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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Lia uns jornais enquanto tomava o pequeno almoço, como é meu hábito - e encontrei casualmente um artigo de opinião já publicado há uns dias, que achei interessante e merecedor de partilhar com os leitores, pela temática directamente associada ao Sporting. O autor chama-se André Pipa, quem eu presumo que seja um cronista ao serviço do diário "A Bola".
O artigo é excessivamente extenso para eu o transcrever aqui, na totalidade, nem tenho os meios para efectuar qualquer link. Perante isto, passo a transcrever um parágrafo que me parece mais relevante ao momento do nosso Clube:
«Se Fernando Santos foi ver alguns dos três grandes no domingo passado (seria, portanto, a 5.ª jornada da Liga)... só se safou com o Sporting. O Benfica apresentou um português no onze titular (Eliseu) e dois no banco (André Almeida, que jogou 5 minutos, e Bebé). O FC Porto, a mesma coisa: um titular no onze (o espectacular miúdo Rúben Neves) e Quaresma no banco (jogou 27 minutos). Já o Sporting alinhou com com seis portugueses (Rui Patrício, Cédric, William, Adrien, João Mário e Nani) e tinha mais três no banco (Esgaio, Paulo Oliveira e Carlos Mané).
Não é nenhuma novidade a estrangeirização quase absoluta das equipas do Benfica e do FC Porto - é assim há muitos anos - como não espanta o significativo contingente nacional no Sporting: estamos a falar do clube que produziu a maioria dos melhores e mais decisivos jogadores da Selecção Nacional nos últimos vinte anos. Mas não deixa de ser chocante que o seleccionador nacional possa ver apenas dois portugueses de início - DOIS ! - no Benfica e no FC Porto, que têm sido nos últimos largos anos as equipas mais fortes e competitivas do País. Alguma coisa está fundamentalmente errada nisto.»
André Pipa passou depois a fazer uma comparação com diversos outros campeonatos, entre os quais eu seleccionei o inglês, que também não deixa de ser chocante e irá longe em explicar o bem conhecido insucesso da selecção inglesa de há uns anos a esta parte. Escreve o autor:
«Vejamos a propósito, o que se passou com as melhores equipas - da "English Premier League : o Chelsea alinhou com dois ingleses de início (nenhum no banco), o Manchester City com dois também (mais um no banco), o Liverpool com três (dois no banco) e o Arsenal com quatro (um no banco).»
Pouco de novo é apontado pelo cronista, mas é sempre bom saber que alguém está a prestar atenção e a divulgar a situação. Se este artigo e outros do género contribuirão para uma modificação nas estruturas do futebol nacional é muito duvidoso, pelo menos a curto prazo.
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