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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Também ainda não consigo discernir a vontade de Rogério Alves. Sempre o vi como alguém suficientemente metódico e pragmático para não embarcar numa empresa destas sem garantias várias, que passam, entre outras, pela assunção de um projecto que lhe condicionará invariavelmente a sua vida profissional, ainda muito activa.
Até que se assuma como tal, continua a ser carta fora do baralho. Julgo no entanto que seria alguém muito importante neste contexto por ser uma figura abrangente é algo consensual. Nesta matéria, dada a sua forma de ser, tenho serias duvidas que alguma vez assuma um apoio tácito a quem quer que seja. Não é esse o seu perfil.
Dado tudo isto, Varandas, que pouco ou nada mostrou realmente de entusiasmante até ao momento, para além daquela postura muito própria de militar, de peito feito e disposto a lutar contra tudo e contra todos, pouco me interessando no processo as suas alegadas experiências em terras do Oriente e os seus sentidos de camaradagem... que pouco ou nada importam para o assunto em questão, parte numa posição privilegiada pela sua dissidência da anterior estrutura que, mais que provocar algum sentimento de traição, alberga consigo boa parte de gente desiludida com as atitudes da anterior direcção.
Miguel Albuquerque tem que ser sempre analisado pelas suas mais valias e nunca por qualquer colagem conspirativa em relação ao anterior presidente. Não consigo julgar o clube por aí. Em todos os regimes existe gente valiosa por entre os podres do sistema e Albuquerque poderá ser bem um. Depois, quaisquer que sejam as atitudes por ele tomadas, estas serão sempre julgados legítima e superiormente pelo universo dos sócios que são quem soberanamente detém poder de decidir.
Roquette não se apresentou como candidato. Logo, o seu manifesto insere-se no modelo de um desabafo em nome do clube e das suas necessidades.
As premissas ali apresentadas nada sai mais que linhas gerais de um projecto que podia muito bem ser conduzido por qualquer um que veja o Sporting com alma e espírito de entrega e não simplesmente como algo que é de cada um de nós mas que poucas vezes serve mais do que para ser usado como arma de arremesso aos adversários para discussões de café, tertúlias de ocasião, jornadas desportivas ao domingo... ou ainda para tempos de antena nocturnos em qualquer CMTV que vê nisto um meio de encher horas de emissão quase com assuntos de tudo menos do que realmente importa - o Sporting. Por isso é que me perdoem os Rodrigues e os Ferreiras ou os Varandas e tantos outros que por ali passam constantemente...
O Sporting vivido a este nível tem que ser analisado por gente capaz e devidamente focada sob pena de continuarmos a ser um clube de coitadinhos como não o deixámos de ser há mais de 15 anos.
Leitor: Pepeu
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