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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
A Federação Portuguesa de Futebol recomendou, esta segunda-feira, a reintegração imediata do Gil Vicente na Primeira Liga, face à decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa, revelando, em comunicado, que não recorreria da mesma. Por sua vez, o Executivo da Liga de Clubes anunciou esta terça-feira, que aceita o alargamento da I Liga e a inclusão do emblema de Barcelos.
António Fiusa, presidente do Gil Vicente, não está disposto a colocar uma pedra sobre o notório "Caso Mateus" e promete ir até às últimas consequências para responsabilizar todos aqueles que ele considera terem prejudicado o clube a que preside. Num tom muito duro e acusatório, teve isto para dizer:
«O país esteve 10 anos de luto porque um conjunto de pessoas – a tal máfia – prejudicou muito o Gil Vicente e muito a minha pessoa. Fui muito injustiçado. A cidade e o concelho perderam muito. Essa gente terá que agora ser responsabilizada e dar a cara. Eles sabiam o que estavam a fazer e que era batota. Queriam prejudicar o Gil Vicente e o futebol português. Não posso perdoar essa gente, que é do pior que há.
Se a Liga e a Federação não responsabilizar essa gente, será o Gil Vicente e eu a fazê-lo, porque essa gente não pode ficar impune. António Mortágua, Gilberto Madaíl, Amândio de Carvalho, Frederico Cebola, Pedro Mourão e Cunha Leal terão de ir a tribunal responder por terem feito tão mal ao futebol português.
O Gil Vicente esteve quase a acabar e passou por uma fase muito difícil. Nunca tivemos salários em atraso e passámos a ter com o "Caso Mateus”. Houve corrupção nisto. Houve uma pessoa que recebeu 100 mil euros de um clube».
Algum exagero com a afirmação que o país esteve "dez anos de luto", mas dá para perceber a intenção. Com isto, fica claro que o último episódio deste caso ainda está muito longe e, ainda, que vamos ter mais equipas (19 ou 20) a disputar o campeonato na próxima época. Exclusivamente no contexto desportivo, não era isto que se desejava para o futebol português, tendo em consideração que há ampla evidência a favorecer a redução do número de clubes e não o aumento.
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