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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Sem deslumbrar, o Sporting fez uma exibição competente, em que controlou uma grande parte do jogo que acabou por se complicar por várias razões: alguma ineficácia no último passe e na finalização - pese os três golos -, negligência defensiva no primeiro golo da Académica e, por fim, e não de menor importância, a arbitragem de Cosme Machado.
Muitas decisões do árbitro podem e devem ser discutidas, mas houve dois lances principais: aos 12', grande penalidade não assinalada, por falta flagrante sobre Carlos Mané, e aos 59', autogolo de Ewerton com um "estudante" em clara posição irregular. No momento do remate original esse jogador está em fora de jogo e em posição para interferir na jogada. O que fica por explicar é o árbitro auxiliar ter aparentemente assinalado o lance correctamente, mas depois de uma conferência com Cosme Machado, este, inexplicavelmente, valida o golo. Jorge Jesus foi expulso, aos 41', por protestar um cartão amarelo que foi mostrado a Adrien Silva, e Nélson, treinador de guarda-redes, teve o mesmo destino aos 87'.
Jorge Jesus surpreendeu, e muito, com o onze inicial, nomeadamente pela inclusão de Rúben Semedo. O jovem regressou ao Sporting depois de um período de empréstimo ao V. Setúbal, e decerto que após apenas três ou quatro treinos, ele próprio não esperava esta oportunidade. Na realidade, a opção de Jorge Jesus não faz sentido, apesar de Rúben ter realizado uma exibição agradável.
Adrien Silva, como nos habituou, continua a ser o grande líder desta equipa, com uma boa exibição e um golo de belo efeito, aos 30'. João Mário muito perto do seu usual nível e Carlos Mané também agradou, com destaque para a sua excelente jogada a servir Bryan Ruiz para o segundo golo do Sporting, aos 43'. William Carvalho voltou a ter um jogo algo apagado, embora a sua substituição ao intervalo, por Gelson Martins, se fique a dever mais ao domínio de jogo do Sporting que, a meio da segunda parte, tinha 70% posse de bola. Slimani com menos entusiasmo e garra do que lhe é habitual, que nos pode levar a conjecturar que pode ter sentido os ruídos do mercado e as ofertas de muitos milhões que foram noticiadas. Por fim, Montero entrou muito bem neste jogo e assegurou a vitória com um tento à ponta de lança.
Mais um jogo, mais uma vitória importante - daqui em diante todas são - e a liderança preservada, indiferente do resultado do Benfica amanhã.
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