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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Não sei se o Sporting este ano vai voltar a ser campeão. Tenho esperança que sim, sobretudo porque fico com a amarga sensação de que a distância que nos separa do primeiro classificado, tem duas causas maiores.
A primeira radica na qualidade das arbitragens nos confrontos contra o FC Porto, que se traduziram objectivamente em perdas de pontos.
A segunda prende-se com o benefício que o Porto colheu de meia dúzia de arbitragens benévolas. É fácil jogar bem contra adversários encolhidos ou reduzidos.
Não partilho da opinião de que a estrelinha, este ano, rumou a Norte; acho outrossim que os santos padroeiros a quem o Porto pré-encomendou o seu destino, estão a responder cientificamente às suas preces.
Qualquer que seja o desfecho, uma coisa me consola: a constatação que a próxima época está a ser preparada, a tempo e horas.
Este é um registo que contrasta mesmo muito com um passado recente, em que o Sporting contratava jogadores, muitos deles de refugo, no último dia da janela de transferências, já com o campeonato a decorrer, com a consequência inevitável de plantéis desequilibrados.
Rúben Amorim joga por antecipação. Projecta aquilo que irá ocorrer na próxima época e procura agir em vez de reagir. Ugarte e Edwards são bons exemplos dessa metodologia.
Se João Palhinha, Mateus Nunes ou Porro tiverem que sair, pela força das condicionantes financeiras, o Sporting não fica órfão, porque já tem plano B.
O que o futuro nos reserva, só Deus sabe, mas eu sei de certeza absoluta, uma coisa: o Sporting 22/23 vai ser competitivo e ambicioso, como o tem sido ultimamente, porque já não há lugar ao improviso voluntarista.
O campeonato português será de todos quantos se disputam na Europa, aquele em que, para além da pouco prestigiante distinção de ser a competição onde menos tempo se joga, os factores exógenos têm mais peso na classificação. Esclareça-se que, factores exógenos são a organização técnica e administrativa, a disciplina e a arbitragem, com VAR incluído.
Vamos ter um Sporting CP à altura dos seus valores e pergaminhos? Não tenho dúvidas, assim os erros – que os haverá sempre - sejam equitativamente repartidos.
Porque a mão invisível só vale na economia de mercado!
Artigo da autoria de Carlos Barbosa da Cruz, em Record
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