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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
Hoje, para variar, a foto do dia não ilustra ninguém do Sporting CP. Não resisti comentar esta recém-boca gratuita de André Villas-Boas, treinador do Olympique de Marseille:
"A FIFA anda a dormir"
Já ele, que anda acordado, podia tratar do Marselha, que no recém-embate frente ao FC Porto registou a sua 13.ª derrota consecutiva na Liga dos Campeões, e que em quatro jogos sob o seu comando, nem sequer um golo marcou.
Creio que esta sua afirmação relaciona-se com a lista de cinco treinadores nomeados pela FIFA para o prémio de melhor treinador do ano.
O Marselha de André Villas-Boas bateu o recorde de mais derrotas consecutivas na Liga dos Campeões, ao somar a 13ª seguida esta quarta-feira, em casa, contra o FC Porto, por 2-0.
O antigo registo pertencia aos belgas do Anderlecht, que tinham perdido 12 jogos entre 2003 e 2005.
A série do Marselha começou na época 2011/2012, no Estádio Giuseppe Meazza, contra o Inter de Milão. Seguiram-se então derrotas contra Bayern de Munique, Arsenal, Borussia Dortmund, Nápoles, Olympiacos, Manchester City e FC Porto em três participações na prova.
Este registo não obstante, sempre que vejo uma notícia sobre Villas-Boas recordo o velho provérbio que se lhe adequa que nem uma luva... "Mais vale cair em graça do que ser engraçado".
É curioso como ainda ninguém viu que este homem não é treinador digno do nome. Salvo aquela época no FC Porto que foi um autêntico "fluke", nada mais fez no futebol. Dito isto, a sua conta bancária deve falar muito mais alto.
«O legado de Pep Guardiola é já enorme. Ele é bastante valorizado por todos os treinadores a nível mundial. É uma honra para mim olhar por cima do ombro dele. Ele mudou o futebol, a forma como deve ser jogado. Abriu os olhos ao Mundo. Se repararem no estilo de jogo das principais equipas europeias, constatam a inspiração do Barcelona de Guardiola.»
- André Villas-Boas -
Observação: A bem dizer, as opiniões do antigo treinador portista não me afectam minimamente. Comento estas suas declarações somente pelo tema que optou por abordar - a "grandiosidade" do futebol de Pep Guardiola - e, especialmente, a sua ridícula afirmação que o actual treinador do Bayern Munique "abriu os olhos ao Mundo".
É verdade que cada um de nós tem a sua preferência pessoal pelo estilo de futebol que gosta de ver. Para mim, o modelo mais horroroso que apareceu no Mundo foi precisamente o "tiki-taka" de Pep Guardiola. Não posso estar mais em desacordo com Villas-Boas, pela sua afirmação que é assim que o futebol deve ser jogado. Ele não deve ser ingénuo ao ponto de não saber interpretar o futebol de posse de bola. mas ao mesmo tempo espectacular, a exemplo do que as selecções brasileiras praticaram em tempos de outrora, com o modelo que Guardiola apresentou. E, mesmo assim, que só foi possível com um plantel durante o seu consulado de quatro anos que incluía Lionel Messi, Xavi e Iniesta, entre outros da "cantera" do Barça, e mais de 200 milhões de euros investidos em jogadores externos. Este futebol produziu conquistas por falta de argumentos adequados pelos adversários, um lote supremo de jogadores e beneficências não em pouca dose, tanto na liga espanhola como na UEFA, do género que lhe permitiram - escandalosamente - conquistar duas Ligas dos Campeões.
Pep Guardiola abandonou o Barcelona sem se perceber bem porquê - um mistério que tem provocado muita especulação, nem toda positiva - e um ano mais tarde aceita outro desafio de menor escala: treinar o Bayern Munique, o clube alemão que historicamente tem dominado a "Bundesliga" - 22 títulos - salvo pelo recém-ressurgimento do Borussia Dortmund. O outro clube que mais se aproxima em títulos (5) - o Borussia Monchengladbach - já não vence desde 1976/77. Por conseguinte, qualquer sucesso que venha a ter no clube de Munique não será grande proeza, especialmente considerando que este emblema despende milhões ao kilo na aquisição de talentos. Com a grandiosidade que Villas-Boas lhe atribui, gostaria de ver Guardiola a liderar um clube de mais modesto poderio e, aí, "abrir os olhos ao Mundo".
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