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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A equipa de juniores do Sporting recebeu e bateu a Académica por 3-1, esta quarta-feira, em duelo da 17.ª jornada do Campeonato Nacional.
Até foi a Académica que inaugurou o marcador aos dez minutos, mas uma expulsão por falta sobre Tiago Tomás, nove minutos mais tarde, alterou o rumo do desafio.
Geny Catamo empatou o jogo aos 21 minutos e ainda antes da meia hora o camisola 7 dos leões fez o seu segundo tento da partida.
Já no segundo período, Tiago Tomás, Daniel Rodrigues e Rafael Fernandes tiveram oportunidades flagrantes para amplicar o marcador, mas acabou por ser Tiago Ferreira, aos 80 minutos, a marcar o terceiro golo leonino.
A equipa liderada por Pedro Coelho volta a entrar em acção no próximo domingo, dia 12 de Janeiro, pela visita do Sacavenense.
O Sporting visitou e venceu este domingo a Académica, por 2-1, em jogo a contar para a 6.ª jornada da zona sul do Campeonato Nacional de Juniores.
Os leões inauguraram o marcador, logo aos 9 minutos, por Rodrigo Oliveira, e Leandro Ferreira empatou, já na segunda parte. Uma infelicidade de Miguel Ventura, que colocou a bola na própria baliza, selou o triunfo da formação leonina.
O Sporting situa-se agora no quarto lugar da classificação, com 11 pontos, dois atrás do segundo classificado Alverca e a sete do líder Benfica.
Na próxima jornada, os leões defrontam o Amora FC.
Limitamo-nos a transcrever, na íntegra, o que foi noticiado ontem à noite pela imprensa desportiva...
Nuno Saraiva revelou esta sexta-feira na Sporting TV, um episódio que alegadamente terá sucedido no jogo entre Sporting B e Académica, da 2ª Liga, no qual os dirigentes do clube de Coimbra terão aludido a um favorecimento da equipa B do Benfica em troca de votos na Assembleia Geral da Liga:
"As suspeitas e evidências do polvo do Benfica é algo que extravasa muito as paredes do Estádio da Luz. Tivemos nos últimos tempos um episódio que me causou preocupação e sobre o qual fiquei à espera do dia de hoje para perceber o que queria dizer. Quando a Académica foi jogar a Alcochete, há duas semanas, com o Sporting B (2-2), houve um ‘sururu’ no final com um dirigente da Académica que será facilmente identificado nas imagens. Não estava lá mas foi-me relatado que, depois, o próprio presidente da Académica dirigiu-se ao treinador do Sporting B, Luís Martins, e disse-lhe: ‘Isto é uma vergonha, tanto anti-jogo. Se vão acabar com a equipa B nem se percebe o facto de não facilitarem. Depois vão querer os nossos votos para a AG da Liga. Daqui a 15 dias vamos ao Seixal e vamos ganhar fácil. Depois queixem-se’. Houve um outro dirigente que disse o mesmo ao Virgílio Lopes. O delegado da Liga, o sr. Sérgio Ferreira, assistiu à parte inicial da conversa e depois afastou-se. A verdade é que hoje a Académica foi ao Seixal ganhar por 4-0".
O Académica-Famalicão (1-1) não terminou da melhor forma. No final do jogo houve picardias entre jogadores e membros das duas equipas técnicas e os presidentes dos dois clubes - Pedro Roxo da Académica e Jorge Silva do Famalicão - tiveram mesmo que entrar em campo para tentar serenar os ânimos.
O maior conflito deu-se entre responsáveis e jogadores da Académica e João Tomás, director-desportivo do Famalicão, que representou a Académica e de onde saiu em 2000 para o Benfica. No meio da confusão saltaram do lado da bancada nascente mais de uma dezena de adeptos que chegaram a entrar no relvado, mas foram travados pelos jogadores.
No exterior houve também confusão, com adeptos das duas equipas a envolverem-se. Para resolver as agressões mútuas, foi necessária intervenção da PSP.
Entretanto, o jogo entre Beira-Mar e União de Lamas, da I Divisão da AF Aveiro, acabou ao intervalo. À saída para os balneários, o árbitro Leonardo Marques terá sido agredido por um adepto dos locais e entendeu não ter condições para reatar o encontro. Na altura, o União de Lamas vencia por 1-0.
Este é um caso que volta a ensombrar o mais alto escalão do distrital aveirense depois de, na semana passada, Marcelo Magalhães, jogador do União de Lamas, ter sido agredido por um adepto no encontro frente ao Lourosa enquanto que, no Paivense-Beira-Mar, o treinador dos beiramarenses queixou-se de ter sofrido uma agressão por parte de um apoiante do Paivense. Recorde-se que também no Ovarense-Alba existiram problemas pois um jogador do Alba terá socado um agente da PSP tendo sido posteriormente detido.
O Sporting foi este sábado ao reduto da Académica, na 10.ª jornada da 2.ª fase do Campeonato Nacional de juniores, vencer a Académica por 3-0, conseguindo assim manter-se na liderança.
Apesar do nulo numa primeira parte bastante disputada, a equipa leonina revelou-se muito eficaz nos últimos 20 minutos da partida, onde conseguiu marcar aos 71 e 83 minutos por intermédio de Pedro Marques e aos 85 por Douglas Aurélio.
A equipa de juniores do Sporting continua num percurso fantástico, somando vitórias a fio. Esta terça-feira, mais uma, desta vez sobre a Académica, por 4-2, em jogo da 3.ª jornada da fase de apuramento de campeão realizado no Estádio Aurélio Pereira.
Elves Baldé foi uma das principais figuras do encontro ao apontar dois golos para a formação orientada por Tiago Fernandes. Pedro Marques e Jovane Cabral foram os outros marcadores.
Com três rondas disputadas, o Sporting lidera com nove pontos averbados, secundado pelo Belenenses com sete e V. Guimarães, que hoje bateu em casa o Benfica, um dos candidatos ao título, por esclarecedores 3-0.
O Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol divulgou esta terça-feira as nomeações de árbitros para a próxima jornada. Talvez por falta de imaginação, a única expressão que me surgiu foi a de um sorriso amargo, ao verificar que o "one and only" João Capela, notório benfiquista da arbitragem portuguesa, foi designado para a visita dos "encarnados" a Coimbra.
Deve ser o caso proverbial de "tirar um coelho da cartola" na altura certa, porque Capela ainda não apitou um jogo do "glorioso" cá do burgo na I Liga esta época. Dirigiu sim, o encontro com o Nacional, mas para a Taça da Liga.
Caso existissem dúvidas, mais uma prova evidente que Vítor Pereira e os seus compinchas do Conselho de Arbitragem nem com a "mulher de César" se preocupam.
Destaque, ainda, para outras duas nomeações do Conselho Nacional de Arbitragem. Nuno Almeida estará no Sporting-Marítimo; Fábio Veríssimo vai apitar o Paços de Ferreira-FC Porto.
Em declarações à SIC, este domingo, Cosme Machado comentou a sua performance na partida de ontem com a Académica, em Alvalade, confessando que errou ao validar o segundo golo dos "estudantes". Recusou comentar, no entanto o lance de Carlos Mané passível de falta para grande penalidade, assim como a expulsão de Jorge Jesus:
“A decisão não foi correcta. Mas quero dizer que a decisão é tomada por mim, porque eu é que sou o chefe de equipa e estou a assumir a decisão. a decisão é tomada por mim. Gostaríamos que tivesse sido diferente. E ninguém mais do que nós, tanto eu como o Alfredo Braga, estaremos mais tristes com esta decisão que é errada. Infelizmente foi tomada porque somos humanos e falhamos também.»
Sobre as declarações de Octávio Machado:
“As pessoas têm de ter mais consciência do que dizem. Sou uma pessoa feliz pela minha carreira e pela carreira dos meus colegas de equipa. Em 23 anos de carreira consigo dormir porque tenho a minha honestidade e integridade acima de tudo.»
Podemos considerar que mais vale tarde do que nunca, mas, neste caso concreto, será mais uma questão de muito pouco muito tarde.
Sem deslumbrar, o Sporting fez uma exibição competente, em que controlou uma grande parte do jogo que acabou por se complicar por várias razões: alguma ineficácia no último passe e na finalização - pese os três golos -, negligência defensiva no primeiro golo da Académica e, por fim, e não de menor importância, a arbitragem de Cosme Machado.
Muitas decisões do árbitro podem e devem ser discutidas, mas houve dois lances principais: aos 12', grande penalidade não assinalada, por falta flagrante sobre Carlos Mané, e aos 59', autogolo de Ewerton com um "estudante" em clara posição irregular. No momento do remate original esse jogador está em fora de jogo e em posição para interferir na jogada. O que fica por explicar é o árbitro auxiliar ter aparentemente assinalado o lance correctamente, mas depois de uma conferência com Cosme Machado, este, inexplicavelmente, valida o golo. Jorge Jesus foi expulso, aos 41', por protestar um cartão amarelo que foi mostrado a Adrien Silva, e Nélson, treinador de guarda-redes, teve o mesmo destino aos 87'.
Jorge Jesus surpreendeu, e muito, com o onze inicial, nomeadamente pela inclusão de Rúben Semedo. O jovem regressou ao Sporting depois de um período de empréstimo ao V. Setúbal, e decerto que após apenas três ou quatro treinos, ele próprio não esperava esta oportunidade. Na realidade, a opção de Jorge Jesus não faz sentido, apesar de Rúben ter realizado uma exibição agradável.
Adrien Silva, como nos habituou, continua a ser o grande líder desta equipa, com uma boa exibição e um golo de belo efeito, aos 30'. João Mário muito perto do seu usual nível e Carlos Mané também agradou, com destaque para a sua excelente jogada a servir Bryan Ruiz para o segundo golo do Sporting, aos 43'. William Carvalho voltou a ter um jogo algo apagado, embora a sua substituição ao intervalo, por Gelson Martins, se fique a dever mais ao domínio de jogo do Sporting que, a meio da segunda parte, tinha 70% posse de bola. Slimani com menos entusiasmo e garra do que lhe é habitual, que nos pode levar a conjecturar que pode ter sentido os ruídos do mercado e as ofertas de muitos milhões que foram noticiadas. Por fim, Montero entrou muito bem neste jogo e assegurou a vitória com um tento à ponta de lança.
Mais um jogo, mais uma vitória importante - daqui em diante todas são - e a liderança preservada, indiferente do resultado do Benfica amanhã.
Uma exibição leonina com alguns bons momentos - especialmente na primeira parte -, outros nem por isso, mas em resumo geral uma resposta adequada ao desaire de Moscovo, mesmo perante uma equipa de "estudantes" muito inofensiva.
Mais uma vez alguma polémica em torno da arbitragem, com uma incrível falta para grande penalidade assinalada pelo árbitro-auxiliar contra Adrien Silva, aos 32', quando o jogador do Sporting chega primeiro à bola e foi o avançado da Académica que comete falta ao cair sobre o médio leonino. No outro extremo do relvado, outro lance igualmente controverso quando Slimani é derrubado na área. O defesa da Académica chega primeiro à bola, mas depois derruba deliberadamente Slimani. É discutível se o avançado do Sporting ainda poderia participar na jogada. Na sequência dos protestos e mesmo em cima do intervalo, Jorge Jesus acabou por ser expulso.
Jorge Jesus fez, neste jogo, o que alguns de nós temos vindo a sugerir já há algum tempo: integrar Carlos Mané no onze inicial. O jovem acabou por corresponder com uma boa exibição e com o primeiro golo da partida, aos 6 minutos. Até vou mais longe e ainda sugerir que gostaria de o ver jogar nas costas de Slimani, quase como falso ponta-de-lança. Possui todas as características para render nessa posição.
Alguns breves reparos: a oportunidade que João Mário desperdiçou, frente à baliza, aos 15', a passe de André Carrillo, é inadmissível a este nível. Não se pode falhar assim, especialmente perante adversários com argumentos fortes. Adrien Silva atirou ao poste na execução da grande penalidade, aos 68', e na segunda, aos 83', Jorge Jesus indicou Aquilani para a marcação. Adrien ficou visivelmente insatisfeito com a situação, mas respeita-se a decisão do treinador, que teria visado aliviar pressões indevidas.
Não posso terminar sem comentar a exibição do "melhor goleador do Sporting": teve duas grandes oportunidades para golo no jogo, a primeira das quais num ressalto de bola para o segundo poste e com o guarda-redes fora de posição, rematou dois metros ao lado da baliza. A segunda, foi isolado na área por um excelente passe de Carlos Mané, e não conseguiu nem controlar o esférico nem bater o guarda-redes.
O resumo do jogo está disponível aqui (5:55).
O Sporting controlou perfeitamente o jogo do primeiro ao último minuto, sempre a pressionar mas, de igual modo, quase sempre a exibir a já conhecida dificuldade em penetrar uma equipa que joga de "autocarro estacionado".
No primeiro tempo, 22 ataques para o Sporting e apenas 5 para a Académica, no entanto, a única oportunidade flagrante para golo - desperdiçada escandalosamente por Montero, a cruzamento de Carrillo - surgiu aos 7 minutos. Os únicos outros lances dignos de registo foram duas jogadas de Adrien, uma na área e outra fora, em que o árbitro não esteve bem e, na segunda, até mostrou o cartão amarelo ao médio do Sporting, por protestos.
A segunda parte começou com mais do mesmo, embora com o Sporting a conseguir mais alguma profundidade, mas também a não concretizar as oportunidades criadas. Aos 53', Adrien com um remate acrobático, ainda mandou o esférico à trave, aos 68' Cédric com um excelente remate que obrigou defesa apertada pelo guarda-redes dos "estudantes" e, finalmente, o golo da partida, aos 76', por João Mário, a aproveitar da melhor maneira a recarga do cabeceamento de Tanaka. Vários outros desperdícios, um por Nani aos 80', frente à baliza.
Marco Silva iniciou o jogo com o onze expectável, mas acho que tardou a mexer na equipa, apenas fazendo entrar Carlos Mané e Tanaka, aos 67', em substituição de Adrien Silva e André Carrillo. Miguel Lopes entrou aos 88', no lugar de Jefferson, imagino para estar apto a defrontar o V. Setúbal. na quarta-feira, para a Taça da Liga.
Boa decisão vinda do banco, indubitavelmente, para Nani e Jefferson apanharem o 5.º amarelo da Liga. Falharão o próximo jogo frente ao Arouca, mas ficam com o registo limpo para a fase muito complicada do campeonato, que segue, que inclui o eterno rival.
A defesa leonina esteve muito serena, especialmente os dois do eixo, com os laterais mais focados nas manobras ofensivas. Rui Patrício não foi chamado a efectuar uma única defesa digna do nome.
William Carvalho muito melhor, embora ainda com alguns passes extraviados. Fredy Montero inconsequente, perante este tipo de adversário a jogar com as linhas muito baixas. Não sei se Ryan Gauld estava no banco, mas gostava de o ter visto na segunda parte, em jogo destas características.
No final das contas, vale a vitória e os preciosos três pontos.
O painel do "Tribunal O Jogo" composto pelos três antigos árbitros Jorge Coroado, Pedro Henriques e José Leirós, pronunciou-se sobre os lances principais do encontro entre a Académica e o Sporting, a contar para a 1.ª Jornada da I Liga, edição 2014/15:
34' - Jogada em Jefferson toca na bola com o braço na área do Sporting
Os três ex-juízes concordam que houve "movimento deliberado" por parte de Jefferson, passível de grande penalidade e cartão amarelo.
42' - Olascuaga cai na área do Sporting em lance com Jefferson
Apenas Jorge Coroado entende que Jefferson tocou "objectivamente" na perna esquerda de Olascuaga, e que ficou uma grande penalidade por assinalar. Os outros dois elementos não verificam causa para o castigo máximo.
45' - O primeiro cartão amarelo de William Carvalho
Todos são da opinião que foi uma decisão acertada do árbitro, em que William foi "impudente" ao tocar por trás em Rui Pedro.
51' - Lance em que Heldon cai na grande área da Académica
Unânimes em que ficou uma grande penalidade por assinalar. O jogador da Académica, Lago, não se preocupou com a bola, apenas procurou "travar" o movimento de Heldon e "impedir a sua progressão", derrubando-o.
66' - Segundo cartão amarelo de William Carvalho
Unanimidade novamente, em que o cartão foi bem mostrado. William "rasteirou e derrubou" Rui Pedro.
«Todas as pessoas que viram o jogo podem tirar as suas conclusões. Lutámos contra tudo e contra todos. Mostrámos uma grande atitude. O caminho é este. O que quero eu dizer com lutámos contra tudo e contra todos ? Está à vista de todos. A expulsão de William é decisiva porque é um elemento a menos. Se foi bem expulso ? Não me cabe a mim decidir isso.»
O "lutámos contra tudo e contra todos", além de ser difícil de compreender, não explica a muito desagradável exibição Adrien !!!... Devemos ser honestos e admitir que não estivemos ao nível desejado.
Resultado justo e até podia ter sido pior. A exemplo do que se verificou durante a pré-época, o Sporting continua a não mostrar evolução alguma do seu jogo. Uma exibição que começou a prometer muito, com um belo golo de Carrillo aos 15', a cruzamento de Jefferson, mas aos poucos a qualidade foi desaparecendo até ao ponto de se tornar totalmente displicente.
Marco Silva surpreendeu ao incluir Naby Sarr e Heldon no onze, mas cometeu um grande erro ao preterir de Ricardo Esgaio. Escrevi aqui no post sobre a convocatória, que o jogador vindo da formação faria parte dos 18 a equipar porque oferecia a única alternativa para as laterais defensivas. Cédric Soares foi substituído ao intervalo - presume-se por lesão - e o treinador viu-se obrigado a recorrer a Oriol Rosell, claramente um "peixe fora da água" naquela posição. Por este motivo e pela expulsão de William Carvalho - aos 66 minutos - Paulo Oliveira entrou para a lateral direita e Rosell mudou-se para o centro do terreno, a sua natural posição.
O jogo criativo pelo corredor central continua ausente, mas será inútil insistir nesta tese, porque já cheguei à conclusão que somos nós adeptos que não percebemos destas coisas. Alguma criatividade e penetração surge somente através de André Carrillo, a única ameaça ofensiva da equipa, que, além do golo, foi protagonista das jogadas mais perigosas do Sporting. Por muito que se reconheça a qualidade de Fredy Montero, a sua seca de golos - desde Dezembro de 2013 - e enorme falta de confiança, estão a prejudicar a equipa, e acho que se chegou ao ponto de questionar os méritos de lhe conceder a titularidade. Heldon continua a não convencer, evidenciando-se no jogo apenas a espaços. Clara oportunidade para golo, aos 17 minutos, para rematar à figura do guarda-redes.
Seria injusto culpar Naby Sarr dos erros defensivos, mas é por de mais evidente que o jovem francês necessita de tempo para elevar o seu jogo. A ingrata realidade que nos confronta, neste momento, é que salvo surgir algo ou alguém, vamos sofrer muito pelo eixo defensivo, especialmente frente a equipas com melhores argumento do que esta Académica.
É o primeiro jogo oficial da época e não nos devemos precipitar com pessimismos, mas se se tomar em consideração que pouca se alguma melhoria se verifica após 11 jogos, acho que há justa causa para alguma preocupação.
Artur Soares Dias perdoou uma grande penalidade ao Sporting, aos 34 minutos, quando não assinalou mão de Jefferson na área. Aos 51 minutos houve um lance discutível, com possível falta sobre Heldon na área dos "estudantes". O primeiro cartão amaralelo de William Carvalho terá sido excessivamente rigoroso, mas o segundo deve-se somente à negligência do médio leonino.
Marco Silva convocou 19 jogadores, inclusive quatro dos novos reforços, para a deslocação a Coimbra no jogo inaugural do Sporting da Liga, edição 2014/15:
Guarda-redes: Rui Patrício e Marcelo Boeck
Defesas: Cédric Soares, Maurício, Naby Sarr, Paulo Oliveira e Jefferson
Médios: William Carvalho, Adrien Silva, Oriol Rosell, André Martins e João Mário
Avançados: Carlos Mané, Ricardo Esgaio, André Carrillo e Diego Capel
Pontas de lança: Fredy Montero e Junya Tanaka
Fora da convocatória ficaram Rojo e Slimani, ambos sob alçada disciplinar, Shikabala - não é claro se existe aqui outro processo disciplinar - Jonathan Silva e Ramy Rabia, ambos recém-chegados e ainda com poucos dias de treino, Ryan Gauld que deverá alinhar pela equipa B, André Geraldes e Slavchev por opção técnica.
Com 19 convocados, um terá que ficar fora e a eventual escolha de Marco Silva não é muito evidente, neste momento. Apenas com 5 defesas e sem alternativas para as laterais, seria lógico Ricardo Esgaio equipar porque preenche precisamente essa disposição. A escolher entre os médios, e não creio que o faça, o candidato mais à mão será João Mário. Com respeito aos avançados, Carlos Mané não fez uma boa pré-época, mas pelas suas características quase únicas na equipa, será sempre uma opção útil no banco; Diego Capel poderá estar de saída mas não se vislumbra ser afastado do onze neste momento e, por fim, Heldon, que ainda não convenceu, poderá ser preterido. Os ponta de lança são intocáveis nesta altura.
O onze expectável: Rui Patrício; Cédric Soares, Maurício, Paulo Oliveira e Jefferson; William Carvalho, Adrien Silva e André Martins; André Carrillo, Diego Capel e Fredy Montero.
Por norma, escrevo as minhas crónicas de jogos logo após o apito final, e à pressa, enquanto os acontecimentos estão frescos na memória e também para permitir a usual troca de impressões entre leitores. Por esta razão e até porque não sou perito na matéria, é inevitável que deixe algo relevante omisso que, invariavelmente, acabo por mencionar nas observações aos comentários dos leitores. Com isto em mente, adianto aqui mais duas ou três considerações sobre o recém-embate com a Académica:
1. Se é verdade que Leonardo Jardim foi menos feliz com a escolha dos dois extremos para o onze inicial, não é menos verdade que fez uma decisão muito certeira pela lesão de Jefferson. Ainda com 62+4 minutos para jogar e com o Sporting todo ao ataque, fez sentido que Rojo mudasse para o lado esquerdo e Eric Dier entrasse para o seu lugar no eixo da defesa. O defesa argentino, embora não muito versado nesta posição na equipa do Sporting, oferece uma dimensão ofensiva que não está ao alcance de Iván Piris, que teria sido a alternativa. Por outro lado, Eric Dier é um bom central que apesar da sua juventude não teme acompanhar e até reforçar os mecanismos ofensivos da equipa. Recorde-se que foi ele que penetrou a grande área do Penafiel, para a Taça da Liga, e forçou a grande penalidade assinalada e executada. Neste jogo, colocou a bola na cabeça de Slimani para o que poderia ter sido o golo da vitória, evitado com uma boa defesa do guarda-redes dos "estudantes".
2. Se é verdade que o Sporting não depende de um só jogador e que Leonardo Jardim poderia (deveria) muito facilmente ter optado por não condicionar William Carvalho - eventualmente evitando o seu afastamento do "derby" da Luz com a "limpeza" dos cartões no jogo com o Arouca - e também que o jogador foi algo ingénuo na jogada em questão, não é menos verdade que no único lance do género em 90+2 minutos de jogo, Paulo Baptista não hesitou em puxar pela cartolina, sabendo muitíssimo bem das consequências dessa sua decisão.
3. Se é verdade que de há uns anos a esta parte o Sporting é severamente penalizado por decisões de arbitragem, não é menos verdade que se coloca frequentemente ao jeito para isso, porque não dá a si próprio suficiente margem de erro para incidências dessa natureza e outras. Ao mais pequeno "deslize" - próprio ou de terceiros - fica fragilizado. Muito por isto, e não obstante a sempre presente ignóbil sombra do "sistema", não quero acreditar que o cartão amarelo do William tenha sido encomendado - como afirmou hoje Carlos Xavier. De igual modo, não acredito que Paulo Baptista não tenha assinalado a grande penalidade porque não quis, mas sim porque não viu claramente o lance e o árbitro auxiliar, que estava em melhor posição para o efeito, não teve a coragem e a honestidade de se assumir. Por tudo isto, entendo que não devemos recorrer sempre à arbitragem para explicar tudo, porque, na realidade, não explica tudo.
4. Não obstante as acima referidas considerações, não tenho dúvidas algumas que caso a grande penalidade aos 69 minutos tivesse sido assinalada e devidamente executada por Adrien, o Sporting teria saído do relvado com os três pontos. Já na fase final do jogo, Sérgio Conceição teria sido obrigado a desmantelar o "autocarro" defensivo e tornar-se-ia muito mais vulnerável às "démarches" ofensivas do Sporting, admitindo até que o marcador sofreria ainda mais alterações.
5. Se é verdade que a vasta maioria de treinadores pecam por excesso de ego e teimosia, não é menos verdade que Leonardo Jardim não é a excepção à regra. A sua insistência no modelo de jogo que permitiu ao Sporting fazer a excelente época que tem vindo a fazer, é perfeitamente compreensível, mas já o mesmo não pode ser dito quando se atrasa a ajustar-se às circunstâncias de um jogo e de um adversário que está somente em campo para não perder e que demonstra pouca ou nenhuma ambição em ameaçar a baliza do Sporting. Foi esse o caso no embate de domingo, em que a Académica, salvo erro, só verdadeiramente ameaçou a baliza de Rui Patrício em duas ocasiões, e Leonardo Jardim tardou em lançar Slimani e fazer entrar mais um extremo.
6. As declarações de Leonardo Jardim sobre a disponibilidade de Shikabala incomodaram-me. Espero que seja somente uma estratégia por parte do treinador em não querer mostrar as cartas sobre a mesa. Pela informação disponível, o jogador egípcio está afastado de competição desde a primeira semana de Janeiro. Dado que o atleta moderno mantém-se em boas condições físicas, mesmo em períodos de inactividade, é lógico esperar que Shikabala se aproxime do nível dos seus colegas em relativamente pouco tempo. Mais complicado é a recuperação do ritmo competitivo e, neste caso concreto, adaptação a uma nova equipa e a um modelo de futebol a que não está acostumado. Parte deste processo terá de ser realizado através de treinamento mas o todo da adaptação só em competição poderá vir a ser concretizado. Dado que o Sporting só tem um jogo por semana e faltam somente 13 jornadas do campeonato, que terão de ser realizadas até ao dia 11 de Maio, bem espero que não seja necessário o tempo que Leonardo Jardim referiu para lançar este jogador. Se assim for, devemos repensar contratações do género no futuro, durante o mercado de Janeiro, já que o tempo é escasso e reforços, em princípio, são para utilização imediata.
7. Por toda a informação disponível, sinto que Shikabala poderá ser o "10" que o Sporting tanto necessita e se ele o provar no relvado, será indubitavelmente a peça preciosa do "puzzle" que permitirá o alcance dos conhecidos objectivos, nomeadamente nunca menos do que o 2.º lugar e o acesso directo à Champions. Se Leonardo Jardim não o vê como médio organizador, mas mais como um falso ponta de lança ou extremo, já não sei o que dizer, salvo esperar pela evidência em campo.
8. Em termos do campeonato, nada está perdido e não devemos optar por um discurso de negativismo, apenas pelo desapontamento do empate com a Académica e pela expectativa de recuperar a liderança da tabela classificativa. A equipa tem vindo a fazer uma excelente época, muito pelo trabalho de grande qualidade de Leonardo Jardim e seus adjuntos que, na minha opinião, merecem todo o nosso reconhecimento e apoio, não obstante algumas disposições criticáveis. Perfeição não existe, especialmente quando se opera com "material" que não é topo da linha.
O painel do "Tribunal O Jogo", constituído pelos ex-árbitros Jorge Coroado, Pedro Henriques e José Leirós, é unânime nos lances do jogo que lhe foi apresentado para apreciar:
45 minutos - Adrien e Fernando Alexandre embrulharam-se na grande área do Sporting.
Todos concordam que a decisão de Paulo Baptista em não assinalar grande penalidade foi correcta, dado que o jogador da Académica deixou-se cair quando sentiu as mãos de Adrien nas costas.
52 minutos - Sporting reclama grande penalidade por braço de João Rocha na bola.
Unânimes novamente, em que o jogador jogou a bola com a cabeça e não com o braço. Decisão correcta.
69 minutos - Haliche desviou a bola com o braço direito na grande área da Académica.
Opinam os ex-árbitros que ficou por marcar uma grande penalidade a favor do Sporting, que tanto o árbitro como o árbitro auxiliar não assinalaram.
90 + 2 minutos - William Carvalho é admoestado com cartão amarelo por falta sobre Djavan.
Unanimidade entre os elementos do painel, em que William Carvalho obstruiu deliberada e desnecessariamente o jogador da Académica. Jorge Coroado ainda opina que embora a falta tivesse existido, foi algo forçada por Djavan, que numa outra altura do jogo não teria caído.
O lance em que Jefferson acabou lesionado não foi apresentado ao painel para apreciação. Em análise global, entendem os três ex-árbitros que a prestação de Paulo Baptista foi prejudicada pela grande penalidade a favor do Sporting que não foi assinalada.
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