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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Por mais isentos que queiramos ser, e eu procuro sê-lo, não conseguimos que as nossas opiniões não sejam influenciadas pelos nossos posicionamentos “ideológicos”.
Enquanto adepto de futebol, em geral, e adepto sportinguista muito em particular, procuro sempre manter uma posição equilibrada, conjugando a paixão clubística com alguma racionalidade. E nesse sentido coloco-me no lugar do contrário, tentando compreender as suas razões.
Vem isto a propósito da polémica gerada pelo jogador Otávio, do Famalicão, ao afirmar no pós-jogo que Gyokeres devia ter sido expulso, depois de ter feito uma agressão a um colega seu, quando já tinha um cartão amarelo. Sobre este assunto, li opiniões de peritos de arbitragem e vi veredictos com conclusões opostas, o que prova que a situação é discutível.
Mas o que me parece que extravasa o papel de um jogador, é vir para as redes sociais alimentar a polémica, o que tenho alguma dificuldade em perceber, porque na prática, era um assunto ultrapassado. Em consequência, sujeitou-se a ter o confronto de adeptos com frases como “preto de *** , Macaco do c****e “volta para a tua terra”.
Não me considero racista e condeno quem o é no verdadeiro sentido da palavra. Não faço distinção entre cor da pele ou qualquer nacionalidade, por exemplo. Sei que teoricamente, somos todos iguais, mas na prática não é bem assim. Costumo dizer que tirando aspectos comuns, somos todos diferentes. E é nesse sentido que avalio as pessoas. Há pessoas bem e mal formadas em todos os países e concretamente entre atletas ou adeptos de futebol.
E é nesse aspecto que considero a atitude do cidadão e profissional de futebol Otávio, no mínimo, pouco prudente. Que necessidade tem de vir para o Instagram abordar um assunto já ultrapassado? Claro que se pôs a jeito.
Na minha perspectiva a sua função é jogar futebol e não assumir o papel de adepto. Claro que não concordo com atitudes/palavras que têm a intenção de ofender, mas elas são recorrentes nas redes sociais, onde o civismo não é a norma.
Como se costuma dizer, quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. O jogador Otávio fez o mal e caramunha. Desencadeou o problema, deu azo aos insultos e a seguir fez-se de vítima. Para princípio de conversa, não é um bom cartão de visita.
P.S.: E já agora expliquem a esse futebolista que os jogos são onze contra onze. Procurar ganhar com o adversário com menos jogadores, não revela muito desportivismo.
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