no seu primeiro ano, mas beneficiando do trabalho do técnico antecessor e negligenciando as restantes provas para apostar tudo no campeonato. Mas depois disso, em que era preciso mostrar o seu real valor construindo uma equipa a partir do zero, e baseado nas suas ideias, fracassou.

Bruno de Carvalho está refém do trabalho de Jesus, porque para o "despachar" tem de ter logo à mão um nome forte para atirar aos adeptos e que de imediato amenize algum receio, ou desconfiança do futuro, de quem venha a ser o sucessor. Um treinador sem nome ou currículo deixará o presidente em situação frágil".

Leitor: MIGUEL DIAS

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miguel dias

publicado às 03:44

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57 comentários

De Rui Oliveira a 02.04.2018 às 11:29

O Jorge Jesus teve uma sorte do caraças no seu primeiro ano na Luz. Um Porto em queda e um Sporting sem rumo.
Jogou bom futebol mas foi pouco superior ao Braga de Domingos. Depois foram 3 anos de seca... e só não foi despedido porque o Pinto da Costa fez o seu jogo. Sempre infeccionando os seus salários enquanto Villas Boas e Vitor Pereira ganhavam campeonatos.
Volta a ser campeão no Benfica, porque os dirigentes do clube lhe meteram uma mordaça e fortaleceram a sua presença no balneário. E uma palavra para o psicólogo. O Evandro Mota era alguém que o acompanhava dia a dia. E que conseguia gerir a sua relação com os jogadores.
Vejam o que aconteceu antes e depois de Jesus abdicar dele no Sporting.
Jesus entende de futebol mas é uma besta no relacionamento com os outros. É um pedante quando ganha e uma minhoca quando perde.

De Indiana Julio a 02.04.2018 às 11:41

Concordo com o seu ultimo paragrafo , na péssima comunicação que JJ tem com os jogadores , precisa de passar a barreira para o histerismo para se fazer ouvir .

Hoje em dia e cada vez mais os treinadores têm que ser mais psicólogos , saberem entrar no mundo de cada jogador , encontrá-lo lá dentro do seu sub consciente e não é com gritinhos e á forma tosca que lá entram pelo contrário só acaba em saturação .
Depois JJ tem outro defeito fala sempre com vaidade , toda sua conversa de dicas é feita com vaidade , e um treinador tem que ser reconhecido como um lider de forma natural e não o ter que estar sempre a forçá-lo.