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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Continuamos com a transcrição de excertos que consideramos de maior interesse da obra intitulada A Orgia do Poder, da autoria do jornalista italiano Pippo Russo, em que aborda a chamada indústria paralela do mundo do futebol, com foco especial na actvidade do denominado superagente Jorge Mendes.
"Mantendo o foco sobre o grupo de jogadores que, em Dezembro de 2013, é autorizado pelo Benfica a procurar outro clube, encontra-se mais um que é oferecido ao Rio Ave: o promissor defesa central português Roderick Miranda, vice-campeão do mundo com a selecção nacional de sub-20. Esta demonstração de valor não é suficiente para convencer o Benfica a mantê-lo. E este nem é o pormenor mais estranho. O facto mais bizarro ocorre a 25 de Janeiro de 2013, ou seja, menos de um ano antes de o deixar partir para o Rio Ave, quando o clube "encarnado" assina com Roderick Miranda uma renovação do contrato até 2019. O prolongamento do vínculo entre o jogador e o clube ocorre ao mesmo tempo que o de um outro jogador, cujo percurso é bem mais significativo: André Gomes.
No Relatório e Contas de 2012-13, apresentada pela SAD, ficamos a saber, na página 11, que Roderick Miranda rescindiu o contrato. Quanto terá custado ao clube "encarnado" o joguinho de renovação-e-rescisão não se sabe. Posteriormente, é assinalado que, na temporada anterior à de 2012-13, Roderick Miranda esteve emprestado ao Deportivo da Corunha, clube mendesiano desde a primeira hora. Miranda não cumpre as promessas de sucesso e agora, no Transfermarkt, é apresentado como não tendo agente. Contudo, no Verão de 2013, a sua agência é a Gestifute. E também é a Gestifute que se ocupa dos interesses do segundo jogador transferido, em Maio de 2015, do Rio Ave para o Benfica: o guarda-redes brasileiro Ederson Santana De Moraes, conhecido como Ederson. Para dizer a verdade, a agência de Jorge Mendes tem com o jovem guarda-redes brasileiro algo mais do que uma simples relação de representação. Como se irá perceber um ano depois, o Benfica adquire, em 2015, apenas 50% do passe do guarda-redes brasileiro que, apesar de se juntar em Lisboa ao experiente guarda-redes Júlio César para ser seu suplente, assume a titularidade. O Rio Ave mantém na sua posse a outra metade do passe, mas terá de dividir com a Gestifute os proveitos de uma futura transferência do Benfica para outro clube.
De que forma será feita a subdivisão dos ganhos entre Jorge Mendesv e o clube de Vila do Conde? Informação indisponível. Contudo, deve ser salientado que Ederson já tinha estado no Benfica antes de sair (também gratuitamente, como Diego Lopes e Roderick Miranda) para o Rio Ave.»
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