«"metade das contratações foram para a Equipa B". Eu conto 10 em 17 (Welder, Jefferson, Piris, Maurício, Magrão, Slimani, Montero, Cissé, Shikabala e Héldon), »
Contas mal. Falta-te um nome, o actual camisola 6, Vítor Silva.
«2 delas rapidamente "despromovidas" (tanto que se teve de ir contratar mais um defesa direito em cima do fecho do mercado) e "transformadas" em "apostas de futuro" (mais ou menos). Com Sami, serão 11 em 18. Um bocadinho mais de metade.»
O Welder é um claro erro de casting, mas lá vai servindo para ser o suplente do Mauro Riquicho. E o Sami ainda está para vir.
«E quantas das 19 contratações realizadas no 1º e 2º defeso de Godinho Lopes não eram "para a equipa B"?»
Só 19 contratações foram feitas em 2011/2011, e não, nenhuma foi para a equipa B.
E na época seguinte, mais 16 jogadores foram contratados, 7 para a equipa B, 3 por empréstimo.
«E "reduzindo no verão mais de 30% dos custos com o futebol e voltando a reduzi-los agora em janeiro"... Tem a certeza? Olhe que a referência de custos é aquela que o Bruno de Carvalho encontrou quando chegou à presidência (em Março)... E tem a certeza que a contratação de 2 jogadores, por uma quantia equivalente a 2 milhões de euros, consubstancia uma redução de custos, face à saída do Rinaudo e demais jogadores da equipa B?»
Só o Labyad, em salários, custaria 4,5 milhões de euros até ao final de 2014/2015.
E o Jeffrén, em salários, custaria 7,2 milhões de euros até ao final de 2015/2016.
Mas o amigo claramente nunca leu os relatórios e contas das últimas 4 épocas e como tal, não tem a mínima ideia da crescente cratera financeira que José Eduardo Bettencourt e Godinho Lopes cavaram para o Sporting...
«E "várias das contratações se revelaram acertadíssimas e já se valorizaram de forma exponencial"... e isso não sucedeu com várias das contratações realizadas por Godinho Lopes?»
Não, porque se no final da primeira época, houve alguma valorização, a mesma foi toda pelo cano na segunda temporada, excepção feita claro, aos jogadores que vieram da equipa B, por terem selo de qualidade comprovada.
«Conclui que não há comparação porque se gastaram "mais de 40M no reforço do plantel" (o que é falso) e que, para financiar essas contratações, foi necessário ceder partes do que chama "passes"? Percebo mal ou o que quer dizer é que O ÚNICO ponto em que não há comparação é no dinheiro investido? Porque em tudo o resto não apenas é possível comparar, é possível também ver um forte paralelismo. E já agora deixe-me dizer-lhe, citando o herói do Bruno de Carvalho, "caros são os que não jogam".»
Percebes mal, mas eu explico. Na primeira temporada, Godinho Lopes foi à banca e endividou-se, depois foi ao casino e apostou as fichas todas em Luis Duque e Carlos Freitas, contratou 19 jogadores, pagou balúrdios em comissões, aumentando imenso portanto o orçamento, e depois fez figas que o apuramento para a Liga dos Campeões permitiria à sociedade minimizar os danos causados a nível financeiro, graças a um orçamento em que a despesa não andava muito longe do dobro que a receita.
Como bem sabemos, o Sporting acabou a temporada no quarto lugar e logo aí, Godinho Lopes ficou entalado. Mesmo assim, contratou mais 9 jogadores, vários deles com salários bem elevados, casos de Zakaria Labyad (custo anual de 3 milhões de euros), Khalid Boulahrouz, Danijel Pranjić ou Miguel Lopes. E se calhar, acontece o mesmo com Marcos Rojo.
No final da temporada, a despesa foi quase o dobro da receita, mas pelo meio, por alturas de Dezembro de 2012, um tal de Álvaro Sobrinho, da Holdimo, comprou dezenas de parcelas de passes ao Sporting por cerca de 20 milhões de euros, mais euro, menos euro, ficando esta despesa como dívida não corrente no último R&C anual.
Sem competições europeias, com receitas esperadas muito abaixo do habitual, o choque com a realidade não permitiu outra coisa que simplesmente despachar todos os activos cuja relação custo/benefício era bem inferior à esperada pelas novas contratações...
Mas quando não sabemos nada de economia nem de finanças, nem procuramos informar-mo-nos acerca do estado das finanças dos clubes, e pior, nem sequer sabemos quantos jogadores realmente foram contratados em cada temporada, é natural que nos sintamos enganados.