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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Reconhece-se que não é fácil jogar futebol no recinto de Santa Maria da Feira e ainda mais difícil perante um adversário excessivamente agressivo e faltoso - seis cartões amarelos no jogo, mas ainda ficaram alguns mais por mostrar -, mas o Sporting tem de arranjar mais e melhores argumentos para ultrapassar equipas deste nível e, em simultâneo, evitar o futebol medíocre a que assistimos, nomeadamente nos primeiros 45 minutos.
O Sporting alinhou de início com Renan; Ristovski, Coates, Ilori e Borja; Gudelj, Wendel e Bruno Fernandes; Diaby, Acuña e Bas Dost.
Suplentes: Salin, Abdu Conté, Bruno Gaspar, Doumbia, Francisco Geraldes, Raphinha e Luiz Phellype.
Confrontado com a óbvia necessidade de uma maior rotatitividade do plantel, esperava que Marcel Keizer efectuasse uma ou duas alterações, mas salvo dar continuidade à titularidade de Borja, nada mudou. Diaby no 'onze' no lugar de Raphinha, apenas isso.
No entanto, no segundo período, e com os três pontos praticamente garantidos, Bruno Fernandes, Wendel e por fim Diaby, tiveram a oportunidade de descansar um pouco as pernas que já tinham pedalado uns bons quilómetros na partida. Neste processo, viu-se Francisco Geraldes regressar ao relvado de "leão ao peito", após um longa ausência.
A defesa leonina sente imenso a falta de Mathieu. O experiente central francês é quase tão importante como o uruguaio Sebastián Coates, e Tiago Ilori, sem ser desastroso, ainda não convence. Borja não deslumbra, mas registou mais uma exibição com nota positiva. Do outro lado, Ristovski, faz-nos esquecer Bruno Gaspar.
Bas Dost não marcou nesta partida, mas trabalhou muito e invariavelmente bem, até no sector defensivo. Foi marcado impediosamente e frequentemente em falta pelo adversário, mas faltou maior verticalidade no que à baliza do Feirense diz respeito.
Deixando o melhor para o fim, acredito mesmo que quem tem um jogador excepcional como Bruno Fernandes na equipa tem quase tudo. O melhor leão no relvado, com a sua usual carga pesada de trabalho e dois golos de encher os olhos, os seus nono e décimo da Liga NOS e o vigésimo da época. Sublinha a minha opinião que estamos perante o melhor jogador do campeonato português.
O Sporting foi mais uma vez socorrido pelo VAR, no golo anulado ao Feirense. Confesso que fiquei com algumas dúvidas sobre o mérito da decisão, mas uma coisa é certa; mesmo havendo alguma interferência em Renan, ele tem de ser muito mais agressivo na bola em cruzamentos e pontapés de canto. Curioso, este guarda-redes brasileiro; tem a capacidade de cometer erros grosseiros e fazer defesas espectaculares no mesmo jogo.
Ainda falando da arbitragem, se há alguma causa para debater o referido golo, também há para o segundo cartão amarelo que Manuel Mota perdoou a Vítor Bruno, aos 30', por uma entrada duríssima sobre Bas Dost. Isto, e mais dois ou três cartões amarelos que ficaram por mostrar.
Com este resultado, o Sporting não se aproximou do SC Braga e Benfica, dado que ambos venceram os seus jogos, (ouvi dizer que o clube da Luz ganhou por falta de comparência do Nacional), apenas reduziu a distância para o FC Porto para nove pontos.
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