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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Confesso que fui um dos que não compreendeu a saída de Ana Capeta - uma das minhas jogadoras favoritas - e estou muito satisfeito por a ver regressar à casa do leão que foi sua entre 2016/2017 e 2020/2021, tempo no qual marcou 78 golos.
A jogadora, 17 vezes internacional por Portugal, conta no currículo com experiências no PSV Eindhoven, dos Países Baixos, CA Ouriense e CAC, além de um vasto palmarés conquistado com a listada verde e branca: dois Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal e uma Supertaça.
“Estou muito feliz por voltar a casa. Passei aqui cinco épocas de muitas conquistas e de um grande amor, fazia todo o sentido voltar. É um misto de emoções regressar à Academia, fez-me recordar grandes alegrias que tive aqui. Espero voltar a conquistar muitos títulos".
Um dia depois de ter sido dispensada pelo Sporting - integrada no lote de nove jogadoras a quem também foi apontada a porta de saída, Ana Capeta, internacional portuguesa de 23 anos, assinou pelo PSV Eindhoven, da Holanda.
"Era o momento certo para dar este passo. O futebol feminino está a crescer cada vez mais e o PSV oferece as melhores condições para continuar a evoluir como jogadora e para lutar por títulos na Europa. Estou muito orgulhosa por ser a primeira jogadora portuguesa a vestir esta camisola e agradeço a oportunidae", afirmou a avançada natural de Aljustrel.
Continuamos à espera de explicação por parte da Sporting SAD sobre a "revolução" que levou a cabo na equipa feminina de futebol.
Nutro uma simpatia especial pela Ana Capeta e gostei de a ver jogar de leão ao peito. Não é das futebolistas mais talentosas - embora tenha excelente capacidade de remate - mas muito poucas lutavam em campo como ela.
Ana Capeta foi suspensa por três jogos e multada em 51 euros pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, na sequência da expulsão e posterior gesto obsceno na direcção do banco de suplentes do Benfica no recém-dérbi entre as duas equipas.
A suspensão da avançada do Sporting CP é dividido entre uma partida pela expulsão (por acumulação de amarelos) e duas pelo tal gesto, a ser cumprido na próxima época.
O incidente, que ocorreu no último jogo da época 2020/21, é referenciado aqui.
Num outro post já comentei o mal sucedido jogo da equipa feminina de futebol, frente ao rival da Segunda Circular, que custou o título da Liga BPI ao Sporting.
Deparei, entretanto, com este deveras insensível, ingénuo e ininteligente comentário - e digo apenas isto para ser muito simpático - de um administrador de um grupo privado de Facebook, em que faz alvo impiedoso de uma das nossas maiores leoas.
Ana Capeta - uma das nossas valorosas leoas e das que mais sente a camisola de leão ao peito - foi expulsa por acumulação de amarelos. Ao sair do relvado, obviamente frustada com o desenrolar do jogo, foi alvo de umas bocas do banco do Benfica e reagiu como está ilustrado na imagem.
Não é um gesto bonito, embora ocorra diariamente no futebol, e não se recomenda, mas dizer que ela deve receber "guia de marcha para outra parte" é o que eu já referi mais acima e só pode vir de um indivíduo que nunca praticou desporto, em geral, e futebol, em particular. Ainda bem que este cavalheiro comentador/administrador não anda nos nossos relvados para não ouvir a constante troca de "mimos" entre jogadores.
E, já agora, pode apagar este post que eu tenciono partilhar nesse grupo e dar-me "guia de marcha para outra parte".
ADENDA
Susana Cova, treinadora do Sporting, afirmou que o comportamento de Ana Capeta não a orgulha e que a jogadora terá de se corrigir. Concordamos... no entanto, quem chama a atenção do comportamento do banco do Benfica que lhe mandou umas bocas avulsas quando ela saía do relvado? Tanto assim, que outros elementos do Sporting viraram-se para o banco adversário.
A "irreverente" Ana Capeta que ontem marcou dois golos ao Benfica.
Ana Capeta marcou, em Lárnaca, o seu primeiro golo com a principal camisola das Quinas. Nos instantes finais, saltou do banco para refrescar o ataque e só precisou de um minuto e sete segundos para, com grande frieza, cabecear na cara das cipriotas e fazer o terceiro golo de Portugal. Um dia e meio após o feito, a atacante revisita o momento em conversa com o Canal 11 e garante que o tento apontado é "para guardar no coração":
"Entrar e marcar logo tem sido um dos meus principais registos no futebol. Já tive golos especiais marcados dessa forma, até em finais de competições internas importantes, mas pela Selecção A o sentimento é ainda maior. Vai ser um golo para guardar no coração para o resto da minha vida.
Uma avançada vive de golos mas também se alimenta do sucesso do coletivo. Quando a máquina toda funciona, é fantástico! O que interessa mais são os objetivos da equipa. Foi uma vitória importante.
É verdade que tenho mais golos quando entro com o jogo já a correr, mas não gosto que me vejam apenas como uma espécia de arma secreta. Como qualquer jogadora, trabalho durante a semana com a ambição de jogar, quero ser escolhida no dia do jogo. Tento mostrar a minha qualidade para ser titular".
Parabéns grande leoa!
Ana Capeta, que celebrou ontem o seu 22º aniversário
Ana Capeta (19 golos marcados esta época)
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