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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O Sporting Clube de Portugal promoveu, esta segunda-feira, o 'VAR Future Challenges', um webinar (seminário através da internet) que reuniu vários especialistas internacionais para auscultar os problemas e debater possíveis soluções para uma melhor utilização da ferramenta que chegou para ficar no futebol: o videoárbitro (VAR).
O Clube Leonino reuniu um painel diverso de oradores constituído por figuras ligadas à arbitragem, como Paddy O'Brian e Nigel Owens, árbitros internacionais de râguebi (modalidade com a sua muito própria versão do VAR, designada TMO – Televison Match Official), Keith Hackett, antigo árbitro inglês de futebol, e ainda Greg Barkey, árbitro da MLS (Liga Norte-Americana de futebol), bem como personalidades em representação de organizações de grande relevo no futebol europeu, como Gijs de Jong, secretário-geral da Federação Holandesa de Futebol, Alexander Ernst e Jochen Dree, da Federação Alemã de Futebol, Helena Pires, da Liga Portugal e também José Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Pode ler aqui, algumas das considerações em debate.
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Em nota separada, mas ainda relacionada com a conferência do SCP, José Fontela Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF admite abrir as comunicações entre árbitro e videoárbitro em tempo real, mas sublinha que é preciso "tempo, treino e aprendizagem" para dar esse passo:
"Neste momento é muito difícil colocar em prática as comunicações em tempo real. No futuro, esta é a forma de dar maior transparência e credibilidade ao VAR. Precisamos de tempo, treino e aprendizagem. Talvez se no início colocarmos uns 'clips' nos média, só para os adeptos perceberem bem que não há ali quaisquer segredos, para as pessoas perceberem bem como trabalhamos com o VAR. Temos muito trabalho para fazer nesta área. A nossa opinião, neste momento, é que precisamos de muitas horas de treino antes de podermos dar este passo".
Treino e aprendizagem para quê? Para ensaiar os discursos? Parece-me que o componente principal é do foro tecnológico. A partir desse ponto é apenas fazer o que fazem agora, com a distinta diferença que toda a conversa será pública. Por outro lado, até é de admitir que é precisamente isto que será muito inconveniente e exige ser bem treinado.
Ainda, a explicação de Fontela Gomes para as decisões erradas do VAR:
"As pessoas que estão no VAR sofrem pressão para tomar a decisão certa. Há situações de interpretação, o que para um é claro em termos de erro, para outra pessoa não é. O stress e a pressão são os principais problemas que levam a decisões erradas do VAR. Temos de treinar muitas horas e educar a implementação do VAR. Não temos de mudar muito as leis de jogo. Algumas ligeiras mudanças".
Stress e a pressão são "os principais factores"?... Acho que Fontela Gomes deve puxar mais pela sua imaginação para dar uma explicação/justificação mais coerente e realística.
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