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Os 3.115 associados que participaram na Assembleia Geral do Sporting deste sábado, marcada para votar o Relatório e Contas da temporada 2019/20 e Orçamento da época 2020/21, reprovaram os números apresentados pelo Conselho Directivo por larga maioria.

Contra o Orçamento para 2020/21 votaram 69,19 por cento dos associados participantes no ato eleitoral. 30,81% votaram a favor. Um resultado idêntico em relação ao Relatório e Contas de 2019/20, que registou a reprovação de 67,22 por cento dos associados. 32,78% votaram a favor.

COMUNICADO DO SPORTING

"O Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal manifesta a sua gratidão aos 3115 sócios do Clube que, num contexto pandémico, vieram exercer o seu direito de voto.

Em face da reprovação, pelos Sócios, do Relatório e Contas do exercício transacto e do Orçamento exercício 2020/2021, esclarecemos o seguinte:

1. Voltaremos, oportunamente, a submeter os documentos à Assembleia Geral de Sócios;

2. Com efeito, a aprovação dos referidos documentos é importante na gestão orçamental diária e na relação com terceiros, nomeadamente com as entidades financiadoras e com o Estado. Como até aqui, tudo faremos para que não existam consequências mais nefastas para o Clube neste período por si só já tão difícil. Estamos confiantes e determinados que, apesar de todas as dificuldades, iremos conseguir;

3. O Relatório & Contas 2019/2020 não sofrerá, naturalmente, qualquer alteração;

4. Ponderaremos introduzir alterações no Orçamento, ajustando-o à realidade entretanto já conhecida desde o início do exercício.

Por fim, gostaríamos de agradecer o profissionalismo e integridade dos funcionários do Sporting CP que contribuíram como de costume para a realização da AG. A todos, o nosso muito obrigado.

Saudações Leoninas"

Salvo uma outra explicação mais concreta, dá para imaginar o que ocorreu: a maioria silenciosa ficou em casa e a votação foi dominada pela seita de brunistas, elementos das claques e outros antis que têm tudo menos o bem estar do Sporting em mente.

Fica por esclarecer como é que esta votação beneficia o Sporting, compreendendo-se, no entanto, que quem votou contra o Relatório e Contas e Orçamento não está minimamente preocupado com considerações desta natureza.

A sublinhar este estado de coisas, surgiram no Camarote Leonino, logo após a votação ser anunciada, uns quantos imbecis a celebrar o feito. Estupidez e ignorância não têm limites.

Lamentavelmente, é este o Sporting que vivemos!

________________________________________________

Rogério Alves após a Assembleia Geral: "Da reprovação destes documentos (Relatório e Contas e Orçamento) não há consequências previstas nos estatutos. De resto, também não compete à Mesa da AG pronunciar-se sobre o tema. Compete ao Conselho Directivo analisar estes resultados".

publicado às 03:49

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6 comentários

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De Greenlight a 27.09.2020 às 08:46

A maioria silenciosa ficou em casa. A maioria apoia o Sporting e não este ou aquele presidente. Varandas, o actual presidente, poucos sócios consegue entusiasmar. É o principal responsável de uma época futebolística para esquecer. Anunciou a preparação dessa época com pompa e circunstância, com o seu discurso titubeante. Foi eleito com o argumento que era o único candidato que percebia de futebol. À época, já se percebia que esse suposto conhecimento era a única qualidade que apresentava para liderar o Sporting pois todo o seu perfil era o oposto daquilo que deve ser um líder. Como hoje já ninguém acredita que Varandas entenda de futebol, sobressai o seu perfil, ou a ausência dele. Assim, após meses de desencanto e com a pandemia em curso, a maioria silenciosa ficou em casa. E só vai sair para impedir um regresso iminente do Brunismo. Até lá, Varandas vai continuar sozinho, ou quase. Eu fiquei em casa.
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De José Mário Costa a 27.09.2020 às 10:58

Aos que dizem que ficaram em casa porque este presidente não lhes dá a "pica" da conversa fiada do anterior, pergunto:

1) O que é que esses tempos do populismo grosseiro e narcisista resultaram de vitórias no futebol profissional?

2) Estivesse quem estivesse no lugar de Frederico Varandas, estando o clube falido e ainda cercado de mil e uma dívidas e processos judiciais herdados desses tempos da conversa fiada, acaso descobriria petróleo em Alvalade para conseguir um plantel minimamente capaz de competir com o Braga, ou Guimarães ou o Rio Ave (nem vale a pena falar dos plantéis do Benfica e do FC Porto, de outra galáxia...)?

3) «Ficar em casa» em alturas tão decisivas, como a de ontem, para a governação do clube, não é pactuar com a minoria arruaceira que quer, apenas e só, a demissão desta Direção que nem vai a meio do mandato para que foi eleita?
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De Greenlight a 27.09.2020 às 12:34

Resposta a José Mário Costa: Para usar a sua gíria, confesso que a conversa fiada do anterior (presidente) sempre me deu "pica" para ir às AGs e...votar, invariavelmente, contra ele. Até agora, ainda não votei contra Varandas mas, hoje, não vejo muitas razões para votar a favor. No entanto e como já disse acima, lá irei, se for necessário (por enquanto não é), votar contra os brunistas.
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De Naçao Valente a 27.09.2020 às 12:56

Greenlight,

Há um erro de apreciação na sua justificação. O relatório e Contas e o Orçamento, são dois documentos fundamentais para a gestão do Clube, seja qual for a Direcção. Têm de ser avaliados de per si, e não em função do nome do presidente. É preciso separar as águas. O que está em causa é o Sporting.

Compreende-se que os brunistas se aproveitam do facto para fazerem oposição. Não votam em função dos documentos, mas para dar corpo à sua estratégia contra a direcção. É mais um passo para colocarem o brunismo no Sporting, o que vai acontecer se os deixarem à solta. E não venha com a conversa que travará o brunismo. Quando o quiser fazer já será tarde, e será a continuação da sua destruição.

Vivemos tempos difíceis. Não vivemos tempos para aventuras. Mais que o Varandas, o Sporting precisa de um orçamento para sobreviver.
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De Greenlight a 27.09.2020 às 13:19

Nação Valente,
Há que usar as palavras com rigor:
-Eu expliquei porque não fui à AG, não tenho que apresentar justificações.
-Não é inequivocamente claro que o Orçamento seja imprescindível à gestão do clube.
-Quanto ao chumbo do Relatório e Contas, também parece que não vai trazer consequências de maior. No mundo empresarial, a essa não aprovação seguir-se-ia a demissão da Gerência/Administração mas, aqui, isso não vai acontecer.
E finalmente quanto a travar ou não o brunismo, eu, como mero sócio, só posso contribuir com os meus votos mas a Direcção e o Presidente Varandas estão em posição de dar um maior contributo, que é o de corrigir todas as asneiras que fizeram na época anterior. Se forem bem sucedidos nesse desiderato será meio caminho andado para o fim do brunismo.

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De Naçao Valente a 27.09.2020 às 13:30

Varandas tem culpas? Claro que tem. Tomou decisões polémicas na gestão do futebol, que critiquei na altura certa. E, a não ser que aconteça um milagre no futebol, creio que não será reeleito.

Outra coisa é a aprovação dos orçamentos. Que diferença faz este de outros que foram aprovados?

A fraca mobilização de votantes deve-se a comodismo. Sair de casa, ainda por cima em tempos pandémicos, para ir para uma AG não atrai muita gente. Por outro lado colocar o futuro do Sporting nas mãos de cerca de dois mil fanáticos, não augura nada de bom.

Alguma coisa está errada nos Estatutos do Clube.

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