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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Sem ser politicamente correcto, do ponto de vista do sectarismo clubístico, manda o bom senso que não se atribua as conquistas do clube das Antas apenas à utilização de métodos irregulares. Em nome da verdade, o FC das Antas tem uma boa equipa que não é inferior à do Sporting, quer do ponto de vista colectivo, quer em valores individuais. Mas, por outro lado, é também lícito considerar que quando se torna necessário, aparecem para o Antas as “ajudazinhas” que podem fazer diferenças.
Também não se pode ignorar a rede montada a partir dos anos 80, pelo clube das Antas para mexer os cordelinhos do futebol tuga, a seu favor, sob a batuta de uma figura para quem os valores éticos, são letra morta. Todos sabemos e lamentamos, mas é evidente que isso aconteceu perante a passividade de outros clubes, incluindo o nosso. Cortar com essa passividade e agir é o caminho.
Ao analisarmos este campeonato, podemos pôr a tónica na inclinação dos campos a favor do Antas, mas não podemos esquecer os nossos próprios erros. Reconheço que fizemos uma boa prova, mas tivemos algumas distracções, nomeadamente no início da segunda metade da época, perdendo seis pontos por culpa própria. E nem podemos justificar esses desaires com equívocos de arbitragem. Tivemos uma ligeira quebra que pode acontecer a qualquer equipa, e isso foi fatal.
Esta época mostrou que se quisermos vencer temos de estar preparados para lutar contra tudo e contra todos. A luta pela abolição do sistema, denunciado por Dias da Cunha, e mais recentemente por Frederico Varandas, não se pode limitar a palavras, a protestos, a denúncias. Com isso, lidam bem os corruptos. É preciso agir com inteligência e com uma estratégia bem definida e melhor executada. Qual será então a melhor estratégia?
Sem menosprezar outras opiniões, essa estratégia insere-se na política desportiva iniciada à cerca de dois anos. Começa pela constituição de uma equipa competente e motivada capaz de disputar todas as provas sem medo. A luta passa, em grande parte, por mostrar eficácia dentro do campo, como já se viu, e com muito bons resultados. Passa pela unidade de toda a estrutura, e pelo apoio dos adeptos, em todos os momentos.
Dividir para reinar foi também a fórmula utilizada pelo adversário, e na qual nos deixámos envolver. Para além disso, a derrota do sistema corrupto não se faz de um dia para o outro. Temos de manter serenidade e paciência para conseguir que a estratégia dê resultados. Cada passo em falso é recuar à estaca zero, como aconteceu nos últimos quarenta anos. Mais do que lamentos, e proclamações, agir significa fortalecer financeiramente o Clube, para que a equipa possa estar devidamente preparada física e mentalmente para vencer e paulatinamente cortar os tentáculos do polvo.
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