Camarote Leonino

"Os jogos ganham-se no campo"...

Como deve saber, isto tem muito que se lhe diga no futebol português de há uns bons anos a esta parte.

A união não ganha jogos, mas se "remarem" todos para o mesmo lado da muito jeito!
A união (não unicidade!) dá a força necessária para chegar às vitórias, caso contrário quem perdesse estava condenado a estar desunido e consequentemente a perder sempre.
E, mais uma vez pela negativa, o Sporting é exemplo disto. No suposto auge da vitória, após quebrar o jejum de 18 anos sem ser campeão em 2000, o clube entrou em desunião, com as habituais guerras internas (que culminaram com a saída de Vidal e Torcato), e a época seguinte foi desastrosa.

Caro António
Certo, mas como deve saber o Sporting teve sempre grande apoio dos adeptos, e nem preciso falar dos "Vapores do Rego", houve sempre grande apoio.
Agora andarem uns quantos a afiar as navalhas, a pedir que o Sporting perca com o FCP, não entendo, não entende ninguém com as capacidades cognitas intactas.
Nunca tinha visto isso no Sporting, nunca vi noutro clube sobretudo no FCP.
SL

Errata: "Deixe-os" (eles), e não "deixe-nos".

Já estivemos 18 de uma vez e 19 de outra.
Convido-o a ver imagens do estádio das Antas cheio durante esses anos.
Vocês e amania de que são mais adeptos que os dos outros!!!

Você nunca viu os sócios do Porto a rasgar os cartões de associados, depois de terem visto a sua equipa a perder?

A questão também é aquela pergunta típica.
Se tudo começa por estarem unidos e com isso surgem mais facilmente as vitórias, ou as vitórias é que levam à união.

Há algo importante também a referir, é mais fácil existir união no FCP, por terem uma identidade muito regional e assim existir um moto comum, independentemente da diversidade social da massa adepta.

No Sporting, é muito mais complicado, porque não temos essa forma de união extra desporto.

Bem observado, e creio que ambas serão assertivas, válidas e até complementares, pese embora ser partidário preferencial e estar convicto, certo e apologista, de que a coesão, união e disciplina, são ingredientes de conjugação imprescindível para o êxito e sucesso, em qualquer ramo ou vertente de actividade organizacional.
Não é garantia e certeza absoluta, mas sim, um certificado de qualidade, que potencia alcançar os objetivos e permite
consolidar um formato para o sucesso.
Inexistindo estes, jamais será possível construir uma cultura de compromisso, processos e hábitos, conducentes às vitórias, de forma recorrente no tempo e espaço.
Já na presença de cenário contrário e formato único, de que só as vitórias arrastam união, estas teriam que ser muito regulares e frequentes, para que não existissem fricções, turbulência e
acções desestabilizadoras, como infeliz lamentavelmente se tem assistido no nosso Sporting CP.
Neste quadro, o êxito poderia apenas resultar ou depender de conjunturas circunstanciais e momentâneas, como por exemplo a sorte ou a contratação de atletas e profissionais, que pela sua intrínseca qualidade, por si só contribuem, conduzem e arrastam para o sucesso.
Mas tal, ficaria sempre refém do sortilégio, do pontual e do casuistico, e por conseguinte, de algo não estruturante.
É um debate interessante, que permite a troca enriquecedora de opiniões e que no contexto actual, de Viver e Amar o nosso clube, parece merecer o melhor acolhimento deste fórum.
SL

Não tenho dúvidas que Pinto da Costa é o "cimento" que os mantém unidos e que ninguém com aspirações ousa enfrentar.
É muito curioso verificar como os futuros candidatos a presidentes se colocam numa espécie de "grelha de partida" para a sucessão, mas sempre de olho na atitude do boss. Se este avança para novo mandato (como tem sucedido) recuam para não o afrontar.
Mas realmente a sua sucessão vai ser uma luta fratricida e é minha opinião que PC ainda não vislumbrou quem o possa substituir condignamente e em "segurança", caso contrário já tinha sido mais esclarecedor e interventivo neste processo. Até porque o seu sucessor também o deve preocupar (em todos os aspectos!).
Até lá, e porque consegue por a equipa sempre a voltar a vencer, as contas ficam "esquecidas" e a adesão à causa continua, baseada também nos inimigos externos (o já citado João Rocha, a retrete para o ministro das finanças, o centralismo de Lisboa, as toupeiras da Luz, o governo que é encarnado...).