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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O Sporting reagiu este domingo ao anúncio por parte da W52 sobre a não concretização de um acordo que visava uma parceria permitindo ao Sporting regressar ao ciclismo. Em comunicado, são alegadas "dúvidas sobre procedimentos relacionados com análise e controlo antidoping por parte dos promotores do projecto".
Eis o comunicado na íntegra:
«Já após a apresentação à imprensa do regresso do ciclismo ao Sporting e na sequência de diversos contactos por parte de Sportinguistas seguidores da modalidade, teve o Clube conhecimento de diversos factos e situações que suscitaram e suscitam as maiores e mais sustentadas dúvidas sobre procedimentos relacionados com análise e controlo anti-doping por parte dos promotores do projecto.
Imediatamente o Sporting procurou obter esclarecimentos, informações e respostas por parte dos promotores do projecto em relação aos atletas que iriam fazer parte da equipa, ao suporte de patrocinadores para a mesma e também em relação às questões de que nos chegavam ecos, já que estavam em causa valores de Ética e verdade desportiva da qual o nosso Clube não abre mão em circunstância alguma.
Por parte dos promotores do projecto as respostas não foram inicialmente dadas e, após reiteradas tentativas, foram insuficientes e não esclarecedoras quando o que está em causa é a imagem e o bom nome de uma instituição centenária e uma tradição da qual nos podemos orgulhar de luta pela verdade no desporto.
Em vez de responder às perguntas do Sporting, os promotores do projecto e os seus responsáveis contactavam com a comunicação social procurando na notoriedade pública das notícias, entrevistas e declarações uma chancela de validade para a sua associação com o Sporting.
Desta forma, o Sporting entendeu suspender imediatamente o processo em curso com os promotores do projecto com vista à formação de uma equipa de ciclismo conjunta.
Foram, no seguimento dessa decisão, dadas indicações expressas ao Departamento Jurídico do Sporting no sentido de analisar eventuais procedimentos que se justifiquem, de acordo com o escrupuloso cumprimento das normas éticas pelas quais o Clube se rege.
Mais uma vez demonstramos a nossa preocupação de sempre com a verdade desportiva: doa a quem doer ! »
Bem... como frequentemente acontece, o adepto fica no escuro quanto ao que na realidade decorreu neste processo, dado que é de difícil compreensão. Faz pouco ou nenhum sentido que depois do Sporting ter anunciado, na passada quinta-feira, o acordo com a W52, como um facto consumado, que só posteriormente tenham surgido questões que indica a lógica e o bom senso deviam ter sido bem analisadas pré-acordo e o respectivo anúncio. Se é mais um caso de puro amadorismo ou mera incompetência, não faço a mais pequena ideia, mas há algo no todo da história que não é claro.
Com tudo isto, quem não perdeu tempo a aproveitar o alegado recuo do Sporting foi o FC Porto e, via comunicado, já anunciou um acordo com a W52, permitindo ao clube do Norte regressar ao ciclismo 30 anos depois. Eis o comunicado portista:
«O FC Porto vai regressar ao ciclismo em 2016, através da equipa W52-FC Porto-Porto Canal. O acordo é válido para os próximos cinco anos e representa o regresso do clube à modalidade, suspensa em 1984, após décadas de muitas vitórias. Aliás, o FC Porto tem um recorde de 13 títulos por equipas na Volta a Portugal.»
Agora, cada um acredita no que desejar, porém, não deixa de ser uma situação de difícil explicação convincente para Bruno de Carvalho. As usuais divisões de opinião entre adeptos são expectáveis, como aliás tem acontecido com muitos outros assuntos do foro leonino.
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