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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Cheguei finalmente à conclusão que eu mais receava: com Marcel Keizer ao leme, não há hipótese!
Este Sporting é um conjunto que existe no abstracto e que pratica um futebol agonizante. Se já havia causa para duvidar da sua capacidade, o golo sofrido aos 3' foi o suficiente para revelar uma equipa sem o mínimo de chama, dinâmica e intensidade de jogo, que passou o resto do primeiro período sem sequer ameaçar a baliza adversária.
Nem vale a pena falar de Bruno Gaspar novamente como titular, porque só o treinador vê nele aquilo que nos elude a todos, mas com um meio campo constituído por Petrovic e Miguel Luís - sim, o muito desejado Miguel Luís - era missão praticamente impossível sair dali algo minimamente construtivo.
Na linha da frente, um Bas Dost a trabalhar muito mas pouco ou nada consequente, dado que só uma ou duas vezes foi servido de modo a poder tentar violar a baliza do Villarreal, e numa dessas ocasiões o guarda-redes fez uma grande defesa.
Raphinha com uma primeira parte desastrosa, e ocasionalmente ameaçador no período complementar, rematando até ao poste, mas longe do melhor que já vimos dele. Jovane Cabral muito esforçado, mas a acusar falta de ritmo, porventura pela sua pouca utilização em dias recentes e porque também nunca rendeu muito quando é titular.
Por fim, o incontornável Marcus Acuña, a deixar a sensação que o seu objectivo prioritário neste momento é fazer as malas e seguir caminho para a Rússia. Até sofreu falta no lance que levou ao primeiro amarelo, mas protestar com um árbitro com disposição inclinada, só podia ter um fim. Quando essa oportunidade surgiu, aos 77', o juiz francês nem hesitou.
Houve dois jogadores no relvado que deram o que nas circunstâncias tinham para dar: Coates e Bruno Fernandes. Muito pouco para tanto. Outros que não deram mais porque o seu pouco talento não o permite e ainda alguns que simplesmente não executaram como se exige.
Tudo isto, complementado por um sistema de jogo quase impossível de compreender, faz com que a missão se torne muito complicada. O resultado alimenta a esperança de se poder dar a volta à eliminatória em Espanha, mas não a jogar como se jogou ontem, nem com algumas das mesmas opções do técnico. E... só a pensar que no domingo temos o SC Braga.
Ao longo dos meus anos no futebol tive ocasião de demitir alguns treinadores, mas como mero adepto, é um acto muito longe do meu pensamento. Hesito em adiantar que se deve tomar medidas agora e não esperar pelo fim da época, apenas porque não sei qual será a melhor solução. Uma coisa é certa; salvo uma mudança nada menos do que drástica, este Sporting só vai sofrer mais dissabores.
Nota: Alerto, desde já, que se surgirem aqui os usuais opositores de má fé a tentarem aproveitar-se da ocasião menos agradável, como é seu hábito, é minha intenção eliminar todos os seus comentários.
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