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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Há uma semana escrevi neste mesmo espaço que o futebol nativo se assemelha a uma guerra nuclear em que não há vencedores, mas apenas sobreviventes. E os últimos dias confirmaram que também pode ser comparado a uma igreja do Reino de Deus, em que muitos assistem e poucos entendem. Porque não é fácil compreender como é que um penálti revertido tenha servido para Frederico Varandas exibir finalmente a juba que há em si. Começou por ser difícil enxergar como é que as referências, não identificadas, do líder leonino a "escutas" e "processos judiciais" tenham bastado para Pinto da Costa contrapor que Varandas foi o único a beneficiar da invasão a Alcochete e que o Sporting CP só terá a ganhar quando ele regressar à medicina, como se andar de estetoscópio lhe retirasse juridicidade.
Neste crescente desvario, não só apadrinhou a notória tese da oposição ligada a Bruno de Carvalho, como depreciou a malvadez de quem protagonizou um dos piores momentos da história do futebol português ("a grande maioria das pessoas que foram a Alcochete era gente de bem"), o que diz mesmo muito em termos de moralidade e, vá lá, da influência das claques. Daí até Varandas recordar as escutas do "Apito Dourado" e precisar que "um bandido será sempre um bandido" foi um pequeno passo dado por quem ainda dias antes se sentara ao lado de quem agora retrata como um patifório (pela recepção do Sporting ao FC Porto).
Excerto da crónica semanal de Bruno Prata, em Record
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