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Tanaka cláusula.jpg 

 

Por estes dias os sportinguistas têm ouvido representantes oficiais do Sporting garantirem até à exaustão que o Clube “não precisa de vender” e que os jogadores “só saem pela cláusula”. No entanto, todos sabem que até os maiores clubes europeus fazem negócios. Muitos consideram que se trata de um sound bite revelador da existência de um sério conflito com a realidade do futebol e com o modelo de funcionamento do mercado de transferências dos jogadores. Outros dizem que alguns dos jogadores emprestados, na verdade, foram ‘emprestadados'.

 

Mas, uma coisa é certa: pelo valor da cláusula não sairão João Mário ou Slimani e muito menos William, Patrício ou Adrien. Também é certo que o Sporting necessita de vender. Um presidente que viaja para negociar o passe de um jogador é porque está aflito por chegar a um acordo. Aconteceu agora com Bruno de Carvalho a propósito de João Mário, como já se verificou antes com Filipe Vieira por Talisca. Quem não precisa de vender fica em ‘casa’ à espera de uma proposta conveniente ou convincente.

 

Aliás, é a própria realidade dos factos que se encarrega de desmentir esse sound bite. O valor da cláusula não foi invocado nas transferências de Cédric, Tanaka, Enoh, Boeck, Salomão, Shikabala, Rabia, Dramé ou Montero. Os empréstimos de Teo e Barcos, ou de Jonathan Silva, Slavchev, Heldon, Sacko e Rossel, evitaram a abordagem dessa questão e destinaram-se a aligeirar a massa salarial ou a minimizar contratações mal sucedidas. Nem se falou a propósito das saídas de jogadores da Formação que há dois ou três anos tinham renovado os contratos com cláusulas imaginárias (Zezinho, Luís Ribeiro, Kikas, entre muitos). Numa hipotética transferência de Esgaio, Mané, Ewerton, Naldo, Jefferson ou Paulo Oliveira não será o valor da cláusula a determinar o acordo entre os clubes. Esse valor é como se não existisse na mesa de negociação.

 

Um dia conhecer-se-ão melhor as consequências de uma política contratual que desconhece os princípios básicos da regulação laboral e profissional. Por exemplo, ainda está por esclarecer a relação directa entre o valor das cláusulas que se pretendeu impor a Dier e a Carrillo e o fracasso das negociações para as renovações contratuais com ambos. Como ainda se desconhecem os efeitos no balneário de um desequilibrado mapa salarial dos jogadores como o que se verifica actualmente. Então, perceberemos todos que uma qualquer “estrutura metralha” nunca se substituirá a um método racional, operativo e dinâmico na gestão das relações com os profissionais do futebol.

 

publicado às 13:50

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42 comentários

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De Sérgio Palhas a 17.08.2016 às 14:58

Caro LZ,

No meu entendimento a clausula de rescisão e apenas e só um trunfo que o clube tem face ao mercado, podia-se chamar de clausula de salvaguarda da entidade patronal mas não chamou-se clausula de rescisão.

Os princípios básicos da regulação laboral e profissional pouco se aplicam a partir do momento que o mercado obriga a uma constante rotação de jogadores/clubes o principal negócio acaba por ser esse, no mercado dos comuns trabalhadores as regras laborais visam a proteção do "posto de trabalho" do "colaborador", visam a sua manutenção, o futebol é diferente pois os "colaboradores" são fortemente assediados para romperem esses mesmo vínculos laborais e abraçarem novos com outras entidades, aqui a escapatória dos clubes são os vinculos laborais e regras aceites pelas partes que lhe permitam alguma segurança de retorno no investimento feito em determinado "colaborador".

Esta é a minha interpretação e diga-se que aquilo que tanto foi criticado por muitos como sendo as clausulas de rescisão exorbitantes passaram a ser a pratica comum nos clubes de futebol ao nivel do SCP cá do burgo.

Essa generalização per si não é demonstrativa da razão que assiste ou não ao CD do SCP do uso de forma transversal às suas equipas de futebol mas dá nos a indicação que é uma opção valida.

SL,
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 15:44

Caro Sérgio

Ambos reconhecemos a especificidade do mundo do futebol na sua totalidade enquanto invulgar fenómeno de massas que corre o risco de ser capturado por entidades financeiras. Para estas, o futebol é um negócio com características muito próprias.

No entanto, mesmo esta constatação ou receio não pode permitir que se estabeleça uma espécie de lei da selva entre todas as partes (clubes e jogadores). Também me parece que a antiga Lei da Opção não pode ser substituída por outra coisa de sinal contrário. Clubes e jogadores devem respeitar religiosamente o contrato que assinaram.

Dito isto, constata-se que ambas as partes não respeitam os contratos. Jogadores que têm contrato são despachados pelos clubes, jogadores com contrato pressionam os clubes para poderem sair.

Penso que cláusulas de rescisão sem nexo não protegem ninguém e favorecem a desconfiança entre as partes. Por exemplo, quando a uma elevadíssima cláusula correspondem baixos salários. A cláusula de Tanaka provocou estupefação. E a de Betinho no valor dos mesmos 60 milhões de euros? Ou a de Luís Ribeiro ou de Zezinho que, muito bem, saíram praticamente por nada? Qual é o interesse de fazer parangonas nos jornais com frases bombásticas se não são coerentes com a realidade?

O texto refere-se a tudo isso e à minha convicção de que provoca graves danos na própria defesa dos interesses do Sporting.



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De julius coelho a 17.08.2016 às 15:06

Amigo Zargo

"O Sporting nao precisa de vender" esta tipo de estratégia é necessária para as negociações , se disser que necessita de vender batem-lhe á porta ofertas de saldos é claro e óbvio. Se ficar enamorado do carro do vizinho mas ele nao o quiser vender terá que dar bom dinheiro para que o convença , mas se souber que o vizinho necessita de vender o carro a sua estratégioa será nao se mostrar muito interessado e apresentar-lhe um valor muito baixo .

Os dirigentes do Sporting nao podem andar a dizer que nao necessitam de vender e depois vierem explicar publicamente que isso faz parte da estratégia.

As clausulas são tiros no escuro , ou barro á parede umas vezes pega e a maior parte nao pega , á jogadores que vingam outros nem por isso mas na hora de assinar vai lá saber-se quem irá ficar famoso.

Um jogador com uma clusula de 15M pode ser negociado a partir dos 10M mas se tiver uma clausula de 60M e ter chegado a famoso pode ser negociado apartir dos 40M é simples meu caro.
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 15:54

Amigo Julius

Todos os clubes precisam de vender. Uns mais do que os outros, mas precisam de vender por necessidades financeiras ou por gestão das expectativas do plantel. O Julius sabe que é assim. Sendo assim, o melhor é adoptar uma atitude inteligente e preventiva nos interesses do clube.

Uma cláusula de rescisão elevada (por exemplo de 50M€) pode provocar desconfiança num determinado jogador. Sobre isso há histórias que relacionam directamente as cláusulas com o fracasso das negociações com Dier e Carrillo.

Convenhamos que é uma ironia ter um presidente que no Estádio perante os holofotes anda aos abraços aos jogadores e que no silêncio do gabinete assume o papel de patrão que tem de fazer ameaças disciplinares ou outras.
Penso que o modelo de gestão de BdC provoca instabilidade nas relações entre dirigentes e jogadores.



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De julius coelho a 17.08.2016 às 16:34

Aí discordamos então porque ( nao querendo entrar em propagandas baratas , estou sempre fora dessas coisas) foi claro que esta Direção quando tomou posse no clube preveniu os seus adeptos que iriam tentar adoptar uma política desportiva mais arrojada e mais valorizada a nivel competitivo nas suas equipas desportivas com prioridade óbvia no futebol .

Essa valorização de competividade tinha como objectivo de disputa de titulos e chegar á linha da frente de forma mais regular , isso obriga á valorizaçao dos activos (jogadores), melhores resultados mais visibilidade maior valorização .

As clausulas mais altas são tambem sempre um factor importante na negociação se o jogador chegar á fama e a sua venda sairá óbviamente mais valorizada .

Deu exemplos do reverso da medalha mas são mais os exemplos positivos , Slimani se tivesse uma clausula de 15M (foi comprado por valor muito baixo menos de 1M) hoje já o tinham roubado (esse o termo correcto "roubado") ao Sporting e estávamos á muito sem ele e por aí fora , a nossa equipa tem valorizado ano após ano nestas ultimas 3 épocas .

A Clausula do jogador nao é de forma alguma um elemento impeditivo se a Direção do clube quiser a sua venda mas sim um elemento de defesa se o jogador ficar famoso. Dará outra margem de negociação mais previligiada.

Eu sendo Presidente do Sporting faría o mesmo, sem duvida, se conseguisse esta dinâmica de valorizaçao cada vez mais acrescentada na minha equipa de futebol.
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 16:44


Caro Julius

Compreendo a sua opinião, mas cláusulas elevadas não têm nada de arrojado. Aplica-se a cláusula e fica-se à espera. Se o jogador não singrar despacha-se ou “oferece-se” a outro clube, se o jogador atinge um elevado nível aguarda-se que outro clube chegue ao valor ou lá perto.

Arrojado é ser capaz de ter uma política nessa área adaptada ao perfil competitivo, à idade e ao currículo de cada jogador.

No post ainda abordo outro aspecto: as consequências negativas que podem decorrer dessa política. Trata-se de Dier e Carrillo, mas também do ambiente competitivo no plantel. Sobre isto o melhor é aguardar.
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De Passaleão a 17.08.2016 às 15:08

Não existe uma única declaração de um responsável do SCP afirmando ubi et orbi que os jogadores pertencentes aos quadros do clube só poderão terminar as suas relações laborais e rumar a outros clubes contra o pagamento das respectivas cláusulas. Não existe, repito.

Aliás, por estes dias o que os sportinguistas ouvem são declarações do presidente afirmando que, ainda que o clube não precise de vender - seria mais conforme aos cânones de boa gestão preconizados pelos donos deste camarote que proclamasse a necessidade de venda? -, está no mercado como os outros e faz negócios como eles. E se isto vale para os talentos de verdade que foram coroados com o título europeu, por maioria de razão valerá para os que, por uma razão ou outra, se revelaram flops (e não são poucos, bem sei).

E quanto a cláusulas, aquilo que vemos é que os outros - que tanto nos gozaram pelas cláusulas milionárias aplicadas a torto e a direito, a Williams como a Tanakas - fazem agora exactamente o mesmo que nós - 45 milhões é a nova cláusula do dispensado do Inter que vem tentar ajudar a equipa B que representa a melhor academia do mundo e quiçá do Dubai a fugir à despromoção.

De modo que, tudo visto e somado, este é basicamente um post em que o autor se dedica ao comentário da sua própria "narrativa", como agora se diz. Suponho que assim continuará a discussão no camarote, pelo menos até ao grande reality check por que vai passar em Março.
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 16:05

Passaleão

Naquilo que é essencial é do conhecimento geral a situação financeira e o modelo adoptado nos últimos negócios, tratando-se de transferências ou de empréstimos. O quadro geral é próprio de um clube com inevitáveis necessidades financeiras. Aliás, o relatório do Oficial de Contas (contratado pelo Sporting) confirma essa mesma necessidade.

Num comunicado do Sporting em 20.Maio.2016 afirmava-se o seguinte: “2- existirão entradas de jogadores se se verificarem saídas de elementos do mesmo plantel e estas serão sempre pela cláusula de rescisão prevista nos respectivos contratos.”


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De Luis Pereira a 17.08.2016 às 16:56

«Não nos escondemos e o que queremos daqui a um, dois, três, quatro ou cinco anos é ser campeões. É para isso que estamos a trabalhar. E, por isso, esta época de mercado vai ser tão pouco interessante em termos de Sporting para a comunicação social. Não saem jogadores fundamentais sem ser pela cláusula de rescisão»

O Presidente em Maio de 2016
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 17:33

Agradeço, Luís Pereira. Na verdade, fiquei surpreendido com o desconhecimento do Passaleão pois, normalmente, ele está bem informado.
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De Passaleão a 17.08.2016 às 18:08

Para desmentir o soundbyte segundo o qual os jogadores "só saem pelo valor da cláusula", o autor do post invoca os nomes de Cédric, Tanaka, Enoh, Boeck, Salomão, Shikabala, Rabia, Dramé, Montero, Teo, Barcos, Jonathan Silva, Slavchev, Heldon, Sacko, Rossel, Zezinho, Luís Ribeiro e Kikas, e ainda as hipotéticas transferências de Esgaio, Mané, Ewerton, Naldo, Jefferson ou Paulo Oliveira, todas elas realizadas ou a realizar muito abaixo dos valores das respectivas cláusulas de rescisão.

Ora, a declaração citada do presidente, que conheço, refere-se a jogadores fundamentais. "Não saem jogadores fundamentais sem ser pela cláusula de rescisão".

Para que a realidade dos factos se tenha encarregado de desmentir esta declaração, é preciso que algum dos jogadores acima listados fosse/seja fundamental. Pergunto: era? O Shikabala, o Tanaka ou o Slavchev eram fundamentais? Cometido que estava o erro que foi contratá-los, foi também um erro deixá-los sair por menos que os valores das suas cláusulas? Se o Tanaka continuasse ainda hoje no Sporting porque não aparecia ninguém a pagar 60 milhões por ele, o que se escreveria - e com toda a razão - no camarote a propósito da demência de uma tal gestão?

Na hora de vender jogadores que falham, a cláusula de rescisão estratosférica é como se não existisse. De acordo.

O reverso é que, quando se trata de jogadores que vingam - veja-se Slimani ou João Mário - ela acaba a servir de arma de negociação em benefício do clube. O estranho é que o benefício do clube seja motivo para tanta crítica.
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 19:30

Passaleão

O Sporting através do presidente e do director para a comunicação sempre se referiram à cláusula como o valor para a transferência. Por vezes, acrescentaram a palavra “fundamentais” ou “campeões europeus”, outras referiram-se em termos gerais.

Indiquei esses nomes (Cédric, Tanaka, Enoh, Boeck...) para comprovar que os jogadores não saem pela cláusula. São transferidos pelo que é possível negociar ou pelo seu valor de mercado. Infelizmente ainda não saiu um jogador pela cláusula. Oxalá que João Mário saia por um valor próximo.

Refiro no texto que alguns empréstimos destinaram-se a minimizar más contratações. Essa premissa é válida também para as transferências que refere (Shikabala e Tanaka).

O benefício do Clube não gera crítica. O que gera crítica é a gestão danosa.

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De Luís Pereira a 17.08.2016 às 20:16

Face a notícias hoje publicadas na imprensa, vem a Sporting Clube de Portugal, Futebol SAD, repudiar o seu conteúdo, relembrando tudo o que ainda ontem foi transmitido em declaração à imprensa do Presidente Bruno de Carvalho e esclarecendo que:

1 – são as renovações de contratos com jogadores da equipa principal , bem como as contratações do “mercado de Inverno” que constituirão o plantel da próxima época desportiva

2- existirão entradas de jogadores se se verificarem saídas de elementos do mesmo plantel e estas serão sempre pela cláusula de rescisão prevista nos respectivos contratos

3 – é e será sempre a SAD a definir a estratégia de abordagem ao mercado e a encabeçar as negociações tendentes à saída ou entrada de jogadores

4 – é com o treinador que se trabalham os plantéis e os objectivos são claros: ganhar títulos a nível nacional e voltar à Glória europeia

5- não será contratado nenhum Director Desportivo, conforme já anteriormente anunciado pelo Presidente, mantendo-se Octávio Machado nessas funções

6 – decisões como as da substituição do relvado do Estádio José Alvalade ou de melhorar as infra-estruturas de apoio à equipa de futebol profissional foram da exclusiva iniciativa e responsabilidade da Administração da SAD porque, recorde-se, é a esta que competem este tipo de definições

7- a renovação do contrato do treinador Jorge Jesus mantém as mesmas premissas do contrato inicialmente assinado porque assim foi entendido fazer pela SAD encontrando-se esta salvaguardada, ao contrário do que se tenta fazer passar, pela extensão da duração do contrato por mais um ano

8- conforme foi afirmado ontem pelo Presidente, são vários os departamentos que estão a concluir alterações que estão a ser efectuadas, trabalhadas e planeadas faz meses por iniciativa da Administração da SAD e dos respectivos responsáveis de cada departamento.
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De Luís Pereira a 17.08.2016 às 20:21

Elias só sairá se pagarem a cláusula de rescisão», começou por dizer Bruno de Carvalho.
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De Luís Pereira a 17.08.2016 às 20:28

Sobre a renovação de Leonardo Jardim, referiu não estar preocupado e que a mesma será tratada no final da época, uma vez que tanto o treinador como ele próprio estão “focados no desempenho desportivo até final da época”, salientando que o técnico tem uma cláusula de rescisão de 15 milhões de euros.
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 22:16

Luís Pereira

Acredito que Bruno de Carvalho se convenceu, em determinado momento, que uma cláusula de rescisão elevada protegeria o Sporting dos empresários e do oportunismo de determinados jogadores. Não protege e ele já percebeu isso.
O problema é que está prisioneiro prisioneiro de muita coisa que afirmou no passado e agora vai "alimentando" a conversa há procura de hipóteses para sair da embrulhada em que se meteu.
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De Luis Pereira a 18.08.2016 às 10:28

Como é o ditado da boca e do peixe?

Mas de qualquer maneira os 3 posts anteriores sao a modos que uma lembranca para quem disse que ninguem oficial do clube tinha dito á cidade e ao mundo que os jogadores só saiam pela cláusula.

Mais triste ainda é que nao sao/foram só jogadores.

Inclusive tentou o mesmo com o actual treinador que para além de rejeitar a cláusula, rejeitou tambem a cláusula anti-rival. E o Presidente comeu e calou como aliás tinha de comer e calar porque nao arranjava outro treinador do mesmo nivel de conhecimento como este.

mas serve para mostrar que quando tem de comer e calar, come e cala. Mesmo que depois de a entender que nao só nao comeu como ainda escreveu no facebook
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De Leão Zargo a 18.08.2016 às 15:15

De facto, Luís Pereira, o Bruno de Carvalho ficou prisioneiro de uns quantos sound bites e agora vai procurando navegar com a terra à vista. Assim, o Facebook é muito útil para deitar água na fervura.
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De Diogo Martins a 17.08.2016 às 15:26

Para complemento do post, poderá ser interessante notar algumas das cláusulas de rescisão de Benfica, Porto e já agora o Braga:

60M - Nélson Semedo; Gonçalo Guedes; Zivkovic; Cervi.
45M - Pedro Delgado; André Horta; Kalaica
30M - Lindelof; Celis; Carrillo.

---

50M - Felipe
40M - Alex Telles; Depoitre; Ruben Neves; Marega
30M - José Sá; Suk; Chidozie
25M - André Silva

---

20M - Vukcevic; Matheus;
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 16:09

Diogo Martins
Agradeço muito a sua informação. Conhecia alguns casos particulares, outros ainda não.
Em geral, parece que se pode concluir que são muito mais baixas do que os aplicados aos jogadores leoninos e muito mais diversificadas. Essencialmente, muito mais adaptadas à realidade específica de cada atleta.
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De LeoaAnimada a 17.08.2016 às 15:48

Caro LZ,

Já que os vossos posts se dedicam exclusivamente a criticar BdC e/ou a acusá-lo de eleitoralismo, deixo uma pergunta retórica: sabem como é ele é reeleito, não sabem? Se votarem nele. Ora, em vez de fazerem uma campanha feroz contra BdC, arranjem mas é quem o vença nas eleições! Boa sorte nessa impossibilidade.

Cumprimentos
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 16:12

Caríssima LA
Aconselho-a a ler o conjunto dos nossos posts e a não se fixar apenas naqueles em que é abordada a gestão do Clube.
Cumprimentos
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De LeoaAnimada a 17.08.2016 às 16:20

Caro LZ,

Excluindo "A Repórter da Semana" há algum post em que não é abordada a gestão do Clube? Não vale a pena citar exemplos, a minha opinião está formada após inúmeras visitas ao blogue.

Cumprimentos
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 16:32

Cara LA
Sendo assim, não lhe apresento a longa lista de posts onde o Bruno de Carvalho nunca é referido... nem nas entrelinhas!
Mas, volte sempre.
Cordialmente
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De Mike Portugal a 17.08.2016 às 16:57

Não percebo qual é a dificuldade em entender as clausulas de rescisão. Se um jogador ainda não mostrou o que vale, é bom precavermo-nos e colocar uma clausula alta, pois se ele mostrar valor nenhum clube poderá vir cá busca-lo por €5M.
Se um jogador mostrar valor e tiver uma clausula baixa, vai sair sem nenhum retorno de jeito para nós.
Se um jogador mostrar que não tem valor, aí sim é a unica situação em que faz sentido a clausula ser mais baixa, mas mesmo nesse caso o clube nunca impede o jogador de sair, uma vez que é um jogador que não mostrou valor.
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 17:46

Mike

A questão das cláusulas que o Sporting aplica aos seus jogadores pode ser vista a dois níveis:
- da eficácia desportiva e financeira;
- da ética e da seriedade.

No primeiro caso tenho sérias dúvidas da vantagem. Carrillo todos os dias mostra-nos isso mesmo. Por outro lado, a boa gestão financeira e desportiva decorre de cláusulas coerentes com o perfil do jogador e não aplicar uma chapa semelhante a todos os jogadores.
Não compreendo que Betinho e Tanaka tivessem a mesma cláusula, nem sequer esse valor aplicado a jogadores sem currículo. Também não percebo qual é o interesse de aplicar elevadíssimas cláusulas a jogadores contratados ou da Formação que depois são praticamente oferecidos a outros clubes. É uma questão de eficácia e de credibilidade.

Também tenho reservas quanto à ética e seriedade. Por exemplo, Carlos Mané renovou o seu contrato até 2020 com um salário de 25 mil euros mês e uma claúsula de rescisão de 60 milhões de euros. Ele assinou porque assim entendeu, mas isso não altera a minha conclusão.
Onde há falta de seriedade gera-se a desconfiança. Talvez por isso aconteceu o caso Dier.
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De Petinga a 17.08.2016 às 17:28

"Muitos consideram que se trata de um sound bite revelador da existência de um sério conflito com a realidade do futebol e com o modelo de funcionamento do mercado de transferências dos jogadores."

Parei de ler quando cheguei a "muitos consideram".
Nao sei o que passa na cabeca dos escribas do Camarote e acólitos anti-BdC que tanto choca nas declaracao "nao estamos vendedores". Comentários e mais comentários dos visitantes deste e de outros blogues tentando explicar que isso é apenas uma forma de tentar evitar que os clubes pensem que "é só chegar com um punhado de euros e leva-se o melhor jogador da casa".
Quantas vezes mais vao referir-se a isto?

"Por exemplo, ainda está por esclarecer a relação directa entre o valor das cláusulas que se pretendeu impor a Dier e a Carrillo e o fracasso das negociações para as renovações contratuais com ambos."

Em Dier dou-lhe razao porque de toda a evidencia era isso que bloqueava as negociacoes. Mas também lhe digo que se nao existisse a malfadada cláusula vinda dos tempos Bettencourt, com 5M de valor, o jogador talvez tivesse encarado a situacao de outra forma.
Em Carrillo: mas alguém ainda acha que Carrillo alguma vez pretendeu renovar contrato? A sério?
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 18:11

Petinga

O problema da declaração que “não estamos vendedores” é que não cola com a realidade financeira e desportiva do Sporting. O Clube está naturalmente vendedor, mas enredou-se numa teia de palavras e no facto das propostas existentes ainda não terem atingido o valor aceitável.

Os termos do contrato do Dier estavam na posse da Direcção. A Direcção não soube ou não quis fazer uma proposta aliciante ao jogador.

Houve um momento em que Carrillo desejou renovar. No entanto, a partir de um determinado momento não quis chegar a um acordo.
Também aqui houve fracasso da Direcção incapaz de resolver casos mais “bicudos”.
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De Petinga a 18.08.2016 às 05:01

"O problema da declaração que “não estamos vendedores” é que não cola com a realidade financeira e desportiva do Sporting. O Clube está naturalmente vendedor, mas enredou-se numa teia de palavras e no facto das propostas existentes ainda não terem atingido o valor aceitável."

Nao concordo consigo. Um cenário em que nao saia ninguém tem apenas como consequencia nefasta que nao entrará mais ninguém - nem mesmo o famigerado ponta-de-lanca. Nao seria bom, mas desportivamente que clube se pode queixar de manter todos os seus melhores jogadores?

No restante, no comment em relacao a Carrillo. De quem, noto com curiosidade, agora nao se fala tanto. É suplente no seu novo clube, nao joga e já cria mau ambiente.
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De Leão Zargo a 18.08.2016 às 15:11

Petinga

Seria muito bom bom manter os melhores jogadores da época anterior. Muito mesmo. Mas, mesmo assim, continuará a faltar um jogador para a grande área, seja ele um 9 ou aquilo que chamamos de 2º avançado. Creio que essa lacuna é incontornável. Depois, faltarão o lateral esquerdo e o defesa central. O Jesus pretende esses jogadores.
Ora, se não se vender... é mais difícil comprar.

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De Petinga a 18.08.2016 às 15:58

Pronto, estamos de acordo. Mas se isso for dito à boca cheia, sabe qual é o resultado? Os clubes convencem-se de que 25M pelo Joao Mário chega e sobra.

Pior ainda: o negócio pelo ponta de lanca e mais algum que eventualmente venha (nao tenho assim tanta certeza em relacao ao lateral esquerdo) serem iniciados e concluídos depois da tal venda. Porque aí os clubes dos ditos jogadores enchem a barriga e dizem "nao acabaste de receber 35M? Entao paga".

PS: "O Jesus pretende esses jogadores", mas saberá certamente que só os tem se abdicar do Joao Mário...
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De Leão Zargo a 18.08.2016 às 16:36

Oxalá o João Mário seja transferido por um valor a rondar os 45M€. Digo “oxalá” porque esse montante é justo, compensador para o Sporting e permite que o jogador dê margem ao sonho. E é uma mensagem para o plantel: existe sempre a possibilidade de sair por um valor justo.

Há uma dinamicidade no futebol que não se compadece com determinadas realidades permanentes e imutáveis durante anos. Quem não antecipa as situações e os problemas fica pelo caminho. E não é com conversas de ocasião e sound bites para a plateia que se resolvem os problemas do plantel. Isso é certo.

Parece-me que no lado esquerdo da defesa há um problema. Jefferson tem lacunas a defender e falta-lhe classe, Marvin não consegue subir a um outro patamar e Bruno César é o melhor a fazer o lugar.
Aposto singelo contra dobrado que o Jesus ainda é mais severo na avaliação.

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De Petinga a 18.08.2016 às 18:01

Se a negociacao em curso realmente resultar em transferencia e essa for por um montante tao elevado e que pulveriza o recorde de transferencias do Sporting entao teremos TODOS razoes para ficar muitíssimo satisfeitos.
Para quem por aqui foi escrevendo que "30M já era óptimo" isso é bem mais do que "compensador".

No restante: Jefferson e Marvin teem lacunas que Bruno César remenda. Possivelmente uns servirao para alguns tipos de jogos, outros para outros. Possivelmente nenhum nos permitirá, naquela posicao, ombrear com equipas muito fortes. Daí até ser posicao de reforco "prioritário" vai uma diferenca grande. Mas veremos o que faz a SAD.
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De J.Pinto a 17.08.2016 às 19:14

Sim Dier saiu por causa da clausula mas a de 5M que tinha
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 19:35

J.Pinto

O próprio Dier defendeu que teria de existir um equilíbrio na relação cláusula e vencimento. Os dois valores deviam estar em sintonia.
BdC foi confrontado com uma negociação complexa… e falhou! Infelizmente para o Sporting.
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De J.Pinto a 18.08.2016 às 00:10

sabe qual é a clausula actual do dier ?

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De Rui Gomes a 18.08.2016 às 02:49

Não fiz pesquisa para averiguar a cláusula, mas sei que renovou este Verão por 5 anos a receber 80 mil euros por semana.

O Transfermarkt tem o seu valor no mercado em 20 milhões, que é baixo.

Vocês insistem em bater com a cabeça contra a parede, visto que eu já aqui escrevi várias vezes - por saber directamente - que ele estava disposto a renovar pelo Sporting, mas não com uma cláusula de 45 milhões e um salário extremamente modesto.

Mas para ficarem felizes, podem continuar a insistir no mesmo.
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De JC a 17.08.2016 às 19:30

Há tempo que não passava por aqui- nem sei se estou bloqueado - mas não mudámos muito: posts sobre a gestão do Clube e da SAD.
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 19:36

JC
Fico com a ideia de que apenas reparou numa pequena parte da temática dos posts. V
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De Rui Gomes a 17.08.2016 às 19:38

Ora aqui temos uma intervenção altamente construtiva !?!

O que é deseja que se comente ?... Da integração do padel como modalidade no Sporting ?

O Sporting é fundamentalmente futebol e é isso que se comenta, mais do que qualquer outra temática.

P.S. Qual a razão para estar "bloqueado" ?... Disse algumas parvoíces impróprias no passado ?
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De Naçao Valente a 17.08.2016 às 19:39

CaroLeão Zargo,
Na minha perspectiva o valor de um jogador tem a ver com vários factores a saber: características próprias, evolução, prestações em campo, função que desempenha, visibilidade, necessidades do mercado, concorrência. São genericamente estes factores que influenciam a oferta de compra. João Mário é o exemplo tipo de uma evolução com estes parâmetros e que justificam uma cláusula mais elevada, que aliás lhe foi atribuída aquando da renovação já no decurso do seu crescimento sustentado. Agora aplicar cláusulas estratoféricas a tudo e mais umas botas não valoriza os maus e coloca desconfiança nos bons. E podem os adeptos acríticos argumentar que a cláusula alta pode justificar um preço alto que não têm razão. Faz lembrar os alunos cábulas que não sabendo a resposta apostam em todas as alternativas.
Do mesmo modo dizer que "não é preciso vender" como estratégia para subir o preço parece-me outra falácia. Só se vende quando há comprador e esse paga que o mercado estabelece, de acordo com condições acima descritas. Além disso neste mundo cão não há muita ingenuidade. Todos sabem que todos precisam de vender. O Sporting Clube de Portugal, não foge à regra. Só se for o Sporting made in BdC.
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De Leão Zargo a 17.08.2016 às 22:11

Estimado Nação Valente

Considerando os factores que refere o João Mário justificaria a cláusula de rescisão mais elevada do plantel do Sporting. Nesse caso, o valor seria dinâmico e determinado pelos parâmetros.
No entanto, no Sporting foi aplicada a chapa 60M€ ao JM, como ao Tanaka, ao Betinho e a muitos outros.

Negociar é uma arte que não está ao alcance de BdC!

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