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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Vamos ser honestos... depois de uma primeira parte e até os primeiros 15 minutos da segunda, em que o Sporting não demonstrou o mínimo de inspiração e menos ainda capacidade para resolver seja o que for, ninguém esperava ver três golos em dez minutos e o que acabou por ser uma belíssima vitória que nos permite avançar para os 16 avos de final da Liga Europa.
O Sporting foi encontrar um Besiktas com muita personalidade e confiança, consciente de que, em princípio, não precisava de correr riscos para assegurar um resultado favorável. Montou uma autêntica muralha defensiva em linhas baixas, exerceu um "pressing" forte em todo o terreno e limitou-se a apostar nos lances de transição. A equipa leonina tentava mas simplesmente não conseguia penetrar pelo corredor central, especialmente com o seu melhor «playmaker» mais uma vez encostado às linhas laterais, pela incrível e imperdoável teimosia de Jorge Jesus, o grande responsável pelo estado das coisas até ao lance que definiu o jogo, entre os inevitáveis Bryan Ruiz e Islam Slimani.
A somar ao que já descrevi, verificou-se uma estranha falta de intensidade por parte do Sporting, disposição muito invulgar nesta equipa até este ponto da época. Entre tudo isto, valeu uma excelente defesa de Rui Patrício aos 40 minutos de jogo para preservar o então nulo no marcador. Já no lance do golo dos turcos, nada pôde fazer; João Pereira perdeu a bola no meio do terreno a permitir uma jogada de contra-ataque e Ricardo Quaresma exibiu novamente a sua obra de trivela para a finalização de Mario Gomez praticamente à boca da baliza.
Com a saída de Fredy Montero e a entrada de Gelson Martins, Bryan Ruiz começou a aparecer mais no interior e foi o seu soberbo passe que isolou Slimani para o primeiro golo leonino. Aqui, alguma responsabilidade para o guarda-redes turco que foi muito lento a sair da baliza. Este lance inspirou o Sporting e prontamente começou-se a sentir um outro querer e uma outra dinâmica da equipa. Bryan Ruiz, novamente ele, a rubricar o segundo golo com um potente remate aos 72'. Cinco minutos mais tarde, Teo Gutiérrez finalmente marcou um golo que eu apreciei imenso, com presença na área e um remate muito bem colocado para bater o guarda-redes. Em suma, um golo à ponta de lança. Veremos se isto o inspira para seguir este rumo o resto da época. Já quanto à sua criancice em "roubar" o spray ao árbitro para celebrar o golo, não merece mais comentário.
Com este resultado, o Sporting regista 10 pontos e garantiu o 2.º lugar no Grupo F, um ponto atrás do Lokomotiv de Moscovo que bateu o Skenderbeu, por 3-0. Veremos em breve quem vai estar pela frente nos 16 avos.
Apenas uma nota final para reiterar que não posso criticar o suficiente a teimosia de Jorge Jesus ao insistir em colocar o melhor «playmaker» do Sporting na ala, só para surgir na fase posterior de jogos a emendar o seu erro. Já no último jogo fez o mesmo, colocando Mário João nas costas do ponta de lança.
Nota: 28211 espectadores em Alvalade.
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