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Sandro Rossel e o Sporting

City Lion, em 24.01.14

 

Se os Presidentes da nossa I Liga imitassem a atitude de Sandro Rossel em casos semelhantes, dentro da respectiva dimensão, duvido que a maioria estivesse ainda a liderar um clube. Desde anunciar contratações por valores abaixo daquelas que foram pagas (o que parece ter sido este caso) a anunciar vendas por valores muito diferentes dos reais, infelizmente sabe-se que quase tudo ainda é possível em Portugal, mesmo com o advento das SADs.

 

No caso do Sporting, que é que mais me interessa, existe há muito o receio entre os sócios de sermos enganados por este tipo de comportamento numa indústria já de si com má fama.

 

Por falar em má fama é inegável que, justa ou injustamente, muitos sportinguistas, nos quais me incluo, não têm grande confiança a este nível em Bruno Carvalho. Há quem defenda que ele até pode roubar / lavar dinheiro, etc. desde que a equipa de futebol ganhe. Escusado será dizer que obviamente um clube como o nosso não pode pactuar com esse tipo de comportamento, embora admita que é uma forma de estar, há muito instalada nos nossos rivais, que tem vindo a fazer a sua evolução em Alvalade e hoje já não somos tão diferentes como eu, talvez ingenuamente, gostaria que fossemos.

 

Temos desde há alguns meses na administração da SAD do Sporting o Dr. Guilherme Pinheiro, da empresa KPMG. Trata-se de uma pessoa que foi obviamente colocada nesse lugar pelos nossos credores, como contrapartida à reestruturação acordada, para agir como “controller”, ou seja alguém que controla os custos do clube e garante que o Sporting faça aquilo que se comprometeu a fazer na reestruturação financeira, cujo maior mérito na elaboração sei que até é dele e foi um grande serviço que prestou ao nosso clube. O mais curioso, ou talvez não, é que o Dr. Guilherme Pinheiro vem da empresa que auditava as contas do Sporting, o que surpreendentemente não foi criticado nem tão pouco questionado pelos actuais “lambuças”, alguns dos quais tanto gostam de “arrasar” os meus posts.

 

Custa ter lá dentro da SAD uma espécie de “troika” até por uma questão de orgulho leonino, mas acredito ser importante termos algumas garantias (que sei nunca serão totais) de que não iremos cair nos mesmos erros, como agora no todo-poderoso Barcelona. Pelo que consegui saber, o Dr. Guilherme Pinheiro tem feito um trabalho meritório e positivo para o Sporting, mas bem difícil e até dificultado. O nosso Presidente diz publicamente que o manda embora quando quiser, mas, como em tantas outras coisas que diz, sabe bem que a realidade é diferente.

 

PS: Desde o início da época estava convencido que este ano iríamos chegar a uma final de Taça, ainda tenho esperança que amanhã consigamos ultrapassar o Porto, mas não gostei nada da forma quase arrogante como o Leonardo Jardim (será que aquilo se pega?) falou do jogo com o Penafiel como se fossem “favas contadas” ganhar o jogo. Para além disso, desmentiu publicamente o Presidente do Sporting que nos garantiu que não haveria entradas de jogadores em Janeiro e disse que até ao final do mês afinal já existe essa possibilidade. Se se está a referir à chegada de Nani, ele seria muito bem vindo!

 

publicado às 16:35

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32 comentários

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De paulo a 24.01.2014 às 20:21

respirando fundo, deixo as palavras de Daniel Oliveira , outro perigoso brunista. Não se cure não ....

! Negócios à leão

"Não sei como foi possível que Elias conseguisse um ordenado de 160 mil euros por mês. São 1,9 milhões por ano. Pagou-se por ele quase 9 milhões, na maior contratação de sempre do clube e com uma cláusula de rescisão de 40 milhões de euros, o que também foi o valor recorde. O excedentário do Atlético Madrid custou mais do que, pegando em exemplos do Benfica ou do Porto, Falcão, Saviola, Gaitán, Javi García, Aimar, Di María, David Luiz ou Garay.



Metade do passe de Elias já tinha sido vendido, 15 dias depois da compra, por 3,85 milhões, o que quer dizer que o fundo que, na realidade, ajudou a comprá-lo pagou bem menos que o clube por metade do passe. Porquê? Porque o Sporting teve mais olhos do que barriga. Tudo resumido, foi aquilo a que podemos chamar um “negócio à Sporting”. A segunda metade poderá ser vendida agora. Por mais de 5 milhões, diziam ontem os jornais. Felizmente, coisa raríssima, Elias valorizou-se no empréstimo ao Flamengo. E só não se conseguirá mais porque toda a gente sabe, e é escrito em todos os jornais brasileiros, que o Sporting “passa por uma forte crise financeira”. Ou seja, os compradores sabem que para ficar com Elias o Sporting tinha de pagar 4,7 milhões de euros em dois anos e meio. Ou seja, esta venda acabará por render, na prática, próximo de 10 milhões em ganhos e poupança.


Bruno de Carvalho tem invariavelmente conseguido o oposto do que até hoje era comum em Alvalade: bons negócios. E não deixa de ser interessante que seja nesta área que o presidente do Sporting se destaca. Era exactamente por causa dela que era mais atacado quando era apenas candidato. E era atacado pelos gestores de empresas e de bancos, todos reputadíssimos e respeitadíssimos, que lideraram o clube durante duas décadas. Com os resultados à vista: betinhos que encheram Alvalade de anglicismos do “gestorês” e faliram o Sporting, com negócios mal feitos. Involuntariamente ou nem por isso, um dia saberemos. Bruno de Carvalho, tratado pelo “clube do croquete” como um espertalhão sem experiência, torna-se, caso se confirme esta venda e se o desmentido fizer parte do processo negocial, o mais lucrativo dos presidentes numa época. A vida está, de facto, cheia de ironias.".
(Daniel Oliveira, Verde na bola, in Record)"
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De City Lion a 27.01.2014 às 10:23

Paulo eu até acho graça ao que escreve o Daniel Oliveira (desde que não seja em relação a política). Acho que neste caso ele precipitou-se mas espero ainda que em relação ao caso Elias tudo acabe bem para o Sporting mas acho que deviamos ter evitado expor tanto o assunto na praça publica. A conversa dos betinhos, lambuças e sei lá mais o quê só serve para dividir e mostra que há pessoas com situações pessoais / sociais mal resolvidas. No Sporting somos todos sportinguistas o resto é indiferente.

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