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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Depois de todas as implicações de maior premência — um país a não respeitar a soberania e as fronteiras de outro, além do potencial risco para as vidas humanas que o escalar de um conflito armado representa —, há o facto de a entidade que regula o futebol na Europa ter prevista a final da maior competição de clubes do planeta para uma cidade localizada numa nação que decide entrar militarmente na Ucrânia, apesar da oposição da União Europeia ou das Nações Unidas.
Um risco já prenunciado há semanas concretizou-se e a UEFA ficou, também, com um imbróglio por resolver, dos que muito dificilmente deixa que nada seja feito: dois países cujos clubes (a Ucrânia teve o Dínamo de Kiev e o Shakhtar Donetsk na fase de grupos, a Rússia contou com o Zenit) competem, anualmente, nas suas provas, estão em conflito, sendo que um está a tornar-se agressor do outro. Mas há um problema maior.
A entidade tem agendada a final da Liga dos Campeões para o dia 28 de Maio no estádio Krestovsky, em São Petersburgo.
A cadeia de televisão norte-americana, ESPN, cita fontes da entidade para escrever que já estará “a ser estudada” a hipótese de realizar a partida noutro país. A única vez que a Liga dos Campeões se decidiu na Rússia aconteceu em 2008, quando o Manchester United de Cristiano Ronaldo e Nani ganhou, nos penáltis, ao Chelsea de Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho e Hilário.
Nadine Norris, secretária de Estado da Cultura, dos Media e do Desporto do Reino Unido, deixou clara uma garantia: “Não autorizaremos que o presidente Putin explore eventos no palco mundial para legitimar a sua invasão ilegal da Ucrânia”.
Assente parcialmente numa reportagem de Diogo Pombo, em Tribuna Expresso
ADENDA
Já é oficial: Paris vai receber a final da Liga dos Campeões 2021/22. O Stade de France, em Saint-Denis, vai receber o encontro a 28 de Maio que estava inicialmente marcado para a Gazprom Arena, em São Petersburgo, Rússia, mas a invasão dos russos à Ucrânia motivou o organismo a retirar a prova daquele país.
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