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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Considerações de sportinguistas no Sporting Talks, convenção que está a decorrer na Universidade Católica de Lisboa esta quarta-feira:
Eduarda Proença de Carvalho
"Quem vier a seguir tem de fazer uma alteração profunda dos Estatutos. É a base do Clube, é preciso voltar o Clube aos sócios. Os Estatutos antigos não eram bons, mas os novos são muito piores. O novo presidente do Sporting tem de apresentar alteração na qual os órgãos sociais têm de ter orçamento próprio. Não é possível que os órgãos estejam dependentes de quem está acima.
Percebi, nos últimos dias, que os funcionários do Sporting, que todos achávamos que nos podiam ajudar, são funcionários da SAD.
Nos últimos anos, o Conselho Leonino fez o que fez inteiramente de acordo com a vontade do presidente. Deixou de ser um local de pensamento. Concordo que o Conselho Leonino tem de ser reinventado, nomeadamente chamar para dentro deste conselho pessoas dos Núcleos, que estão afastadas em termos territoriais da sede, para poderem participar.
Lanço um repto aos candidatos. Temos de pôr com grande rapidez o voto electrónico, sob pena de quem está de fora não poder participar nas decisões do Clube."
Rogério Alves
"Queria sugerir que este debate prosseguisse também após as eleições, seria mais propício ao debate. A SAD só existe porque só existe Clube. Se não for o Clube, não vale a pena haver SAD. Por mais que os investidores externos o possam lamentar, é verdade. Os accionistas sabem que terão pouco acesso a dividendos. Podem perguntar o que os levará a investir. Numa visão poética dir-se-ia que era amor, mas se este modelo não fosse assim perdia a sua razão de ser.
Há muitas coisas que têm de ser resolvidas neste convívio com a entrada da lei. Temos neste momento investigações criminais que podem dar descida de divisão ou perda de campeonato. Serão o efeito dissuasor da batota. Essas investigações saíram de cena graças ao rebuliço no Sporting, mas espero que voltem a entrar em cena".
Rodrigo Roquette
"Ponderei seriamente avançar com uma candidatura à presidência do Sporting. Não o fiz porque esbarrei num conjunto de práticas que vieram ao meu conhecimento - falei com muitas pessoas - de influências, uma teia de terrorismo comunicacional, tentativas de pressão. Um conjunto de coisas que neste momento existem e que têm de ser limpas, mas de uma vez por todas. As pessoas têm deixar de se servir do Sporting.
Tive de fazer um exercício de humildade. Isto tem de deixar de ser o clube dos amigos ou dos primos e de pessoas que vão para lá porque lhes dá jeito. Só parando com estas práticas que ainda existem é que as pessoas estão dispostas a largar o que têm para trás, caso contrário não vão querer ir para um lamaçal. Há pouco tempo criei uma coisa chamada ‘Movimento Sporting Vencedor’. Adorava que a próxima presidência pudesse aproveitar. É uma rede anónima, pro-bono, de pessoas especialistas em diversas áreas de mercado que poderiam ser consultados, integrá-los em algumas decisões.
Creio que há muitos sócios como eu que querem ajudar o Clube e não podem. Recusei ser director de marketing, convidaram-me e eu recusei".
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