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Não é comum eu concordar com Augusto Inácio, mas esta sua consideração, proferida este domingo no programa Playoff da SIC Notícias, faz sentido e merece reflexão:

 

«A FPF criou novas regras em que as equipas que entram na 3ª eliminatória têm de jogar fora mas os clubes têm de dar garantias de que esses jogos vão ser nos seus estádios. O do Gafanha não conheço, portanto não vou falar.

 

Quando foi o sorteio o presidente do 1º Dezembro disse que era uma honra sair o Benfica, o Benfica disse que era uma honra ir a Sintra e à última da hora o jogo foi no Estoril. Depois, mais curioso ainda, o 'vice' do Benfica Rui Cunha, em pleno estádio, oferece a receita e o presidente do 1.º Dezembro pegou no microfone e agradeceu o gesto.

 

Não esqueço que o Sporting e SC Braga já jogaram no 1.º Dezembro e a pergunta que faço é se não houvesse a receita para o 1º Dezembro se o jogo se disputaria no Estoril. Não falo do Gafanha porque desconheço o seu estádio, mas conheço o campo do 1º Dezembro».

 

Fico a ponderar o ónus de responsabilidade que recai sobre a Federação Portuguesa de Futebol para identificar, avaliar e tratar quaisquer aparentes, reais ou potenciais conflitos de interesses que podem, na verdade ou na aparência, pôr em risco a integridade do jogo e a essência desportiva da competição.

 

Quer-me parecer, no entanto, que os dirigentes federativos avaliaram e trataram esta situação com total indiferença. A bem dizer, considerando que se trata do "glorioso" cá do burgo, não surpreende. Aliás, a surpresa até terá sido o jogo não ter sido mudado para o Algarve, tradição antiga dos "encarnados".

 

Adenda: Como sempre, a comunicação social não perdeu tempo a vir em defesa do "glorioso", publicando um artigo em que explica as alegadas razões do jogo se ter realizado no Estoril.

 

publicado às 04:56

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59 comentários

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De Zé Bastos a 17.10.2016 às 11:38

"O 1.º Dezembro foi obrigado a receber o Benfica fora do seu estádio por causa da lei do combate à violência nos espetáculos desportivos. O diploma, que é de 2009, estabelece os termos em que um evento deve ser classificado de "risco elevado", o que implica que sejam respeitadas uma série de exigências. Além disso, o Campo Conde de Sucena, casa do 1.º Dezembro, não tinha condições para a transmissão televisiva da partida referente à 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, algo que já foi possível no Estoril.
Para ser classificado de "risco elevado", conforme se pode ler no artigo 12 da Lei 39/2009, basta que "o número de espetadores previstos perfaça 80 % da lotação do recinto desportivo" ou que "o número provável de adeptos da equipa visitante perfaça 20 % da lotação do recinto desportivo". Algo que, olhando para os 1.000 lugares do Campo Conde de Sucena, iria acontecer.
Dessa forma, o 1.º Dezembro seria obrigado a numerar todos os lugares do seu estádio, fazer a "separação física dos adeptos", controlar "a venda de títulos de ingresso, com recurso a meios mecânicos, eletrónicos ou eletromecânicos" (isto é, ter torniquetes), entre outras alterações.
Além disso, e como a receita da transmissão televisiva acaba por ser significativa para um clube do Campeonato Portugal Prio, o emblema de Sintra optou por alugar o Estádio António Coimbra da Mota, passando ao clube da Linha todas as obrigações referentes à organização do jogo.
Há 13 anos, quando defrontou o Sporting na Taça de Portugal, o 1.º Dezembro jogou em casa. Mas essa partida não foi transmitida em direto na TV e a lei de combate à violência nos espetáculos desportivos ainda não estava em vigor.
Na época passada, aconteceu a mesma situação com o Vilafranquense. Depois de ter sido sorteado para jogar com o Sporting, o clube de Vila Franca de Xira mudou o local do jogo para o Estoril. No sábado, as acreditações de jornalistas ainda tinha marcas desse encontro: podia ler-se "esta credencial é propriedade da UD Vilafranquense".

A mudança do palco do jogo gerou algumas críticas, até porque o Benfica cedeu a sua parte da receita ao 1.º Dezembro. Augusto Inácio, no programa 'Play-off', foi um dos questionou essa mudança."
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De Joao a 17.10.2016 às 14:04

Acho curioso que o unico post desta discussao que se sustenta na apresentacao factual das regras, e que explica a razao da obrigatoriedade da mudanca de local do jogo e' o post a quem ninguem responde.

Aos outros todos, baseados no diz-que-diz, nos enredos de telenovela, todos correm a comentar e meter a colher. De facto, temos o futebol que merecemos: um futebol povoado de adeptos que na verdade nao gostam de futebol. Gostam das tricas e de lancar a suspeicao sobre tudo e todos.

Assim nao ha nada a fazer.
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De Diogo Martins a 17.10.2016 às 15:19

Isso é para inglês ver.

Quantas vezes os grandes continuaram a ir ao estádios dos pequenos, depois de 2009? Muitas, evidentemente.

Não deixa de ser curioso que a questão levantada pelos dirigentes do 1.º de Dezembro nunca foi a segurança, mas a iluminação.
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De Zé Bastos a 17.10.2016 às 16:19

O presidente do 1.º Dezembro não deixa sem resposta Augusto Inácio, que domingo no programa 'Play-Off', da SIC Notícias, questionou "se não houvesse a receita para o 1.º Dezembro se o jogo se disputaria no Estoril", referindo-se à mudança do estádio do jogo da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal frente ao Benfica do Campo Conde de Sucena para o António Coimbra da Mota, no Estoril.

"Augusto Inácio está no futebol há muitos anos, sabe qual é a realidade dos clubes pequenos e para ter esse discurso num programa de televisão deve ser para mandar algum recado, mas eu não sou moço de recados", afirmou José Francisco Gomes a Record.

"O clube encontra-se com uma situação financeira muito débil. Ora para se tratar da organização do jogo o 1.º Dezembro teria de avançar logo com dinheiro e se não tínhamos nem para pagar a luz... quando mais para pagar à polícia, para fazer obras, colocar cadeiras, ter três entradas no estádio... não tínhamos condições, era impossível. O Sporting e o Sp. Braga já cá jogaram, como diz Augusto Inácio, mas isso foi há 12 anos e as regras entretanto sofreram alterações", argumentou.

José Francisco Gomes sublinha: "só às 19h30 é que soubemos que o Benfica nos dava a receita, por isso fiz o agradecimento público. Não temos nada a esconder."

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