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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Podemos rever o jogo por todos os ângulos possíveis, mas em análise única e final a derrota apenas por 1-0 deve-se a uma exibição fenomenal do "leão" gigante Rui Patrício, que fez nada menos do que quatro defesas espectaculares perante adversários que iludiram a defesa do Sporting e apareceram isolados frente à sua baliza: Diego Costa, logo aos 2' de jogo, Óscar, aos 56', novamente Diego Costa, aos 83', e finalmente Salah aos 90'+2. Tanto assim é, que no final do jogo José Mourinho atravessou o relvado para felicitar o guarda-redes de Marrazes.
Foi um Sporting muito tímido e inofensivo que entrou no jogo e assim se manteu por muito da primeira parte, com apenas três remates à baliza londrina e sem um único pontapé de canto a seu favor. Na realidade, o resultado ao intervalo até é generoso, para o Sporting, tendo em conta o número de oportunidades criadas e desperdiçadas pelo Chelsea. Ironicamente, o seu golo - aos 34 minutos - surgiu de um lance de bola parada que foi precedido por uma falta não assinalada pelo árbitro. O cruzamento para o segundo poste encontrou Matic que cabeceou para bater Rui Patrício, perante a permissividade de Jonathan Silva, que não disputou o lance. A única grande oportunidade para o Sporting surgiu de um cabeceamento de Slimani, defendido pelo guarda-redes.
O Sporting entrou muito melhor no segundo tempo, a exercer mais pressão, com maior controlo do meio campo e com um jogo muito mais objectivo, mas apesar do acréscimo ofensivo e número de remates, faltou a imprescindível finalização. Cheguei hoje à conclusão que o Sporting tem três pontas de lança, mas na realidade, nenhum satisfaz os requisitos necessários: Slimani é uma imponente presença física sobre a defesa adversária, luta muito, mas não tem o toque mágico, especialmente com os pés, para fabricar um golo quando a equipa mais precisa, ao contrário do que fez na época passada. Frey Montero, bem... vai jogando uns minutos - hoje até teve uma bela oportunidade que poderia ter dado em golo, caso houvesse inspiração e eficácia - mas não dá termo à crise que perdura há dez meses. E, finalmente, temos Junya Tanaka, que nem sequer podemos comentar, porque Marco Silva recusa utilizá-lo. Deverá haver uma explicação lógica, mas escapa-me totalmente.
O Sporting até podia ter empatado, e ninguém ficaria escandalizado, mas não aconteceu. Deste modo, encontra-se em último lugar do Grupo G - com um ponto - face ao surpreendente empate do Maribor na Alemanha, frente ao Schalke 04. O Chelsea lidera com 4 pontos, Schalke 04 e Maribor ambos com dois. Nada está decidido, mas a equipa leonina tem um enorme desafio pela frente para conseguir aq passagem à fase seguinte ou, em último caso, o apuramento para a Liga Europa.
Uma arbitragem com critérios muito discutíveis. Foram "amarelados" William Carvalho (24'), João Mário (42'), Maurício (60' - acabou por sair lesionado - e Cédric Soares aos 74 minutos.
Uma palavra final sobre o jovem Naby Sarr. Quase que tenho pena dele. Não é o central que se desejava e se precisava, mas foi atirado para a arena e mesmo com os erros da sua inexperiência tem dado luta do primeiro apito ao final. Pela sua enorme entrega perante tão grande responsabilidade, merece ser louvado.
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