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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
«Deixámos água na boca nesta fase de grupos da Liga dos Campeões. Podíamos ter mais pontos, pelo que jogámos. O nosso sonho era passar esta fase, mas agora só queremos assegurar a nossa continuidade na Europa. Temos de justificar aqui o que conseguimos fazer frente aos outros dois adversários. Se fizermos aqui o que fizemos contra o Real Madrid e o Borussia Dortmund estaremos mais perto dos nossos objectivos. Este jogo é uma final para as duas equipas. Estamos muito focados neste jogo.
Estávamos no grupo da morte na Champions. Acreditamos que temos capacidade para sermos apurados neste grupo, mas não aconteceu. Chegar à Liga Europa podia ser mais fácil, o Real Madrid complicou um bocadinho as coisas, mas pensamos que temos tudo para alcançar aqui um bom resultado. Passar não será um grande feito, mas não passar também não será uma desilusão. Estamos a competir com os melhores. Estamos sujeitos a isso».
Partindo do princípio que Jorge Jesus está a ser sincero com as suas considerações, estas vão parcialmente ao encontro da minha análise no post de ontem, relativamente ao que deve ser a composição da equipa e o estado de espírito com que vai encarar o jogo de hoje.
Não sei se não há algum exagero quando ele afirma que este é o "grupo da morte na Champions". Evidentemente que não se pode refutar o poderio do Real Madrid, mas fico a pensar que o Borussia Dortmund estava ao alcance, muito em especial vencendo em Alvalade. Não aconteceu e limitamo-nos a aceitar a evidência pontual de momento.
Onde discordo cem por cento de Jorge Jesus - até acho esta parte do discurso totalmente derrotista - é pela sua infeliz consideração que "não passar não será uma desilusão". Com o investimento que o Sporting tem vindo a fazer na equipa, é o mínimo aceitável.
Já o afirmei em comentário e reitero agora, que ao nível que o Sporting pretende competir, não pode andar a jogar "xadrez" com as competições. Se participa, é para dar o seu melhor e tentar vencer, sem excepções. Qualquer outra mentalidade competitiva é inaceitável. Isto, evidentemente, dentro do enquadramento técnico com que se prepara uma época.
Não tenho duas palavras. Nunca gostei de Jorge Jesus e continuo a não gostar, não obstante alguns dos positivos do seu trabalho em Alvalade. Não consigo de modo algum aceitar a sua forma de estar, falar e analisar questões e situações. Será defeito meu, com certeza, porque não faltará quem o venha louvar aos "Pirenéus dos deuses".
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