Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Um artigo no Record, salvo erro, intitulado "Ordem para não abrandar" e com o parágrafo de abertura "Cansaço e riscos de suspensão não podem ser desculpas para tirar o pé", fazem lembrar o enquadramento disciplinar de Adrien Silva e Slimani, ambos com oito cartões amarelos.
Qualquer medida que se venha a tomar agora peca por ser tardia e não passa de um remendo com acréscimo de risco, mas ainda é possível minimizar os potenciais danos. Eis o calendário de jogos do Sporting até ao fim da época:
(1) Belenenses (F) - (2) Marítimo (C) - (3) Moreirense (F) - (4) União da Madeira (C) - (5) FC Porto (F) - (6) Vitória de Setúbal (C) e (7) SC Braga (F).
Eu faria para Slimani levar o nono cartão amarelo neste próximo jogo com o Belenenses, que o afastaria da recepção ao Marítimo. Já Adrien Silva veria o cartão pela visita a Moreira de Cónegos, afastando-o, portanto, da recepção ao União da Madeira.
Com esta medida, o registo disciplinar dos jogadores ficaria "limpo". Apesar de tardio, como já indiquei, seria um mal menor; aliviaria a pressão sobre os jogadores e, sobretudo, garantiria a sua disponibilidade para os últimos três muito importantes e potencialmente decisivos embates.
Dito isto, tudo indica que Jorge Jesus vai continuar a evidenciar a sua notória casmurrice.
Continuo intrigado com a anunciada lesão de Adrien Silva que eu, no dia do embate com o Bayer Leverkusen, denominei de "fantasma" e que obedecia a uma qualquer "jogada", ou seja estratégia, por parte do treinador leonino, uma vez que já era sua intenção não o utilizar no desafio da Liga Europa.
Nada do que constou desde esse dia me fez mudar de ideias, pelo contrário, cada vez mais creio que é mesmo uma "jogada", especialmente depois de Jorge Jesus afirmar que Adrien sentiu um "desconforto muscular" durante o treino em terras germânicas.
Neste momento, é segredo do foro interno se o «capitão» vai estar disponível para o importante encontro de segunda-feira com o Vitória de Guimarães. Assente na premissa que é mesmo uma "jogada", tudo me leva a crer que irá ser anunciado que não houve recuperação clínica e, por conseguinte, não irá jogar.
Esta circunstância permitirá proteger Adrien para o "derby" do dia 5 de Março, dado que regista 8 cartões amarelos na I Liga e salva Jorge Jesus de ter de explicar, novamente, a razão que o levou a não tomar medidas para "limpar" este registo. Por outras palavras, poupa o treinador de ser acusado de não ter feito o que de facto devia ter feito.
Se Adrien jogar na segunda-feira, esta minha tese não tem valor algum e tudo não foi mais do que uma "jogada" fruto da minha imaginação. Veremos...
O outro caso do género é Slimani. No entanto, não vejo cenário algum em que o argelino não vá defrontar a equipa vimaranense. Irá jogar algo condicionado, evidentemente, porque uma falta desmedida pode-lhe custar o "derby", se porventura o tão ansiosamente esperado castigo do Conselho de Disciplina não surgir "oportunamente".
Para a 22.ª jornada da I Liga e tendo em vista o clássico do próximo domingo em Alvalade, estavam em risco de ver o 5.º amarelo, os seguintes jogadores:
Sporting - Maurício e Heldon
FC Porto - Fernando, Danilo e Josué
No termo dos respectivos jogos das duas equipas, verifica-se o seguinte:
Sporting
Heldon jogou 63 minutos e não foi sancionado.
Maurício jogou 90+3 minutos e viu o 5.º cartão amarelo aos 57'.
FC Porto
Josué não saiu do banco no jogo com o Arouca.
Fernando jogou 90+4 minutos e não foi sancionado.
Danilo jogou 90+4 minutos e não foi sancionado.
Conclusão: Apenas Maurício terá de cumprir um jogo de castigo, falhando, portanto, o clássico de domingo.
A exemplo de um outro personagem nosso conhecido mais perto de "casa", Platini procura o protagonismo dos espaços noticiosos quase diariamente. Mas esta disposição não incomoda tanto como as suas recorrentes tentativas a modificar o futebol, a exemplo desta sua mais recente consideração de que "cartões amarelos" como punição disciplinar devem ser substituídos pelo afastamento do jogador infractor do jogo por um período de 10 ou 15 minutos.
«Eu mudaria o sistema de advertências, os cartões. O meu sistema seria mais como no râguebi, em que um jogador admoestado fica 10 ou 15 minutos fora do jogo. Dessa forma, o benefício é da equipa opositora, no mesmo jogo, em vez de uma sanção que transita para o jogo contra uma terceira equipa, a próxima no calendário. Isto é apenas uma uma ideia, agora precisa de amadurecer para vermos se pode realmente ser bom para o jogo. É uma proposta a ser explorada.»
Acho a ideia ridícula, porque com alguns árbitros a distribuírem cartões amarelos à dúzia, literalmente, o jogo de futebol de 11 conta 11 desapareceria por completo. Se o objectivo é reduzir as faltas e fazer sentir o "peso" das sanções, seria mais construtivo reduzir o número de cartões amarelos acumulados com direito a suspensão por um jogo, de cinco para três - isto no que refere a campeonatos domésticos -, a segunda ocorrência do género a ser punível com dois jogos e assim sucessivamente. Ou, se desejarmos, considerar impor o mínimo de dois jogos de suspensão a quem for expulso por acumulação de amarelos no mesmo jogo. Claro, optando por esta via, a suspensão por cartão vermelho directo também teria que ser aumentada.
Em análise final, qualquer medida inovadora no futebol não deve ter um impacto directo no jogo em si, ou seja, na forma como o futebol é jogado. Pela mesma razão, não sou a favor do uso de meios electrónicos para avaliar determinados lances, salvo, talvez, o da linha de golo.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.