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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Agosto, primeiro mês de competições positivo (Análise)
Chegamos ao final de Agosto e ao fim do primeiro mês de competições da equipa: 5 jogos oficiais; 4 da Liga e a Supertaça com o Sporting de Braga.
O saldo é bastante positivo e em alguns aspectos até melhor que na época passada no final do primeiro mês de competições. A equipa abriu a época 2021/22 com uma excelente vitória na Supertaça efectuando uma boa exibição em Coimbra; nas quatro jornadas da Liga só falhou o pleno no sábado passado com o empate em Famalicão. Curioso que na classificação está na mesma posição e com os mesmos pontos como nas primeiras quatro jornadas da época passada: 10 pontos pelas vitórias em casa com o Vizela e Belenenses e fora na casa do SC Braga e o empate em Famalicão, tem 8 golos marcados e 2 sofridos, menos um marcado mas também menos um sofrido que na época passada.
Mais positivo: a conquista da Supertaça; o jogo da Liga em Braga já ultrapassado com uma vitória (na época passada a ida a Braga só aconteceu na 29.ª jornada); a vitória com o Belenenses ( na época passada tinham perdido dois pontos com o empate a 2 golos); Pedro Gonçalves já com 3 golos mais 2 do que registava com os mesmos jogos; o jogo da equipa estar mais consistente; melhores soluções nas laterais com a vinda de Rúben Vinagre e Ricardo Esgaio, ficando agora com um quarteto de grande nível; a explosão de Matheus Nunes a desempenhar a posição do foragido João Mário, merecendo a sua primeira chamada à selecção brasileira; a tremenda evolução de Gonçalo Inácio a justificar a sua primeira convocatória pelo seleccionador nacional,; o maior respeito e reconhecimento dos rivais pelo poderio da equipa do Sporting.
Menos positivo: Como na época passada ter-se deixado fugir dois pontos em Famalicão. A persistência problemática com um activo, Gonçalo Plata, que continua a dificultar a sua integração na equipa.
Segue-se agora o segundo mês (Setembro) com 5 jogos, 3 da Liga ( em casa com o FC Porto e fora com o Estoril e Marítimo) 2 da Liga dos campeões ( em casa com o Ajax e na Alemanha com o Borussia Dortmund)
Vamos apoiar e a acreditar sempre.
Um artigo interessante publicado no MaisFutebol que consta de uma análise (do autor) sobre o rendimento dos jogadores emprestados pelos "grandes", tanto a emblemas nacionais como estrangeiros. Limitei-me a transcrever a parte que se relaciona com atletas do Sporting.
SPORTING: Iuri Medeiros, Palhinha e Geraldes a rever
O que mais jogou? Já com quase 3000 minutos nas pernas, André Geraldes, lateral cedido ao Belenenses, é o leão que mais tem jogado noutras paragens, esta temporada. Já é, de resto, a época mais produtiva da carreira, neste quesito.
O que mais jogou na Liga portuguesa? A resposta é a mesma, naturalmente. Mas os números da dupla de Moreira de Cónegos (Iuri Medeiros-João Palhinha) são também bem interessantes.
O que marcou mais golos? Neste campo ninguém fica, sequer, perto de Iuri Medeiros. O avançado do Moreirense leva nove golos apontados, mais cinco do que o segundo, que é Heldon, do Rio Ave, com quatro.
Emprestado em Janeiro que se destaca: Jonathan Silva pegou de estaca no Boca Juniors. A verdade é que a sua saída por empréstimo não entra no campo tradicional de ganhar rodagem para voltar. Sublinhe-se, contudo, que o empréstimo, iniciado em Janeiro, foi de apenas seis meses e sem opção de compra, o que pode significar que o Sporting não desistiu dele.
Outros destaques positivos: A equipa de Alvalade é, dos grandes, a que menos jogadores emprestados tem e, além dos referidos, merece a pena salientar a época de Miguel Lopes no Granada (23 jogos), que pode ajudar o Sporting a conseguir encaixar algum dinheiro.
Destaques negativos: Em Janeiro, o Sporting corrigiu bem as cedências que não estavam a resultar. Filipe Chaby pouco jogava no União da Madeira e voltou à equipa B. Luís Ribeiro trocou o Huelva pelo Feirense. Assim, há a salientar apenas a escassez de utilização de dois nomes cedidos na última janela: Oriol Rosell e Labyad. Ambos têm quase tanto tempo nas novas equipas como nas respectivas formações secundárias.
Como já tive ocasião de comentar ontem depois do jogo, só não sabe lidar com derrotas quem nunca andou no desporto, mas aquela exibição do Sporting no Estádio D. Afonso Henriques é má de mais para esquecer de um momento para o outro. Com isto, não pretendo dramatizar o que é apenas um jogo e uma derrota, mas a sensação que deixa não é um bom presságio para o próximo embate frente ao Schalke 04.
Esperamos que Marco Silva consiga dar a volta ao que deve ser um momento muito baixo para os jogadores, para evitar o pior. Há de facto razões que a própria razão desconhece, e muito além de algumas já bem conhecidas menos-valias desta equipa, não consigo encontrar uma explicação lógica para a total inércia e desinspiração que o Sporting deixou vincado em Guimarães.
Dito tudo isto, não posso deixar de mencionar que muito embora a vitória vimaranense seja justa, deve-se muito mais ao demérito leonino do que à qualidade de jogo do V. Guimarães. Mesmo perante este quase não existente Sporting, apenas criou três oportunidades de golo (não concretizadas) e dois dos três golos marcados surgiram por erros da arbitragem: o segundo golo foi em jogada fora de jogo e a grande penalidade, em si discutível, foi precedida por uma falta clara na área não assinalada. Hugo Miguel e os seus auxiliares cometeram erros a mais.
... que não vejo bem as coisas. Ao longo dos anos, foi com frequência que lia a crónica de um jogo de domingo em um diário desportivo, na segunda-feira, e perguntava a mim próprio, e a amigos, se esta se referia ao mesmo jogo a que eu assisti, "in loco" ou pela televisão. Pouco ou nada mudou com o passar do tempo... aparentemente.
No que diz respeito ao jogo da Selecção Nacional, a exibição não me agradou, a equipa mostrou insuficiências clamorosas a espaços e o meio campo não funcionou na construção das manobras ofensivas. Escrevi na crónica que publiquei logo a seguir ao jogo, que, na minha opinião, o grande problema deste meio campo centra-se em Tiago, que não justifica a titularidade, minimamente. Não mencionei Danny, mas também fez parte integral da minha análise global.
Estarei errado com estas observações, porque acabo de ler o seguinte no "Record":
«Tiago... Durante mais de 70 minutos foi, com Moutinho, um dos grandes dominadores de todo o espaço do meio-campo, desdobrando-se no terreno. Jogou na antecipação, quando tinha de ajudar William Carvalho, e no passe quase sempre certo na procura de Nani ou Ronaldo. Quando saiu já estava esgotado.»
Não comentei João Moutinho mas, sem ser brilhante, esteve melhor do que Tiago. Acho, no entanto, esta apreciação nada menos do que surreal:
«João Moutinho... Há muito tempo que não víamos João Moutinho jogar a este nível na Selecção Nacional. Seguramente que desde o jogo com a Suécia, em Solna, que não se mostrava tão decisivo em todas as acções ofensivas de Portugal, correndo quilómetros mas com qualidade, fazendo passes no tempo certo e para o companheiro certo. Um gigante.»
Que me perdoem, mas não foi este o jogo que eu vi !
Marcelo Boeck - Noite mais tranquila do que se esperava. Transmitiu segurança.
Cédric Soares - Sempre em alta rotação. Atacou menos do que o habitual, mas fechou bem.
Maurício - É um "sargentão" ! Pode não ter a qualidade dos companheiros, mas é um líder e raramente é batido, quer pelo ar ou pelo chão.
Eric Dier - Sem medo de impor o físico, nunca foi batido e mostrou que se quer afirmar.
Jefferson - Parece um pouco pesado. Não subiu como normal e teve algumas dificuldades em travar os extremos que lhe apareciam pela frente.
Oriol Rosell - A sua luta com William Carvalho vai dar uma boa dor de cabeça a Marco Silva. Voltou a fazer um bom jogo, quer a distribuir quer a destruir. Inteligente a fazer faltas para matar contra-ataques.
André Martins - Continua a mostrar dificuldades quando o jogo é mais físico. Teve alguns bons pormenores e conseguiu marcar o único golo na pequena área, após cruzamento de Carrillo.
Adrien Silva - Com pouco tempo de trabalho, continua a mostrar que quer manter a qualidade da época passada. Segurou bem a bola e foi o principal criativo. Ais 63' ofereceu de bandeja o golo a Montero com um passe magistral.
André Carrillo - Um verdadeiro quebra-cabeças no ataque. Bons pormenores ofensivos e, aos 42', foi dele o cruzamento para o golo. Aos 63', quase marcou após bonita jogada individual.
Diego Capel - Na primeira parte explorou muito bem as costas de Luís Felipe para criar perigo na esquerda. Aos 13' ofereceu a Montero a possibilidade de marcar, mas o remate saiu mal.
Fredy Montero - Os bons movimentos continuam lá. Segura bem a bola e sabe servir os companheiros, mas voltou-lhe a faltar o instinto matador. Aos 8' perdeu de cabeça, aos 13' rematou mal após bom trabalho e aos 63' saiu curto o chapéu a Artur. Precisa de golos com urgência.
João Mário - Tem bons pés. Segura bem a bola mas parece estar ainda com pouco ritmo.
Junya Tanaka - Mexido no ataque e voluntário na defesa. Voltou a não ter oportunidades de se mostrar na finalização.
Carlos Mané - Entrou com ritmo. Tentou desequilibrar e ajudou a defesa.
Slavchev - Gosta de apoiar o ataque e aparecer na área. Mostrou também ser combativo. Podia ter decidido o jogo nos descontos, mas rematou por cima.
Heldon - Não conseguiu aparecer no ataque, mas ajudou a fechar nos minutos finais.
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