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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
José Mourinho não é um homem muito simpático. Pelo menos, é essa a imagem que ele projecta pelos relvados do Mundo e é a minha experiência pessoal quando primeiro o conheci em Alvalade, era ele então um mero tradutor do malogrado Sir Bobby Robson.
Mas, quer se simpatize ou não com ele, não se pode deixar de reconhecer o enorme, mesmo espectacular, sucesso da sua carreira de treinador, nunca antes atingido por um português e, creio, jamais a ser duplicado.
Ao todo, nos seus 15 anos como treinador principal, chama a si 22 títulos: 8 Ligas domésticas, 7 Taças domésticas, 4 Supertaças domésticas, 1 Taça UEFA e 2 Ligas dos Campeões, em quatro países: Portugal, Inglaterra, Itália e Espanha.
Tenho uma vaga ideia de o já ter referido em um outro escrito, mas considero o seu maior feito as conquistas da Taça UEFA e da Liga de Campeões, em anos sucessivos, ao serviço de um clube português. Fantástico !
Agora, na sua desde sempre cadeira de sonho, numa escolha que eu creio que não foi consensual entre as figuras mais influentes do Manchester United, veremos se outros recordes estão no seu destino. Quando regressou a terras de Sua Majestade em 2013, era sua ambição suceder o lendário e amigo Alex Ferguson. Os tais influentes dos Red Devils conseguiram persuadir a Administração do Man U a optar por David Moyes, com o insucesso de registo. Desde daí, o clube tem andado a naufragar sem horizonte à vista e só a pressão dos adeptos, a necessidade histórica de recuperar um curso ganhador e uma equipa completamente à deriva pelas mãos de Van Gaal, apesar de ter conquistado a Taça de Inglaterra, fez com que José Mourinho chegasse a Old Trafford.
Curiosamente, Mourinho assinou ontem contrato por três épocas com o Manchester United, precisamente no dia que se assinalaram 12 anos desde que levou o FC Porto a conquistar a Liga dos Campeões.
P.S.: Creio que a muito badalada garrafa de vinho que Mourinho trazia na mão depois de ter assinado o contrato, foi uma oferta de Alex Ferguson, uma tradição muito antiga entre os dois amigos.
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