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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Uma interessante reportagem de Hugo Franco, Pedro Candeias e Rui Gustavo, do jornal Expresso, que além de relatar eventos até agora desconhecidos na praça pública, deixa a ideia que ainda há muito por trás da invasão da Academia Sporting por apurar.
A reportagem dos jornalistas começa assim:
"Pelo menos dois elementos da equipa técnica do Sporting foram alvo de ameaças por parte de desconhecidos, numa altura em que já tinham sido realizadas as detenções dos 23 adeptos que invadiram a Academia de Alcochete, há uma semana.
De acordo com o depoimento de José Laranjeira, scout do clube, nos autos da GNR, uma carrinha de mercadorias branca entrou no parque de estacionamento de uma grande superfície comercial, ponto de encontro de jogadores e técnicos antes de irem prestar declarações no posto da GNR do Montijo, na noite de terça-feira. O condutor estava “junto ao vidro do veículo” a filmar a zona com um telemóvel. E desapareceu. Tinha a inscrição “entregas ao domicílio” e a matrícula foi transmitida à GNR".
A ser verdade, e tudo indica que é, mais um exemplo do deplorável clima que se vive em torno do Sporting de momento sob a liderança de um presidente que só está bem a fomentar "guerras" e frentes de batalha, com tudo e com todos. Afronta qualquer sentido de sensatez que hajam sportinguistas que se revêem neste tipo de liderança, mas é o Sporting que temos e que provavelmente vamos ter ainda por mais algum tempo.
Um dos dirigentes do Vitória de Setúbal está a ser ameaçado de morte através de vários telefonemas e mensagens na sequência do diferendo entre o emblema sadino e o Sporting por causa do empréstimo de Ryan Gauld e André Geraldes. Paulo Grencho já apresentou queixa na PSP contra os elementos desconhecidos.
Segundo as reportagens desta segunda-feira, uma das chamadas realizada pelo suspeito das ameaças de morte terá sido feita a partir de um número identificado de telemóvel, que se encontra já na posse das autoridades para dar seguimento à investigação.
O dirigente do Vitória de Setúbal confirmou as ameaças de morte de que foi alvo, tal como a queixa que apresentou na PSP de Setúbal. "É de lamentar que um assunto relacionado com o futebol chegue a tal situação. Espero que a direcção do Sporting Clube de Portugal nada tenha a ver com as ameaças de que tenho sido avo. E não fui só eu - também ameaçaram a minha família. Chegaram-me a dizer que eu e a minha família iremos aparecer mortos um destes dias".
Estas declarações já provocaram a uma reacção do Sporting, que está a ponderar avançar judicialmente face às suspeitas levantadas pelo dirigente Paulo Grencho. "Entendemos as declarações do senhor Paulo Grencho como o levantamento de uma suspeição grave. Por isso, uma vez publicadas essas declarações, o departamento jurídico da SAD agirá em conformidade", afirmou uma fonte oficial do Sporting.
As ameaças ao director desportivo dos sadinos começaram depois da eliminação do Sporting da Taça da Liga frente ao emblema do Bonfim e da exigência do Sporting em revogar os empréstimos de Ryan Gauld e André Geraldes, emprestados ao emblema de Setúbal.
O V. Setúbal opôs-se a este pedido do Sporting, por entender que isso não respeitava o acordo firmado pelos dois clubes no início da época. Os jogadores, porém, acabaram mesmo por sair de Setúbal e regressar ao plantel orientado por Jorge Jesus, para serem de novo emprestados, desta feita ao Chaves, algo que poderá vir a não acontecer uma vez que o Sporting necessita obrigatoriamente da assinatura do Vitória de Setúbal para poder emprestar novamente os jogadores.
«Temos recebido relatos de que elementos ligados à arbitragem começam a ser "ameaçados" de poder perder os seus trabalhos fora do futebol se "as coisas não voltarem ao que eram". Estas "pressões" estarão a ser feitas pelos próprios patrões e/ou superiores hierárquicos.
A estar a suceder é absolutamente execrável e nós estaremos atentos, denunciando toda e qualquer situação. Não vão conseguir parar a mudança fundamental no futebol!».
Confesso, desde já, que não tenho conhecimento de causa para poder verdadeiramente avaliar este tipo de denúncia. Parece-me, no entanto, que mesmo sendo verdade, o teor da divulgação é uma "uma mão cheia de nada" pela sua ambiguidade e, sobretudo, por carecer de detalhes.
Publicar um alerta deste cariz em nome de uma Instituição como o Sporting Clube de Portugal é bem diferente de um adepto ou cidadão comum, até porque a gravidade da hipotética ocorrência é de enorme importância para o futebol português.
Mais uma vez as comunicações do Sporting deixam muito a desejar, disposição esta que se começa a verificar quase diariamente. É difícil não ficar com a ideia que estas missivas visam desviar atenções dos assuntos de maior importância para o Clube.
Ironicamente, ainda nos acusam ocasionalmente aqui no Camarote Leonino de divulgar determinadas incidências sem comprovativos.
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