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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Quando digo que o Sporting fez o que lhe competia, não me refiro à goleada, mas sim por ter controlado completamente um jogo diante um adversário claramente inferior. Marcou sete golos, mais umas bolas aos ferros e ainda umas quantas oportunidades desperdiçadas.
Sporting CP: Luís Maximiano [GR], Cristián Borja, Luís Neto, Sebastián Coates [C], Gonçalo Inácio, Vitorino Antunes (Daniel Bragança, 46'), Matheus Nunes, João Mário, Jovane Cabral (Bruno Tabata, 59'), Nuno Santos (João Palhinha, 72') e Andraa Sporar (Pedro Marques, 72').
Apenas alguns reparos num jogo que não tem grande história:
- Exibição sólida do jovem central Gonçalo Inácio, premiada com um golo ao cair do pano, já depois de ter mandado um cabeceamento à trave. Poderá ainda não oferecer condições para ser titular nesta equipa, mas parece-me evidente que tem futuro;
- Daniel Bragança aproveitou a oportunidade que Rúben Amorim lhe concedeu neste jogo para demonstrar mais uma vez a sua deslumbrante eficácia de passe. Acredito no futuro risonho deste jovem médio (21 anos) de leão ao peito;
- Entrada muito oportuna do jovem ponta de lança Pedro Moreira, com dois golos de belo efeito. Actua na equipa B, mas será que merece ser chamado à principal?;
- Nuno Santos a sublinhar que tem golo nos pés, uma bela contratação desta época;
- Jovane Cabral com algumas coisa boas, a começar com o excelente cruzamento para o golo de Nuno Santos, mas ainda muito trapalhão noutras ocasiões;
- Será o sistema de Rúben Amorim, mas não gosto de ver a construção de jogo originar tão frequentemente com os centrais. Prefiro ver um dos médios assumir o controlo da bola em posição mais recuada;
- Borja será um rapaz muito simpático, mas não é jogador para o Sporting;
- O único aspecto deste jogo que não me agradou foi de Sporar não ter sido bem servido uma única vez. Uma questão preocupante para o resto da época.
Comentário de David Novo, Director Executivo de Record
O que explica a goleada?
A resposta mais simples seria dizer que de um lado estava um grande do futebol português e do outro uma equipa do Campeonato de Portugal. Sim, é verdade, mas a chave esteve na mentalidade dos jogadores do Sporting. Raramente facilitaram e não baixaram a guarda, apesar de a margem ter sido sempre confortável. Aliás, os três golos na parte final do jogo são a maior prova disso.
A oportunidade foi aproveitada pelos menos utilizados?
Sem dúvida. Muito além do golo, Gonçalo Inácio mostrou-se muito confortável com bola, podendo tornar-se numa boa alternativa a Feddal , sabendo da importância de um central canhoto no esquema de Rúben Amorim. Pedro Marques merece nova oportunidade contra um adversário superior para melhor confirmar potencial. Daniel Bragança transpira classe e inteligência em quase todas as acções que tem.
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