Camarote Leonino

Como já era de esperar, os críticos mais dedicados vêm todos à rua como se o empate, mesmo da maneira como foi, fosse o fim do Mundo.

Quem é que está minimamente preocupado com a expressão dos amigos que assistiam ao jogo consigo?

Elitista
O mundo do futebol gera paixões como se fosse a coisa mais importante da vida. Dá azo a discussões, desentendimentos, insultos entre pares. O disparate ganha , relevo e aparece como sentença. Quem na sua profissão, ou na sua vida, comete erros de palmatória, aparece aqui a acusar, sem nenhum conhecimento de causa, e a "malhar em quem faz". Definem tácticas estratégias, com uma assertividade lamentável.

Na vida aprendi que devemos saber colocarmo-nos no lugar do outro. Mas não me posso colocar no lugar da ignorância. Vejo os jogos de futebol com emoção, e quando a equipa que apoio erra barafusto no meu silêncio. Se forem os adversários a errar exulto. É a dualidade da natureza humana. No fim, posso ficar frustrado, mas passo à frente. Quem tem de resolver o que não corre bem, é quem como se diz na tauromaquia, tem que pegar o touro.

Este jogo em concreto, foi um grande espectáculo, digno das melhores ligas, de acordo com os especialistas da análise. Houve erros de parte a parte e daí o resultado volumoso. Se nunca houvesse erros o resultado seria sempre zero a zero, o que era uma coisa enfadonha. Por outro lado, não jogámos com uma equipa de segunda linha, com as quais já temos perdido, e portanto não há razões para análises negativistas, quando a procissão ainda não saiu do adro.

Por regra, as equipas que têm os melhores artistas, e a melhor afinação têm sempre hipótese de ganhar, sobretudo se funcionarem como colectivo. A equipa que jogou na primeira parte, sem Esgaio ,por exemplo, sofreu dois golos. Dois suplentes da segunda parte fabricaram um golo depois de entrarem, e foram colocados pelo mesmo treinador que colocou Esgaio. Os golos que sofremos resultaram de erros colectivos, incluindo o último, e não apenas da acção de um de outro jogador, assim como os que falhámos, ou os não construímos.

Em conclusão, ler comentários assentes na ignorância, ou pior, ,na má fé, apesar de ser um exercício masoquista, também serve para confirmar a subjectividade da natureza humana. Só espero que não intertiram no trabalho de quem tem que fazer. Deixem jogar quem têm que jogar.

Não é o fim do mundo Luísa!!!

É um dos jogadores que eu mais aprecio e acho-o muito importante nesta equipa.

Se tivessemos apanhado um Arouca ou um Marítimo em Alvalade para começar a época, a conversa hoje seria muito diferente.

Eu nunca me dou ao trabalho de analisar o trabalho do treinador em detalhe.

Sobretudo, não ando com a proverbial lente na mão à procura de razões para criticar.

Rúben Amorim não é perfeito e, por isso, corre o risco de cometer erros. Mas, na generalidade, tem feito um excelente trabalho e merece o nosso respeito.

Não tenho nada a dizer sobre a pré-época. Eu, nos meus anos de director técnico, em conjunto com o treinador, agendava sempre cerca de 10 jogos de preparação, com grau de dificuldade em crescendo. Parece-me que RA fez isso.

Não compreendo tanta análise a um empate na casa de um adversário difícil. Muito, como é usual, em função do resultado final, o forte da maioria dos adeptos. Se o golo do empate não aparece, hoje eram todos heróis.

Temos um bom plantel. Veremos, com o passar dos jogos, se temos uma boa equipa.

Como já referi a outro leitor, se tivessemos apanhado um Arouca ou um Marítimo em Alvalade para começar a época, a conversa hoje seria muito diferente.

"há que ter em conta que St. Juste não fez pré-época, Trincão muito pouco, Morita e Rochinha chegaram há semanas. Perdemos Palhinha jogador dificilmente substituível mas estava na hora de sair"

Isso tudo nunca entrará nos descontos das críticas de certa gente! É tempo perdido. Não estão interessados em encontrar justificações, só lhes interessa apontar os erros possíveis como argumentos.

Cantar vitóriia antes de tempo é imprudente. Quando morcões e benfas por lá passarem veremos. Alegrias breves são passageiras.

O seu comentário vale tanto como uma povide... pouco ou nada!!!

Vir para este espaço dizer disparates, que eu sei que é o seu forte por onde anda na blogosfera, só pode resultar em ser acusado de parvo.

P.S.: Devia ter escrito "pevide", mas o efeito é o mesmo.

Zé Pevide,

Procuro sempre ser correcto na forma de responder a comentários, mas este causa-me asco. Imprudência, má fé, ou estupidez? Nem se pode justificar com a ignorância emocional do adepto.

Prever o fim do treinador depois do primeiro jogo de alta dificuldade, com um empate, é mesmo nojento. Das duas uma, ou até as duas: ou quer que o treinador que está colocar o Sporting no lugar que lhe compete, saia para tudo voltar à vil tristeza, ou é gato escondido com o rabo de fora.

Lamentável

As intenções deles são inconsequentes. Foi um bom jogo de futebol e só podemos lamentar alguns lapsos que nos custaram a vitória.

José Silva,

Com todo o respeito discordo. Coloca em causa a honestidade de todos jornalistas, que certamente nem conhece.

Pode contestar que foi ou não um bom espectáculo. E pode até dizer que há jornalistas que sendo adeptos de outros clubes, ficam satisfeitos, com o resultado, mas não me parece correcto, meter tudo no mesmo saco.

Quero que o Sporting ganhe sempre, mas não sou adepto de teorias da conspiração.

Devia ver melhor o que está à vista...

O Porro chama a si a condução constante da bola, raramente lança o extremo na sua ala.

Quando está mais recuado, em posição defensiva, até pode ser mais solicitado no início da construção e para aliviar a pressão, mas não é obrigado a fazer sempre a ala. Se o faz, é por iniciativa própria.

No outro lado, o Nuno Santos tem um estilo muito diferente, mas apesar disso também está constantemente envolvido nas manobras, simplesmente não se agarra à bola.