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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O Sporting CP foi grande no futebol mas hoje - e muito me custa reconhecê-lo - já não o é. É absurdo repetir-se todas as épocas o chavão de que o Sporting como um grande do futebol português, compete para ganhar, quando não existem condições para tal. E aqui há três opções.
Viver na ilusão de um milagre, coisa que não se afigura infelizmente provável. Dizer mal do Clube e de quem nele manda, cultura muito sportinguista e que não leva a lado nenhum. Tentar inverter o ciclo da decadência, a síndrome da decepção anual, para recuperar o papel cimeiro que ambicionamos, porventura merecemos, mas que, para já, não desempenhamos.
A falta de coesão é história antiga, fruto de direcções fracas que permitiram a emergência de poderes de facto e de gente que confunde liberdade de expressão com conspiracionismo permanente. O resultado é deveras triste mas real: o Sporting Clube de Portugal não tem condições, nem estabilidade, para poder ser o motor de um projecto ganhador no futebol profissional da actualidade, porque infelizmente os seus sócios não conseguem fornecer o indispensável respaldo.
A falta de estofo financeiro da SAD resulta de um complexo de factores, onde avulta uma gestão pouco rigorosa e, nalguns casos, pouco profissional, dos activos do Clube e da sua projecção desportiva. Casos como o da Doyen e de Mihajlovic, que custaram milhões ao Clube, são disso gritante exemplo.
Não me interpretem mal; o Sporting é grande em valores e princípios, mas para voltar a ser grande no futebol tem de mudar de vida.
Excerto de um texto da autoria de Carlos Barbosa da Cruz, em Record
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