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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Aproveitando o estágio de pré-época que o Sporting está a realizar na Suíça, Frederico Varandas esteve reunido esta quinta-feira com Gianni Infantino, presidente da FIFA.
Em declarações à Sporting TV, o presidente leonino explicou que abordou dois temas com o dirigente máximo do organismo mundial: o mercado de transferências e a necessidade de proteger os clubes formadores:
"Mostrei as minhas duas grandes preocupações. Uma delas é a falta de regulação do mercado de transferências. Vivemos numa fase em que há um mercado verdadeiramente selvagem, em que os clubes estão cada vez mais pobres. As receitas vão aumentando, mas, cada vez, o dinheiro fica menos nos clubes e tem de, de uma vez por todas, haver coragem para uma regulação das tranferências.
O segundo aspecto foi falar da nossa história, da nossa tradição, como um clube que formou dois 'bolas de ouro', um dos quais, o melhor jogador português de todos os tempos e um dos melhores do mundo, tem de ser protegido. Não falo só do Sporting, falo de todos os clubes formadores, e hoje estes clubes têm uma grande dificuldade a lutar contra gigantes, que chegam a estes jogadores mesmo antes de eles assinarem o primeiro contrato profissional. e nós não temos qualquer tipo de protecção".
Regular... mas como?
A visita de Frederico Varandas à FIFA não irá mudar o Mundo, nem sequer o mundo do futebol. Porque, apesar das palavras simpáticas de Gianni Infantino em relação ao emblema de Alvalade, os problemas de clubes como o Sporting – grandes num contexto regional – não estão na primeira linha de preocupações da FIFA, até porque a sua resolução não depende apenas de regulamentos que possam emanar de Zurique.
A grande mensagem que Varandas passou após a reunião foi sobre a necessidade de regular o mercado de transferências, que classificou de "verdadeiramente selvagem", pedindo especial proteção aos clubes formadores. Uma evidência para quem anda atento – e não é preciso muito – aos meandros da bola, mas a questão é a mesma de sempre: como? Porque há regulamentos de transferências, mas depois também há leis nacionais e europeias, como nos lembrou Jean-Marc Bosman há mais de 20 anos.
Os problemas do Sporting são comuns a muitos clubes formadores e a falta de dinheiro deixa esses emblemas mais expostos do que nunca. Mas se os leões podem queixar-se num contexto global, também é verdade que estão do lado dos tubarões num contexto local. E basta lembrar, para citar um dos exemplos referidos por Infantino, que Cristiano Ronaldo foi recrutado ao Nacional por causa de uma dívida de 5 mil euros.
Artigo de Sérgio Krithinas, jornal Record, aqui.
Nota: O Director Adjunto do diário desportivo não devia abordar assuntos sobre os quais não tem conhecimento algum. O recrutamento de Cristiano Ronaldo em 1997, aos 12 anos, em nada se relacionou com a então dívida do Nacional ao Sporting, sendo esta apenas uma circunstância à data.
Acontece que uma colega de blogue nossa esteve pessoal e directamente envolvida no caso que viabilizou a vinda de CR7 para Alvalade.
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