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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A antiga eurodeputada do Ana Gomes acredita que os negócios pessoais ou das empresas de elementos relacionados com clubes de futebol não estão a ser investigados. a fundo. E nem o caso da OPA do Benfica que levou o presidente, Luís Filipe Vieira, a negar qualquer benefício próprio, depois de levantadas suspeitas, a demove das críticas.
Em recém-entrevista concedida a DN/TSF:
"Alguém que se dê a fazer uma lista das empresas que esse senhor foi deixando juncadas com cadáveres, em insolvência, e quem é que tomou conta dessas insolvências? E que dívidas é que isso implicou aos bancos, dívidas em muitos casos restruturadas, isto é, perdoadas à conta de todos nós cidadãos que contribuímos para limpar os bancos e para os bancos poderem limpar os seus ativos negativos? O que eu vejo são prescrições. Sim, anunciam-se investigações, mas depois há prescrições".
Ana Gomes defendeu ainda que é preciso investigar a existência de uma lista com o nome de 46 juízes que o Benfica convidava para jogos de futebol.
Ana Gomes voltou a atacar o Benfica e a justiça portuguesa. Em declarações prestadas à SIC, a ex-eurodeputada comentou o caso que envolve o hacker português Rui Pinto, as revelações em torno do 'Luanda Leeks', e uma lista composta por "44 juízes portugueses que recebiam bilhetes grátis do Benfica":
"Esta semana dei-me conta de um caso que toda a gente aí discutiu. Um caso de um juiz que pediu escusa por ser sócio de um clube de futebol e não foi aceite essa escusa, o que é estranho. É estranho quando circula por aí, por exemplo, uma lista, que até hoje não vi ser desmentida por ninguém, de 44 juízes portugueses que recebiam bilhetes grátis do Benfica. Grátis, entre aspas.
Essa dita lista tem um membro do actual governo que até fez parte de um colectivo, que determinou a prisão preventiva de Rui Pinto [Antero Luís], tem o próprio presidente do supremo Tribunal de justiça, que é em simultâneo presidente do conselho superior da magistratura. Isto é, o órgão que promove os juízes. Que sinal se dá aos jovens juízes, que querem fazer com correcção e competência o seu trabalho, se há a suspeita de haver este tipo de relação promíscua?
A lista é pública, não sei se é ‘Football Leaks’, mas está por aí, nas redes sociais e eu acho que ela exige uma tomada de posição não só dos próprios, que lá estão, mas também das próprias autoridades, das instituições e muito em particular do conselho superior da magistratura. Porque se não, nós vamos inquietarmo-nos muito.
Não imagino ver nenhum destes 44 juízes, se não desmentirem e se demarcarem dessa lista, a integrar, por exemplo, o colectivo que venha a julgar Rui Pinto, ou a julgar, por exemplo, as questões relacionadas com os ‘Luanda Leeks’ que, como hoje sabemos, são produto das revelações de Rui Pinto".
Ana Gomes recorreu, este sábado, às redes sociais para reagir à acusação do Ministério Público a Rui Pinto, denunciante do Football Leaks:
"A justiça em Portugal está a resistir à captura dos expostos pelo Football Leaks?...
Rui Pinto está detido e acusado de 147 crimes (incluindo extorsão)... mas nenhuma investigação começou sobre a evasão fiscal, lavagem de dinheiro e crime organizado que expôs".
Através da sua conta no Twitter, a ex-eurodeputada Ana Gomes reagiu à decisão do Tribunal da Relação de Lisboa de não levar a julgamento a SAD do Benfica no âmbito do processo E-toupeira, mantendo a decisão instrutória da juíza Ana Peres, do Tribunal Central de Instrução Criminal.
"Por que razão é que o Ministério Público não inquiriu o presidente e outros membros da administração da SAD Benfica sobre o conhecimento que tinham, ou não, da actuação do assessor Paulo Gonçalves, no caso E-toupeira?... Ou é cuidado e carinho, para não incomodar 'troppo' os chefes?".
Para lastimável descrédito do Desporto e da Justiça deste singular país, tem-se constatado ultimamente a tendência de alguns dos maiores devedores ao fisco e à banca (isto é, a todos nós, cidadãos contribuintes) - nomeadamente empresários da construção civil e da imobiliária - se refugiarem comodamente como altos dirigentes de populares clubes de futebol. Um expediente habilidoso que, resistindo ilicitamente ao cumprimento da lei e das dívidas, lhes permite garantir a manutenção da sua vida confortável, em prejuízo das vítimas ignoradas e sofredoras dos seus calotes.
A fim de conservar o seu poder (indispensável à sua segurança) esses astutos personagens cultivam avidamente o apoio das aduladoras e inconscientes massas adeptas dos seus clubes, usando simultaneamente o seu prestigioso estatuto na conquista de uma influência cada vez mais notória e pessoalmente interesseira sobre as variadas instâncias desportivas, políticas ou da comunicação social – o que resulta, obviamente, numa promiscuidade crescentemente suspeitosa e altamente perniciosa para a imprescindível integridade do movimento desportivo nacional, sobretudo o futebolístico.
Neste particular e inflamado contexto, não surpreende que o comum observador manifeste o seu repúdio pela frequente e desavergonhada exibição pública, nas elegantes tribunas dos estádios e outros locais, desses desafiantes grandes caloteiros, principalmente quando ladeados de governantes e políticos igualmente destituídos de pudor.
Texto da autoria de Leão da Guia
A ex-eurodeputada Ana Gomes reagiu à notícia da revista 'Sábado' sobre Luís Filipe Vieira, em que o presidente do Benfica terá deixado um calote de 54 milhões de euros no Novo Banco.
Nas redes sociais, partilhou uma publicação da notícia, acrescentando: "Olha quem! Outro dos grandes devedores que também é capaz de jurar que não tem dívidas à banca...".
A ex-eurodeputada Ana Gomes referiu este sábado que a transferência de Nakajima para o FC Porto é uma das que quer ver investigadas. A antiga deputada ao Parlamento Europeu lembrou a carta enviada às autoridades europeias e nacionais, dizendo que este negócio é um dos referidos nessas missivas.
"Nakajima já está no FC Porto - as cartas que enviei a autoridades europeias e nacionais cobrem esta e outras transferências entre clubes...", escreveu na sua conta no Twitter.
Recorde-se que Ana Gomes questionou recentemente a transferência de João Félix para o Atlético Madrid por 126 milhões, questionando se não seria "negócio de lavandaria".
Nakajima, avançado japonês de 24 anos, regressou a Portugal para representar o FC Porto, seis meses depois de ter sido vendido pelo Portimonense ao Al-Duhail, do Qatar, por 35 milhões de euros. Os dragões pagaram agora 12 milhões por metade do passe.
P.S.: Considerando, entretanto, mais um negócio por valores ainda não revelados entre o Benfica e o Atlético de Madrid, relativamente ao avançado Ivan Saponjic, talvez que a Ana Gomes tenha razão em querer estas transferências investigadas.
Ana Gomes publicou um comentário no Twitter onde questiona o valor (126 milhões de euros) pago pelo Atlético Madrid na transferência de João Félix.
Bruno Faria Lopes, jornalista da SÁBADO, escreveu no Twitter que ainda não leu uma explicação racional e fundamentada para que a venda envolva valores tão elevados:
"Um jogador com apenas 19 anos, que jogou meia época num campeonato de terceira categoria, e que aí se revelou, é vendido por 120 milhões de euros, naquela que é a quarta maior transferência de sempre no futebol. Ainda não li uma explicação racional, e fundamentada, para isto".
Em resposta, a 27 de junho, um dia depois do post original, a ex-eurodeputada questiona:
"Não será negócio de lavandaria?"
Ana Gomes intenta enviar uma carta ao Governo para averiguar se as finanças tributaram alguma parte dos reportados 156 milhões de euros gastos por Benfica, FC Porto e Sporting em comissões desde 2015.
De acordo com o Jornal de Notícias desta sexta-feira, os três grandes desembolsaram em intermediação esta verba nas últimas quatro temporadas, com as águias mais dispendiosas (79,6 M€), seguidas de dragões (42,7 M€) e leões (33,8 M€).
"E a Autoridade Tributária cobrou quanto de impostos sobre estas comissões? Segue já cartinha a perguntar ao Ministro Mário Centeno"...
Afirmação da eurodeputada nas redes sociais, colocando a par do tema Pierre Moscovici, Comissário Europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, e ainda Margrethe Vestager, Comissária Europeia para a Concorrência.
Nos últimos dois anos, os encarnados gastaram 17,9 milhões na época passada. O maior fluxo registou-se em 2016/17 quando os encarnados desembolsaram mais de 30 milhões para cumprir os compromissos com os intermediários.
O F. C. Porto surge em segundo lugar na lista com um gasto de 42,7 milhões nos últimos quatro anos. Em 2015/16 gastaram e 11,8 milhões, mais 1,8 milhões de euros que o Benfica. O fair play financeiro, contudo, obrigou a SAD portista a ter maior contenção nas contratações e nas duas épocas seguintes não ultrapassou os 10 milhões.
O Sporting, por sua vez, gastou 33,8 milhões de euros em comissões. Segundo a FPF, o clube de Alvalade reduziu os gastos em 4,5 milhões na última época, atingindo os 10,2 milhões, depois de terem desembolsado 14,7 milhões em 2017/18.
Ana Gomes congratulou-se esta quinta-feira com a notícia do Der Spiegel, segundo a qual as autoridades francesas conseguiram aceder aos ficheiros de Rui Pinto, antes de o hacker ser extraditado de Budapeste para Portugal, e terão copiado 26 terabytes em documentos.
"Ora bem! Ora tomem, todos os que queriam apoderar-se do acervo de Rui Pinto para o destruir...", escreveu a eurodeputada no Twitter.
Segundo o Der Spiegel, estarão em causa um total de 26 terabytes de documentos obtidos por Rui Pinto ao longo dos anos - mais de oito vezes a quantidade entregue pelo hacker. A publicação alemã diz mesmo que receiam que o material possa ser destruído em Portugal.
Segundo "fonte oficial" dos encarnados, o Benfica e o seu presidente Luís Filipe Vieira vão processar a eurodeputada Ana Gomes por falsas declarações, calúnia e difamação.
Em causa, as suas polémicas declarações em recém-entrevista ao jornal Record - já aqui referenciadas no Camarote Leonino - nomeadamente que o clube da Luz é... "um dos clubes mais envoltos em acusações e em alegações de envolvimento em esquemas de corrupção"... e que o seu dirigente máximo (Luís Filipe Vieira) "está referenciado em várias listas de grandes devedores do País por vários empréstimos não pagos. Há todo um passado de delinquência ligado a essa pessoa.”
À SIC Notícias, este domingo, Ana Gomes afirmou que não retira o que declarou:
"Mantenho o que disse. Aguardo desenvolvimentos com toda a tranquilidade".
A eurodeputada (PS) Ana Gomes, concedeu uma extensa entrevista ao jornal Record este domingo, na qual aborda um vasto leque de questões intrisecamente associadas ao futebol nacional, nomeadamente Football Leaks, o caso de Rui Pinto, o processo E-toupeira e a Direcção do Benfica.
Eis um breve excerto de algumas das suas principais considerações:
“Sim, considero mesmo que o futebol é o ópio do povo. Isto não se passa apenas no nosso país, como o Football Leaks revelou. É um mal global. Isto tem de ser mudado. Nesse exacto sentido, denunciantes como o Rui Pinto fazem um trabalho extraordinariamente importante para a defesa do interesse público e, especificamente, para o combate à criminalidade organizada.”
“Ele [Rui Pinto] teme e foi por isso que pediu para não ser extraditado, teme pela própria vida. Sabendo o nível irracional que as paixões clubísticas desencadeiam no nosso país, ainda esta semana vi uma senhora que foi agredida num pavilhão, sabendo que há uma evidente ligação a grupos de crime organizado associados às claques, é evidente que compreendemos que Rui Pinto tem razões para temer pela sua vida.”
“O que eu percebo do Apito Dourado e o que li sobre ele é que acabou por dar em muito pouco, não obstante ter ficado mais claro que havia uma podridão total nos circuitos do futebol. (...) Não é estranho que crimes graves de uma série de pessoas, como o corruptor do funcionário judicial envolvido que tinha passwords de magistrados para ir ver processos para o dito clube, e depois a direcção do clube não ser acusada, estando ela ao corrente?”
“O Benfica é um dos grandes do futebol, o maior do nosso país em número de adeptos e um dos mais envoltos em acusações e em alegações de envolvimento em esquemas de corrupção. (...) Sabemos que o dirigente máximo do clube está referenciado em várias listas de grandes devedores do País por vários empréstimos não pagos. Há todo um passado de delinquência ligado a essa pessoa.”
A eurodeputada Ana Gomes, em comentário na SIC, voltou a abordar o caso de Rui Pinto, o alegado hacker dos emails do Benfica, realçando a importância de averiguar o "interesse público" do conteúdo divulgado pelo suposto pirata informático, insistindo, ainda, estar à espera de ver a justiça portuguesa solicitar a colaboração de Rui Pinto:
"Ainda na semana passada, em Espanha, o Cristiano Ronaldo chegou a acordo e foi obrigado a pagar cerca de 19 milhões de euros. E graças ao Football Leaks o Estado espanhol está a recuperar milhões de euros de alguns jogadores.
Em Portugal o que é que aconteceu?... Estranho, não é? Não tenho notícia de que tenha acontecido alguma coisa... Ouvi dizer que, eventualmente, o processo E-toupeira resulta de informação do Football Leaks, não necessariamente da informação trazida a público pelo Rui Pinto.
O caso E-Toupeira é um caso que põe toda a gente muito intrigada. Como é que é possível levar o assessor jurídico e um funcionário conivente com ele a julgamento e não levar a entidade para quem trabalhava o dito assessor jurídico, que era a SAD do Benfica?
Isto tem de ser visto à luz da apreciação que os tribunais façam".
Ricardo Fortunato/RR
Ana Gomes, eurodeputada do PS, depois de ter reagido via Twitter à detenção de Rui Pinto voltou a comentar a detenção do hacker, alegado responsável pela divulgação dos e-mails do Benfica.
No domingo à noite, no seu espaço de comentário político na SIC, a eurodeputada voltou a defender o hacker português:
“A Justiça terá que apurar tudo o que se passou, mas não aceito que taxem o rapaz de criminoso sem que a Justiça faça o seu trabalho.
É da responsabilidade da justiça proteger a pessoa investigada. O Rui Pinto pode ter feito um tremendo serviço à comunidade. O processo e-Toupeira também resultou da denúncia que a Justiça portuguesa encontrou no 'Football Leaks'.
É facto que estamos perante um pirata informático, que eu gosto de chamar 'lançador de alertas', que conseguiu acesso a informação grave sobre esquemas de corrupção e que comprometem o futebol e o crime organizado ligado ao futebol. O Rui Pinto correu tremendos riscos e sofreu ameaças de morte porque há interesses poderosos”.
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