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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Surgiu-me a ideia de iniciar uma nova série recordando considerações de outrora de Alfredo Farinha - grande jornalista, inicialmente no "Mundo Desportivo" e a partir de 1957 e até 1990, no jornal "A Bola". Também escritor de pelo menos três livros que são do meu conhecimento: o primeiro, "João Rocha - Uma Vida", seguido por "O Apagão" e aquele que me foi oferecido e que Alfredo Farinha teve a gentileza de autografar "Futebol Traído e Humilhado".
É perfeitamente natural não concordarmos com a totalidade da sua visão das coisas, mas não deixa de ser interessante e pertinente que muito do que ele escreveu em 1997 ainda hoje é válido. Para inaugurar a série, transcrevo, então, duas considerações suas, em sinopse:
Carta aberta a um governante
Os grandes clubes querem lá saber das misérias
do País e dos cidadãos
... e, em nome de uma prioridade nacional chamada futebol (ainda por cima o futebol político-empresarial) pouco lhes importa que um trabalhador normal, com o salário médio corrente (1997), precise de trabalhar entre quinze e vinte anos para ganhar aquilo que hoje se paga, num só mês, a algumas vedetas do pontapé na bola, muitas das quais oriundas do estrangeiro, e remuneradas em dólares.
Maioria absoluta aprova novos estatutos da FPP, mas...
«Frente revolucionária dos caciques» rejeita a autoridade
democrática dos votos
O Governo Português vai aprendendo à sua custa, como já aconteceu com outros países, que o futebol não é uma brincadeira de rapazes, nem um bom campo para experiências políticas, nem um local adequado à exibição das vocações totalitárias de senhores endinheirados, bem encartados, ambiciosos, ou simples aprendizes de ministro.
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