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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Sérgio disse que era fácil desmontar a equipa do Sporting e demonstrou ter a lição bem estudada. Mas quem comandou os ritmos foram os de Alvalade, que abandonam o Dragão com os mesmos 10 pontos de vantagem sobre o FC Porto.
Comandar o campeonato como tem feito e passar incólume no maior dos testes à liderança até ao momento não é para todos. O trabalho de Rúben Amorim em Alvalade é digno dos maiores elogios. E por muito que ele não queira assumir a candidatura, não há certamente nenhum adepto sportinguista que não seja "obrigado" a acreditar que este ano pode mesmo ser.
A personalidade com que o Sporting CP jogou tendo no relvado sete jogadores sub-23 é impressionante. Diz muito sobre a qualidade da formação e alguns achados como Porro, mas também da confiança que lhes é dada por um treinador que não olha, mas não olha mesmo, a bilhetes de identidade.
Esperava um FC Porto mais próximo do que fez nos dois jogos em Braga, onde foi muito superior até às expulsões. Gostei francamente dos dragões aí e também frente à Juventus. Ontem, para impor a primeira derrota na Liga aos leões, era preciso uma exibição muito semelhante. Talvez seja verdade o que diz Sérgio, que a equipa quis mais ganhar, mas quem impôs os ritmos foi o Sporting. Com uma primeira parte morna e uma segunda em que se soltou. Os portistas tiveram mais oportunidades, mas soube a pouco para quem queria e precisava de virar o tabuleiro. Demasiado pouco, diria. O leão não pode mesmo festejar ainda, mas ficou claramente mais perto.
João Pinheiro. Acabou por passar com distinção num teste complicadíssimo. Foi corajoso, impôs respeito e não falhou em nenhuma decisão importante. Somou pontos.
NOTAS DE RODAPÉ
Palhinha, Coates e João Mário foram enormes no Dragão. Caso se sagre campeão, vai ser difícil a quem escrever a história deste leão não falar muitíssimo neles. Há mais? Sim, curiosamente quase todos, mas estes ontem foram vitais.
Santa Clara com público? Entendo a Liga. E faz-se lá fora. Mas discordo. Em absoluto. Desvirtua a verdade desportiva. Em casa vão ter a ajuda do público e fora o conforto das bancadas vazias. Os outros não são mais fortes ao lado dos seus? Mal.
Comunicar a vinda de árbitros estrangeiros para Portugal no dia do jogo do título é de uma insensatez atroz. Fazê-lo sem falar com a APAF ainda pior. João Pinheiro e Artur Soares Dias não precisavam disto antes do clássico. Muito mau.
Artigo da autoria de Bernardo Ribeiro, Director de Record
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