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Quem manda no Futebol em Portugal? (Parte II)

Rui Pedro Barreiro, em 24.01.20

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(Pintura de Martinho Dias "The Boss")

Tal como prometi, aqui estou a voltar ao tema, visto que razões académicas me impedirão de partilhar convosco, durante a próxima semana, as minhas singelas reflexões.

Manda a Federação (FPF), manda a Liga (LPFP), manda o Benfica, manda o Porto, outros dirão: manda o empresário Jorge Mendes. Os diferentes poderes do Futebol, em Portugal, conseguiram, por exemplo, que os direitos televisivos não sejam negociados em conjunto, que se sinta sempre alguma/muita suspeição nas arbitragens e que dois clubes sejam quase hegemónicos nos últimos quarenta anos.

A grande maioria das associações portuguesas de futebol tem presidentes benfiquistas, certamente só por causa da estatística, o que por sua vez facilita a obtenção de maiorias e de decisões favoráveis.

Por outro lado, como poder traz dinheiro e este traz poder entra-se num ciclo vicioso difícil de ultrapassar, visto que o dinheiro pode comprar os bons profissionais, que por sua vez tendem a reproduzir o sucesso.

Como se não bastasse, as "elites" dirigentes do Sporting, em diferentes versões, não só  não conseguiram romper este ciclo vicioso, como afundaram ainda mais a diferença para os que ganham quase sempre. Por culpa própria e por responsabilidade alheia, o meu clube não tem sido capaz de renovar-se como eu gostaria.

Diziam-me,  quer no "reinado" de BdC, quer depois, que existiam forças que queriam fazer com que tudo corresse mal para os lados de Alvalade, de forma a tornar aceitável pelos sócios, ou mesmo inevitável para estes, a venda da maioria da SAD. Nunca acreditei muito nessa "teoria da conspiração", contudo, pelo que leio e ouço começo a considerar que esta "história" não será totalmente descabida.

Que fique aqui a minha opinião: Ganhar, ou a sua ânsia, não deve entorpecer o espírito, por isso sou contra a perda da maioria da SAD por parte do Sporting e votarei contra essa eventual proposta, não deixando de responsabilizar quem o permitir ou o promover.

publicado às 02:49

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62 comentários

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De hugo gomes a 24.01.2020 às 15:16

Rui Pedro Barros isso é facil de explicar, porque o nosso campeonato é de uma qualidade muito fraquinha, e como o campeonato grego ou mesmo alemão, ganha sempre a mesma equipa e não fazem nada na europa, o slb e bom em Portugal e só, pois não há competitividade para mais.
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De António Tavares a 25.01.2020 às 13:51

Hugo Gomes, a Liga NOS não é assim tão fraca como diz. Podia ser uma Liga melhor? Podia!

Se formos analisar a frio os resultados e fazer uma comparação poder econômico, população e relevância de cada país notaremos que a Liga não é assim tão má.

1. Portugal tem duas equipas no Top 20. O Benfica fez uma má época há dois anos, se não fosse, estaria no Top 10. Ter duas equipas no Top 20 não é assim tão má. O Sporting com todos os problemas está no Top 30. Ou seja há condições para Portugal ter 3 equipas no Top 20.

2. A Liga NoS é a melhor Escola de Formação da Europa atualmente.

3. Há uma massa associativa muito grande. Tanto o Benfica, o Sporting e o Porto são clubes com centenas de sócios.

4. A comunidade portuguesa e as ex. colonias dão uma dimensão internacional boa para a Liga.

5. Tem hoje uma das melhores Escola de Treinadores.

O maior problema são os dirigentes. Da década de 80 à atualidade as rivalidades foram agudizadas, ao ponto de hoje os três principais clubes não estão dispostos a coordenador uma Liga melhor.

Há condições da Liga ter 4 ou 5 clubes no Top 20. Ou 2 no Top 10.

Eu pessoalmente diminuía o número de equipas de 18 para 14 ou 12. Profissionaliza a arbitragem e pagava um bom salário. Não aceitava nenhum árbitro com ligação aos clubes.
Aproveitava os estádios do Europa. Com 14 ou 12 clubes, quem não tiver um bom estádio jogava nos estádios do Euro.
Só aceitava jogadores que tivessem jogado pelo menos nas seleções de base dos seus países.
Centrlizava as transmissões.
Punia a valer qualquer prevaricação.

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