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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O resultado é uma grande injustiça, mas o futebol é mesmo assim, especialmente quando a equipa claramente superior não consegue finalizar e a outra marca praticamente na única ocasião que ameaçou a baliza de Rui Patrício.
O Sporting controlou as operações por completo, logo a partir do primeiro minuto, mas sentiu imensa dificuldade - nomeadamente pelo corredor central - em penetrar a muralha defensiva do União da Madeira, que se posicionou em linhas muito baixas, limitando-se ao ocasional lance de contra-ataque.
Apesar da clara superioridade, a equipa leonina apenas criou duas verdadeiras oportunidades de golo na primeira parte, muito embora o guarda-redes "madeirense" tenha sido chamado a fazer duas ou três defesas de alguma dificuldade. Islam Slimani surgiu, aos 28', a disparar um potente remate que passou ligeiramente ao lade do poste. Um pouco mais tarde, já perto do intervalo, Fredy Montero aproveitou um cruzamento do lado direito para rematar perigosamente, com o guarda-redes a desviar o esférico para canto.
Como era esperado, Jorge Jesus levou a cabo algumas alterações no onze inicial, com Ricardo Esgaio no lado direito da defesa, Naldo no lugar de Ewerton, Gelson Martins na ala direita e Montero a complementar Slimani no eixo do ataque. Um 4x4x2 puro, sem qualquer jogador a desempenhar a posição "6", por norma, a função de William Carvalho. Adrien Silva a "varrer" o todo do meio-campo e João Mário a liderar a construção mais ofensiva. Como sempre, Bryan Ruiz faz sentir o seu futebol quando lhe é possível penetrar em diagonal ou a posicionar-se em zonas mais frontais.
A segunda parte do encontro ofereceu mais do mesmo, embora com um acréscimo de intensidade ofensiva por parte do Sporting, com diversas oportunidades desperdiçadas flagrantemente e, outras, com o guarda-redes do União a fazer boas defesas.
O golo apareceu quando e por quem menos se esperava, aos 69', com um cruzamento para o segundo poste e Ricardo Esgaio a ser negligente na cobertura. Acabaria por ser o momento decisivo do jogo.
Confesso que sinto bastante apreensão com as substituições de Jorge Jesus. Era expectável que João Mário acusasse o desgaste do jogo de quarta-feira, mas creio que a equipa necessitava, então, de um jogador mais criativo e ofensivo, que não o Aquilani. Tanaka, a entrar, devia ter sido nessa altura e não dez minutos mais tarde, pela saída de Bryan Ruiz. Também é compreensível o cansaço do costa-riquenho, mas pelas circunstâncias do jogo e do marcador, seria, na minha opinião, o último jogador a sair. Matheus Pereira, que bem podia ter sido equacionado para uma entrada mais cedo, substituiu Gelson Martins aos 84 minutos.
Decerto que não era o que se esperava deste jogo na Madeira e muito menos ainda com o Natal à porta. Caso o FC Porto venha a vencer a Académica - mais do que provável - o Sporting abdicará da liderança durante o período Natalício.
A arbitragem esteve bem e não teve influência no resultado. Pelo menos, não me vêm à mente quaisquer lances de maior importância durante o jogo.
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