À chegada a Portugal, depois de disputar o Mundial 2018, Bruno Fernandes admitiu que todos os cenários estão em aberto, deixando claro que a sua intenção passa por encontrar um acordo que seja benéfico tanto para o Sporting como para si, admitindo, inclusive, a hipótese de ficar em Alvalade:
"O Sporting sabe a minha intenção e as pessoas indicadas sabem a minha intenção. A intenção passa por eu e o Sporting ficarmos bem. Se ambas as partes quiserem, será possível chegar a um acordo para eu ficar".
Uma outra reportagem indica que também Bas Dost está a reflectir a sua situação.
Com tantos comentários eruditos e esclarecidos só falta vir a aqui extra ordinária dra.prof ? Elsa Judas a destilar o seu fel. Eu apenas digo, se há algum Bruno que deva voltar ao Sporting que seja o Fernandes. O de Carvalho que se mude da Alta de Lisboa para Benfica ou vá para o raio que o parta!
G, Concordo. Se os jogadores que rescindiram porque não querem ver o Bruno nem pintado, e que aguentaram as rescisões até ao limite do prazo, para ver se ele saía. quiserem voltar que voltem e que o clube faça com eles a negociação possível.
Se não houver hipótese de regresso que se negocie para conseguir o melhor retorno financeiro para o Sporting. O clube não está em condições de impor totalmente a sua vontade. Se quiseram assinar por outro clube podem fazê-lo. Depois entra-se num processo judicial que se pode ganhar ou perder, mas que vai ser sempre longo.
Tem que haver bom senso. Não é tempo de radicalismos, de tudo ou nada. É tempo de negociar com realismo. E chega de considerar os atletas os maus da fita, quando o verdadeiro culpado fica sempre incólume. Seja qual for o resultado deste processo já estou a ver os Sousas, os Mikes, os Julius, a atirar pedras à Comissão. Assim conseguisse ganhar o Euromilhões.
Por fim há uma coisa que me envergonha de ser humano. É ver desvalorizar o que aconteceu na Academia, quase considerando que aquilo foi um arraial dos santos populares. Não foi. Foi um inferno criado por uma tropa de choque, com alto comando. E que por pouco não fez o mesmo na última Assembleia.Como diz o ditado, pimenta no rabo dos outros é refresco.
O principal culpado não saiu incólume…. foi destituído!
Percebo o seu argumento de ser aplicado o bom senso…. mas o bom senso diz-nos que a carta de rescisão nunca deveria ter sido apresentada…. neste momento quem precisa do acordo são os jogadores, que têm de arranjar clube para continuarem a jogar…. o clube continuará com maiores ou menores dificuldades sem esses atletas.
Ninguém desvaloriza o ataque de Alcochete, aliás não se falou de outra coisa durante 1 mês…. agora, o que aqui está em causa é a falta de respeito pelos sócios e a instituição, que está muito acima do presidente em funções.
O Rui Patricio por exemplo ia ser só o jogador com mais jogos no Sporting…. hoje tenho dúvidas se seria aplaudido a entrar em Alvalade…. destruíram símbolos do clube…. Bruno de Carvalho, jogadores e empresários responsáveis por isto!
Tem razão, foi destituído, por uma maioria de votantes, mas ainda tem um número elevado de seguidores que não o considera responsável por nada. Até o Schmeichel, que se diz seu opositor, no que acredito, nesta questão das rescisões põe todo o ónus em cima dos jogadores. Tal como a sua, a minha posição é conhecida e estamos em discordância. Saíram nove jogadores e cada caso é um caso. Está claro que estes atletas e possivelmente outros, não queriam mais trabalhar com Bruno. Por isso estão agora abertos ao diálogo.
Na minha perspectiva, como todos nós, os atletas não são propriedade de ninguém. São trabalhadores, com os mesmos direitos e deveres, e com duas grandes diferenças: São muito melhor pagos , mas isso está relacionado com o sector onde trabalham e são pessoas mediáticas e por isso sujeitas a permanente escrutínio.
Para além disso, como todos nós, têm o direito de rescindir o seu contrato de trabalho, alegando justa causa, como a entidade patronal tem o direito de os despedir, pelas mesmas razões. Se têm ou não razão já é outra questão. Fidelidades de tipo feudal já não existem, nem para quem exerce actividade de grande visibilidade pública.
Nesta como noutras situações, procuro colocar-me no lugar do outro e entender as suas motivações. Portanto nunca vamos estar de acordo. Tenho muito gosto em fazer este debate, mas numa coisa devemos estar de acordo. É apenas deitar conversa fora.
Infelizmente anda por aí muita mentira e pior ainda quem acredite nelas.... portanto pode escrever porque sei de fonte muito próxima do jogador: JAMAIS EXIGIU DINHEIRO A BDC como anda por aí a circular.
Já tive esta discussão muitas vezes…. eu não posso aceitar esse argumento de os jogadores não são propriedade de ninguém, sendo um trabalhador como outro qualquer…. na prática os jogadores até à Lei Bosman eram escravos, isto é, mesmo sem contrato, eles só poderiam sair em acordo com o clube. A partir do momento da Lei Bosman, os jogadores podem sair a custo zero, desde que acabem os contratos. Na análise a esta questão, tem de estar um principio que não se aplica a um trabalhador normal, que é o principio do retorno do investimento que é a base dos clubes formadores como o Sporting…. os jogadores são propriedade do Sporting porque o Sporting investiu muito neles e é neles que está refletido o valor do clube…. em termos práticos, o clube pode ser considerado falido apenas porque 9 jogadores pedem a rescisão? Se a FIFA deixa passar esta situação, pode ser o fim para muitos clubes formadores.
Eu nunca disse que os jogadores não podem rescindir os contratos…. eles têm é que assumir as penalizações existentes no mesmo, que se chama clausula de rescisão, é só isto que digo.
S, Ninguém nasce formado, em nenhuma área. Em tempos idos aprendia-se uma profissão com um mestre e depois soltavam-se as amarras. Hoje as empresas investem na formação dos seus trabalhadores. Alguns ficam outros mudam. Aconteceu comigo, fiz meses de formação, em determinada empresa. Um dia para poder agarrar outro desafio, tive de sair um pouco contra as normas, Negociou-se, no âmbito da lei, e tudo se compôs. ´Não fui, não sou, nem nunca serei ingrato com essa empresa. Foi uma parte da minha vida, dei o meu melhor, fui sempre bem tratado, mas não há casamentos perpétuos. Em relação aos jogadores, eles também sabem, que se não tivessem razão seriam penalizados. Foi uma situação inédita que nunca tinha acontecido, desta forma e com esta dimensão. Passada a borrasca muita coisa está a mudar.