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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
«Para mim é espantoso ouvir falar tanto de dois jogadores nestes dias: Ronaldo e Messi. Não me compreendam mal, o Messi é um jogador fantástico, parece que está de pantufas quando controla a bola. E para mim, é aqui que está a diferença: Messi é jogador do Barcelona, enquanto Ronaldo podia jogar pelo Stockport County e, ainda assim, fazia um hat-trick.
Ronaldo tem tudo. Consegue rematar bem com ambos os pés, de cabeça e é corajoso como um leão, que é outra coisa que as pessoas dão pouco valor».
Alex Ferguson, lendário antigo treinador do Manchester United, continua a ser um grande fã de Cristiano Ronaldo e não hesita em manifestar este seu apreço. Ele, que o conhece tão bem, tendo sido seu treinador durante seis épocas, além de ser o principal responsável pela sua contratação ao Sporting em 2003.
Já fiz esta comparação entre os dois melhores jogadores do Mundo várias vezes, por outras palavras. Alex Ferguson acentua o essencial, que, na realidade, nunca será definitivamente comprovado, porque creio que Lionel Messi nunca se atreverá a sair do Barcelona, salvo, porventura, nos dias finais da sua carreira, se a MLS o conseguir seduzir.
Gostei especial e inevitavelmente da frase "corajoso como um leão". Grande Alex Ferguson !!!
«Nani foi meu jogador no Manchester United e sempre foi um jogador fantástico. Tem um talento extraordinário. É rápido, corajoso, um grande jogador. Espero que este regresso ao Sporting seja bom para ele. É apenas por uma temporada, mas o Nani terá oportunidade de voltar a jogar com regularidade, o que seria difícil no Manchester United. Tenho a certeza que o Nani vai gostar disso e que será bem sucedido.»
- Sir Alex Ferguson -
Observação: Declarações do lendário técnico escocês à margem do Fórum dos Treinadores da UEFA. Os melhores anos de Nani nos "Red Devils" foi sob sua tutela.
Andrew Hill, editor do "Financial Times", abordou, no seu blogue, o despedimento de David Moyes e a influência de Sir Alex Ferguson no processo.
Como Sir Alex está agora indigitado para dar aulas na Universidade de Harvard, sobre Gestão Desportiva, é expectável que o seu assistente venha a ser o despedido David Moyes. Isto, tendo em conta que Sir Alex está muito ocupado a preparar a sua primeira prelacção: "Planeamento de Sucesso para Sucessão - Como escolher o homem ideal para defender o meu legado".
As cinco principais lições desta prelecção:
Lição 1 - Nunca, mas mesmo nunca, aceite substituir uma lenda. Alguém vai acabar por ficar desapontado. (O Jeff Immelt da General Electric - cerca de quinze anos pós-facto - ainda está a tentar convencer os accionistas que não importa se não é Jack Welsh);
Lição 2 - Se tem mesmo de suceder a uma lenda, certifique-se primeiro que essa lenda já morreu ou, então, que se encontra longe suficiente ou por qualquer outro meio ocupado, de forma a que não apareça todas as semanas para ver como desempenha a função, que até recente era dele;
Lição 3 - Se o seu sucesso depende na qualidade da sua equipa, e a qualidade desta depende de quanto os accionistas vão investir para a manter, não aceite um cargo em que os donos estejam somente focados em reduzir custos e activos;
Lição 4 - Vai demorar algum tempo a convencer a equipa de que é a pessoa certa para assumir o cargo. No mínimo, assegure que tem a confiança dela para poder concretizar um dos seus objectivos primordiais - quer seja um lugar na Liga dos Campeões ou fechar o semestre operacional com o nível de receitas atingido;
Lição 5 - Se não pode confiar na paciência dos accionistas - em abono da verdade, um bem consumível muito mutável e em escassa dose, seja qual for a actividade - pelo menos assegure que já tem o seu pára-quedas "dourado" bem apetrechado ("à lá mode", tipo José Mourinho).
É a opinião do lendário antigo treinador do Manchester United que se o Real Madrid pagou 101 milhões de euros por Gareth Bale, teria pago 180 milhões por Cristiano Ronaldo. "Disse a David Gill - director executivo do clube inglês - para a direcção pedir 180 milhões de euros. Florentino Pérez, presidente do Real Madrid teria aceitado. Ele comentou que eu estava a ser ingénuo, que o Real Madrid nunca iria pagar esse valor. Mas eu insisti: Pede, porque Ronaldo vale isso."
O contrato ficou por 94 milhões de euros, o português foi para Madrid mas ainda hoje Sir Alex Ferguson tem uma dúvida: "O que Florentino Pérez teria feito se nós tivéssemos pedido 180 milhões de euros. Pérez conhecia perfeitamente a qualidade do jogador, que na altura só tinha 23 anos. É o único aspecto decepcionante."
Com isto, vem-me à ideia uma recém-noticia em um jornal alemão, em que descreve o verdadeiro fenómeno em termos de marketing/merchadising que é o capitão da Selecção Nacional. Tanto é assim que, sozinho, vende mais camisolas que a equipa toda do Bayern Munique. Enquanto que o campeão alemão vende cerca de 800 mil camisolas por ano, Cristiano Ronaldo vende cerca de um milhão. Incrível mesmo !
Hoje evoca-se a glória, os títulos, a figura lendária por nome de Sir Alex Ferguson, mas poucos, se alguns, teriam sobrevivido o tumulto das suas primeiras campanhas ao lemo do Manchester United.
O técnico escocês chegou aos "Red Devils" a 6 de Novembro de 1986 já com títulos nacionais e europeus conquistados na sua terra natal, mas nada disto o tinha verdadeiramente preparado para o que o esperava no clube de Bobby Charlton. Assumiu a liderança com a equipa em 21.º no campeonato inglês - ainda não era a "English Premier League" - e acabou a época em 11.º. Na temporada seguinte alcançou sucesso inesperado, classificando-se em 2.º, apenas 9 pontos atrás do campeão Liverpool. Mas as celebrações foram prematuras, pois ainda tinha um enorme pesadelo à sua frente. Na época de 1988/89 regressou ao 11.º lugar e foi eliminado da Taça de Inglaterra logo nas primeiras eliminatórias. Em 1989/90, pior ainda; com os adeptos constantemente a pedir a sua demissão, classificou-se em 13.º lugar mas, quase por milagre, conseguiu conquistar a Taça de Inglaterra pela vantagem mínima de 1-0 sobre o Crystal Palace, a vitória que salvou a sua carreira. Em 1990/91 voltou ao meio da tabela com um 6.º lugar e, finalmente, a época de glória em 1991/92, com o título inaugural da English Premier League e o primeiro do clube de Manchester em 26 anos. O resto é registo histórico...
Pergunta que nunca resisto fazer: quanto tempo teria durado Alex Ferguson no Sporting ?... Uma época ou duas, talvez, de certo que não teria terminado a terceira.
O Manchester United anunciou hoje no seu site oficial que o lendário técnico escocês, Sir Alex Ferguson, irá dar termo à sua gloriosa carreira no final da época, após 26 anos de serviço nada menos do que brilhante ao leme dos "Red Devils".
Declarou Sir Alex: «A ideia de abandonar é algo que já venho a penaar há algum tempo e é algo que não foi fácil de decidir, mas chegou o momento certo. era muito importante para mim deixar a equipa totalmente organizada e fiz isso. A qualidade da equipa que venceu o campeonato e o equilíbrio nas idades irá permitir continuar a jogar ao mais alto nível. A pensar no futuro, estou muito contente por passar a ser director e embaixador da equipa.»
Nada se sabe sobre o seu sucessor, mas o nome de José Mourinho - sem ser consensual - aparece no topo da lista. Outro nome que a comunicação social inglesa está a avançar como forte candidato, é David Moyes, actual treinador do Everton. Este, com um palmarés que não se compara, minimamente, ao do técnico português, terá uma personalidade mais adequada à cultura e imagem do Manchester United.
É a minha opinião - e apenas opinião - que o emblema de Manchester vai querer um técnico anglo-saxónico, por mais que não seja porque na sua história nunca teve alguém que não fosse inglês, escocês ou irlandês. José Mourinho já terá conhecimento desta circunstância através do seu bom amigo Sir Alex. De qualquer modo, os próximos dias prometem ser muito interessantes.
Nota à parte: Quem sou eu para contrariar o parecer perito de Alex Ferguson, mas não considero que deixa uma equipa "totalmente organizada" e com "equilíbrio nas idades, especialmente no sector defensivo. Com 37 golos sofridos, só o 5. classificado Tottenham, das equipa do topo, tem mais. O 6.º Everton tem apenas mais um sofrido. Deixa um plantel com muitas dúvidas: Ryan Giggs, 39 anos, Paul Scholes 38, Rio Ferdinand 34, Carrick, Vidiv e Patrice Evra todos com 31. Além destes, há casos que terão de ser definidos: Nani e Javier Hernandez não estão satisfeitos e poderão sair, idem para o brasileiro Anderson, pouco utilizado, e rumores abundam sobre Wayne Rooney. A melhor explicação que eu encontro para a conquista do título foi a sua capacidade para marcar golos, 25 dos quais por van Persie, com Rooney a contribuir com 13, e a menor irregularidade comparado aos seus mais directos rivais, todos com tremendas oscilações competitivas durante a época.
Sir Alex Ferguson: «Foi um grande cabeceamento, incrível. Era impossível pará-lo. O salto e a capacidade para se manter no ar. Ao intervalo, perguntei a Evra porque não discutiu o lance com ele. Mas depois vi a repetição e pensei «Mas o que estou para aqui a falar?» Deve ter sido um jogo difícil para ele jogar contra uma equipa que já representou, teve alguma emoção à mistura, porque ele esteve connosco durante seis anos. Mas, mesmo assim, foi uma grande ameaça para nós. Quando recebe a bola, começamos a rezar por tudo e por nada.»
Cristiano Ronaldo: «Manchester é uma casa onde joguei seis anos e cheguei menino. Tenho um carinho especial e não festejei o golo por respeito a pessoas que me deram muito.»
Lembro-me bem do primeiro golo que Cristiano Ronaldo marcou ao Sporting, em Alvalade, para a Liga dos Campeões na época de 2007-08. Para seu mérito, também não festejou e foi aplaudido pelos adeptos. Tinha o destino - e o seu enorme talento - que viesse a marcar novamente no jogo da segunda «mão» no Old Trafford.
Sempre que vem à discussão a azáfama de treinadores no Sporting - especialmente nas últimas duas décadas - vem-me prontamente à ideia o nome de Alex Ferguson. A resposta à pergunta do título do post é apenas e tão só: IMPOSSÍVEL...mas não pelos motivos mais óbvios.
Se o lendário técnico dos «Red Devils» de Manchester tivesse tido a infelicidade de vir parar a Alvalade e concretizassse o mesmo registo competitivo do United, nos seus primeiros tempos no comando, é por de mais lógico que não teria passado mais do que o primeiro Natal em Lisboa. Se um seu já falecido compatriota e amigo foi demitido com a equipa em primeiro lugar, Sir Alex teria tido mesmo uma passagem relâmpago pelo emblema ver-e-branco.
Quando assumiu o comando do Manchester na época de 1986/87, classificou-o em 11.o lugar da «English Premier League». Mesmo assim, os líders do clube não vassilaram e deram-lhe um voto de confiança para continuar, que ele retribuiu com 2.º lugar na época seguinte. Mas desastre esparava-o; voltou a ocupar o mesmo 11.º lugar em 1988/89 e em 1989/90 mal escapou a despromoção, apaziguando um pouco os ânimos com a conquista da «FA Cup». A sua quinta época continuou a não agradar, pelo 6.º lugar, mas apesar do enorme movimento sensacionalista pela comunicação social na tentativa de promover o seu afastamento, o clube resistiu e, finalmente, em 1991/92 o Manchester United e Sir Alex Ferguson foram campeões de Inglaterra, quebrando um jejum de 26 anos.
O resto da sua lendária carreira fica para a história: 37 títulos nacionais e internacionais - e ainda não parou - a adicionar aos 10 que já trazia com ele da Escócia, onde conquistou 10 títulos pelo Aberdeen, que incluem uma Taça das Taças e a Supertaça UEFA.
Realísticamente, Sir Alex Ferguson não serve de exemplo em termos comparativos, pelas diferentes sociedades, culturas e inerentes mentalidades e espírito desportivo entre países e clubes, mas dá para sublinhar o que referi no primeiro parágrafo do escrito; no Sporting, não tinha chegado ao Natal e o presidente do Manchester, se não fosse um dos proprietários, tinha ido para a rua com ele. Muito por isto, gostava de ver a liderança do futebol Sporting ser assumida por dirigentes não eleitos e não subjugados ao parecer demagógo e populista. Se algum dia chegar o tal grande investidor - e esse dia vai chegar - ou espera-se que chegue - para permitir a sobrevivência da modalidade ao nível profissional - será precisamente isso que acontecerá. As alternativas simplesmente não existem, por muito que se propague fantasias na praça pública.
Um pouco por todo o lado, aparecem queixas, à conveniência, sobre os critérios da arbitragem, por meios e palavras diferentes. Desta vez coube a Sir Alex Ferguson insinuar que o rival City tem beneficiado de mais penalties do que o seu clube: «Se tivéssemos tantos penalties como eles, haveria um inquérito na Câmara dos Comuns. Certamente haveriam muitos protestos». O líder dos «red devils» de Manchester terá «esquecido» que a sua equipa já beneficiou de um maior número de pontapés da marca dos onze metros, na presente época, do que o City, com a simples mas importante diferença de que o United já desperdiçou quatro dessas oportunidades.
O «derby» do próximo domingo será a maior atracção da 16.ª jornada da «English Premier League» com o Manchester United a liderar a tabela classificativa com 36 pontos, mais três do que o segundo classificado City e sete sobre o terceiro Chelsea.
« O regresso de Cristiano Ronaldo ao Manchester United não será possível a curto prazo. Não creio que isso possa acontecer, apesar de gostar de pensar que sim. Estamos a falar de um jogador que está em grande forma, nunca se lesiona e que nunca perde um jogo. Seria uma incrível quantidade de dinheiro. Ele sempre quis jogar no Real Madrid, eese era o seu sonho desde criança e agora está a concretizá-lo. Não estou a dizer que ele vai ficar lá para sempre, há sempre a possibilidade de vir a sair, nunca se sabe. Para nós é inalcançável. Quem o pode contratar ? Talvez uma equipa russa, mas acham que ele quer ir para lá ? »
- Sir Alex Ferguson -
Observação: O histórico técnico escocês do «Red Devils» com a sua reconhecida franqueza. Tem razão quanto aos valores de uma eventual transferência de Cristiano Ronaldo para o seu clube, considerando o montante envolvido pela sua saída para Espanha e, ainda, a contenção financeira dos donos norte-americanos. Dito isto, muito dá para entender que o jogador formado no Sporting não se sente feliz em Madrid e que nada lhe agradaria mais do que regressar a Manchester. Entre outras considerações, a aliança entre alguns dos seus colegas espanhois e jogadores do Barcelona, não lhe deve agradar mesmo nada. Aliás, o exacto mesmo poderá ser dito de José Mourinho. Atrevo-me a sugerir que se o técnico português conseguir vencer a Liga dos Campeões, a sua despedida aos «merengues» será imediata.
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