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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Nesta rubrica, o leitor tem a oportunidade de apreciar - e se entender, criticar as notas (0-6) que eu atribuí aos jogadores do Sporting e a outros intervenientes do jogo Sporting - F C Vizela, da 1.ª jornada da Liga BWIN, que resultou numa vitória do Sporting por 3-0, golos de Pedro Gonçalves (48' e 64') e de Paulinho (74').
Leão predador, início da nova temporada à campeão. Depois do excelente triunfo na Supertaça, a equipa repetiu, ontem à noite, no arranque do campeonato, uma exibição agradável e segura, o guarda-redes Adán foi chamado a intervir uma única vez, para uma defesa de menor dificuldade para o único remate enquadrado do adversário em toda a partida. O FC Vizela cometeu o erro de iniciar o jogo disputando os lances em todas as zonas do campo e pagou bem caro por isso, na segunda parte só conseguiu defender. Pedro Gonçalves deu 45 minutos de avanço até abrir o livro deixando a sua marca de leão faminto, com 2 fantásticos golos.
DESTAQUE - PEDRO GONÇALVES - 5 - Até parece muito fácil, 2 tiros certeiros sem hipótese de defesa e matou a presa, pouco mais há a dizer deste extraordinário jogador. Na primeira parte andou a reconhecer o terreno da caça e quando chegou o momento e a oportunidade não desperdiçou, mostrando mais uma vez nesta nova época a sua fabulosa capacidade de finalização.
ANTÓNIO ADÁN - 4 - Foi espectador durante toda a partida, quase nem demos por ele, defendeu um remate frontal que lhe chegou com alguma força aos 56 minutos de jogo e foi a única coisa que o adversário conseguiu fazer, nem para os tradicionais cruzamentos foi chamado a intervir. Não seria justo ser penalizado na nota por isso.
RICARDO ESGAIO - 4 - Ontem subiu bastantes vezes, jogou quase como um extremo, mas vai com certeza melhorar os seus cruzamentos que foram muitas vezes ineficazes, mas deu para ver que é exímio a subir o seu corredor pela calada surpreendendo o adversário.
GONÇALO INÁCIO - 4 - Exibição segura, cada vez mais adulto, experimentou várias vezes os seus venenosos lançamentos em profundidade para as costas dos defesas adversários, Esgaio aproveitou bem alguns.
SEBASTIÁN COATES (CAP) - 5 - Voltou o "el comandante", varreu sempre o que havia para varrer, não dando hipóteses, em qualquer zona da defesa, lá aparecia ele a resolver da melhor forma. Falta-lhe agora ganhar pulmão e endurance para entrar na construção e fica fino de novo.
ZOUHAIR FEDDAL - 4 - Cumpriu sempre bem na sua zona quando a defender, mas falta-lhe igualmente ganhar o resto para se poder envolver com mais confiança quando sobe à área adversária. Assim como o Coates, ainda está perro e estático, para responder aos cruzamentos.
RÚBEN VINAGRE - 4.5 - Boa surpresa, muito activo no jogo e mostrando ser forte nos duelos tal como o Nuno Mendes. Atirou-se com coragem pelo seu corredor acima a levar quase sempre a melhor perante quem lhe aparecia pela frente; sacou dois excelentes cruzamentos para o Paulinho e Jovane que ambos desperdiçaram. Acabou esgotado e teve que ser substituído pelo Matheus Reis.
JOÃO PALHINHA - 3.5 - Fez um jogo mais discreto do que lhe é normal; ainda procura o melhor entendimento com o novo parceiro, Matheus Nunes, mas viu-se a fazer excelentes lançamentos longos, para a direita e esquerda isolando algumas vezes o Rúben Vinagre e o Ricardo Esgaio, levou injustamente um amarelo e o treinador achou melhor substituí-lo e resguardá-lo para Braga.
MATHEUS NUNES - 4 - Vai fazer-se e mais depressa do que se imaginava, tem queda para aquela posição pendular, está a melhorar e a crescer de jogo para jogo, já sabe que ali não pode perder muitas vezes a bola e começa a perceber quando é hora de arrancar e deixá-los para trás, tem um futebol deveras imprevisível. Vai fazer uma grande época.
JOVANE CABRAL - 3 - Entrou auto pressionado, o barulho do público, esse elemento agora novo, carregou-o de responsabilidade e viu-se menos solto do que é normal, teve vários momentos de precipitação, não lhe sairam bem as triangulações com os colegas e depois no penálti quis tanto colocar a bola que falhou o alvo, quiçá perdeu a sua vez e a próxima será entregue ao Pedro Gonçalves.
PAULINHO - 4 - Voltou a marcar, o que será sempre positivo para ele e para os adeptos que lhe exigem sempre coisas extraordinárias. No golo teve faro e correu para onde tinha que estar para responder ao soberbo cruzamento do Nuno Santos. Podia ter marcado antes num "cabezazo" mas o Charles não deixou. De resto combinou muitas vezes bem na construção faltando só o último passe, excepto no primeiro de Pote.
NUNO SANTOS - 3.5 - O Rúben Amorim confessou que o Nuno anda zangado com ele por não ter sido titular e por isso gritou bem alto naquele irrepreensível cruzamento, num "toma lá e faz -te famoso" para o Paulinho em que só teve que fuzilar fazendo o terceiro. Vinte minutos já não deram para muito mais.
DANIEL BRAGANÇA - 3 - Entrou para o lugar do João Palhinha, para a missão de "6" e saiu-se bem, inclusive podia ter marcado o quarto golo da equipa, num excelente remate de ressaca fora da área mas cheio de intenção, que obrigou o Charles a fazer um magnífica defesa in extremis negando-lhe o golo.
MATHEUS REIS - 2.5 - Entrou para o lugar do esgotadíssimo Rúben Vinagre e cumpriu, nessa altura o Vizela também ja se arrastava no terreno e já olhava mais para o relógio do árbitro, esperando o fim de todo aquele sacrífício.
TABATA - 2.5 - Entrou cheio de energia e ainda lhe vimos um ou outro pormenores com algum destaque, mas cinco minutos de jogo não davam para mais nada com o resultado já assegurado.
TIAGO TOMÁS - 2 - Entrou para a figura do jogo, o Pedro Gonçalves, receber a justa ovação dos adeptos das bancadas de Alvalade. O jogo estava no fim e já não deu para subir mais a nota.
RÚBEN AMORIM - 5.5 - Nota quase imaculada para um excelente treinador, muito profissional e completamente focado nos objectivos da equipa. Vários jogos sem derrotas e com a equipa a crescer a olhos vistos de jogo para jogo; muito bom trabalho já visível no sector defensivo que se apresenta com muita eficácia; a construir é sempre muito mais complicado e depende muito da evolução física dos seus jogadores, mas na segunda parte foram demolidores, aproveitando muito bem o estoiro do adversário.
ÁLVARO PACHECO - 3 - Equipa simpática que se apresentou atrevida na primeira parte, mas foi uma estratégia algo desajustada para o momento da época. Na segunda parte, a língua dos seus jogadores quase que chegava aos joelhos.
ANTÓNIO NOBRE (Árbitro) - 3 - Confesso que no final da partida fui ver a sua idade, 32 anos. Bem... felizmente tem margem de progressão, mas tem tanto a aprender coitado; cometeu um número de aselhices na interpretação de lances ao marcar faltas inexistentes. Porquê dar o amarelo ao João Palhinha depois deste ter feito um corte limpo e tão perto dos seus olhos?
NUNO ALMEIDA (VAR) - 4 - Quando teve que intervir, fê-lo sempre correctamente e não provocou polémicas desnecessárias.
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