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"Ele não se limita a rematar. Coloca a bola com antologia, com arte, e surpreende os guarda-redes na passada. É muito bom a executar, é espontâneo.” António Oliveira não se cansa de elogiar Pedro Gonçalves, jogador talismã na conquista do troféu mais desejado pelos sportinguistas, na época passada.

Oliveira é, hoje em dia, mais associado ao FC Porto, clube do coração, onde jogou e que treinou e levou ao título duas vezes. Mas foi também na relva do antigo José Alvalade que o ex-jogador encantou os adeptos do Sporting e o mundo do futebol.

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O também antigo selecionador nacional rejeita as comparações com aquele que se revelou como um dos jogadores-chave na equipa às ordens de Ruben Amorim. “Os tempos são diferentes, as funções também e ainda até o posicionamento no campo. Eu ia mais atrás. Procurava criar espaços para atrair adversários e poder isolar os companheiros. Na proximidade da área também rematava com colocação. Antecipava lances e, por isso, surgia solto. Nos lances de bola parada conseguia marcar golos,” lembra.

Entre 1981 e 1985, Oliveira espalhou a sua magia de leão ao peito. Mas, como o próprio admite, estava bem acompanhado: “Jogar com Manuel Fernandes e Jordão permitia-me assisti-los ou simular passe e rematar”. Ainda hoje, António Oliveira mantém o recorde de médio ofensivo do Sporting com mais golos marcados (32) nos primeiros 50 jogos.

Quanto a Pedro Gonçalves, o empresário de 69 anos continua a espalhar elogios: “O que ele faz não está ao alcance de todos, só de quem trata a bola por tu,” mesmo que volte a lembrar as diferenças entre o antigo jogador do Famalicão e ele próprio, no seu tempo: “Joga mais avançado do que eu e mais livre para atacar, porque não tem de carregar tanto o jogo em espaço maior. Ele joga mais pelas alas e vem para o meio porque é muito rápido. Eu jogava muito mais pelo corredor central, em drible e sempre com visão periférica”.

publicado às 02:32

Fotografia com história dentro (212)

“Por cada leão que cair outro se levantará!”

Leão Zargo, em 30.08.20

Boavista Sporting 1981-82 lesão de Oliveira.jpg

Há determinadas frases que ficam na nossa memória por terem sido pronunciadas por alguém icónico num determinado momento histórico. É o caso da célebre afirmação “Por cada leão que cair outro se levantará!” feita por António Oliveira dias depois de se ter lesionado no Bessa em vésperas de um jogo crucial com o Benfica no Estádio de Alvalade. O campeonato podia ficar decidido nesse dérbi.

No Boavista - Sporting disputado em 20 de Março de 1982, para a 22ª jornada, as coisas correram da pior maneira para a equipa leonina. Perdeu o jogo e o concurso de Oliveira, um dos “imprescindíveis” na estratégia delineada por Malcolm Allison, e que só voltaria a jogar no final da época. Esteve presente nas partidas com o Amora e o Estoril-Praia, nunca fazendo os 90 minutos completos.

Durante a semana o ambiente não era o melhor em Alvalade, onde Oliveira se apresentou com a perna direita engessada. A vantagem de cinco pontos sobre o Benfica permitia alguma “folga”, mas o empate e a derrota nas duas jornadas anteriores constituíam motivo de preocupação. Foi então, em 22 de Março, que numa entrevista ao repórter Francisco Rosa de “A Gazeta dos Desportos” o jogador sportinguista afirmou que “eu caí, mas outros vão levantar-se”. E concluiu garantindo que “se eu não jogar outro jogará tão bem ou melhor do que eu”.

Estas terão sido as palavras exactas de Oliveira segundo o jornalista Daniel Reis, então subchefe da redacção da Gazeta. De acordo com a sua versão, no jornal alteraram a frase original por outra ainda mais incisiva e que ficou imortalizada na memória de todos os sportinguistas e numa placa de mármore colocada no antigo Estádio: “Por cada leão que cair outro se levantará!”. Na placa consta a data de 16 de Maio de 1982, dia da vitória no jogo com o Rio Ave, na penúltima jornada, quando o Sporting garantiu a conquista do título de campeão nacional.

Na fotografia, Oliveira lesionado no Boavista - Sporting em 20 de Março de 1982.

publicado às 12:30

Antigas glórias: António Oliveira

Rui Gomes, em 14.05.20

publicado às 04:02

Fotografia com história dentro (53)

Leão Zargo, em 02.07.17

 

 António Oliveira Sporting CP.jpg

 

António Oliveira e o Sporting

  

O presidente João Rocha contratou os serviços de António Oliveira no Verão de 1981, quando ele exercia as funções de treinador-jogador no Penafiel. Chegou a Alvalade como jogador, juntando-se a Manuel Fernandes, Jordão, Eurico, Carlos Xavier, Meszaros, Bastos, Inácio e Mário Jorge, entre outros. Uma grande equipa. Permaneceu no Sporting durante quatro épocas.

 

Os sportinguistas recordam-se bem de Oliveira, até porque formou com Manuel Fernandes e Jordão um triângulo ofensivo inesquecível. Houve sempre uma história de conflitos de egos entre eles, mas o treinador Malcolm Allison tirou o capitão dessa equação, garantindo que “Manuel Fernandes era o mais envergonhado, altruísta”. Os problemas terão surgido depois da saída de 'Big Mal'.

 

No início da temporada de 1982-83, João Rocha entregou-lhe a orientação técnica da equipa na sequência de uma pré-época polémica na Bulgária com Malcolm Allison. Assim, Oliveira passou a treinador-jogador, conquistou a Supertaça e conduziu o Sporting até aos quartos-de-final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, a melhor prestação do Clube nesta competição.

 

No dia 29 de Setembro de 1982 o Sporting recebeu o Dínamo de Zagreb, campeão da Jugoslávia, na primeira eliminatória da Taça dos Campeões Europeus. Na primeira mão os jugoslavos tinham vencido por 1-0. O jogo de Alvalade disputou-se num contexto de grande conflito emocional para Oliveira pois o seu pai tinha sido hospitalizado e estava entre a vida e a morte.

 

No entanto, ele quis jogar para “vingar aquele momento trágico”. Nas bancadas foi-se conhecendo a terrível situação do camisola dez. No relvado o jogador realizou uma exibição magistral culminada com três golos fabulosos. Ciro Blatzevic, o treinador do Zagreb, exclamou que “Oliveira é um fora-de-série”. Poucas horas depois, o jogador teve conhecimento da morte do pai.

 

A época de 1982-83 não correu bem aos leões. Se calhar, já estava escrito nas estrelas. Num derby na Luz que o Sporting perdeu por 3-0, Oliveira não compareceu alegando motivos de saúde. João Rocha percebeu o erro que tinha cometido e contratou Josef Venglos. Depois, muita coisa aconteceu no Sporting, mas desde aquele jogo com o Zagreb tenho uma dívida de gratidão para com António Oliveira!

 

publicado às 12:33

 

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«Na altura (Dezembro 1982) já havia uma grande movimentação para que fosse eu o capitão do Sporting. O próprio Malcom Allison queria tirar a braçadeira ao Manuel Fernandes. Quando o treinador foi afastado, o Manuel Fernandes deu uma entrevista onde, por acaso, elogiou muito o trabalho dele. Por esta altura eu já tinha sido promovido a jogador-treinador. O presidente João Rocha não gostou nada da entrevista do Manuel Fernandes e quis afastá-lo da equipa retirando-lhe a braçadeira e instaurando-lhe um processo disciplinar. Eu é que intercedi junto de João Rocha e disse-lhe que não podia fazer aquilo. O Manel tinha que jogar e tinha que ser ele o capitão naquele jogo frente ao Sporting de Braga. Afinal não me enganei ! A coisa correu tão bem que o Manel jogou, foi capitão, marcou três golos e o Sporting venceu a Supertaça.»

 

Do Livro Estórias d'Alvalade de Luís Miguel Pereira

 

publicado às 06:31

Teatro de Operações Eleitorais (7)

Rui Gomes, em 08.02.13

 

E os rumores continuam a circular nos espaços noticiosos, um dos mais recentes, relativamente a António Oliveira, não para presidente mas como o homem forte do futebol num grupo, não identificado, que está a equacionar avançar com uma candidatura. Não tenho dúvidas que ele aceitaria um cargo bem remunerado no futebol, mas muito também depende da qualidade do referido grupo, especialmente a pessoa indigitada para a presidência. Sem ter uma única razão significativa contra a ideia, não o vejo no Sporting em qualquer função.

 

Entretanto, mantem-se alguma expectativa em torno de Tomás Aires, vice-presidente do tempo de Sousa Cintra. Pelas sua declarações há uns tempos atrás, deixou a ideia de que estava receptivo a candidatar-se, mas nada de novo surgiu desde essa data. Se tem algo em mente, ainda tem algum tempo, uma vez que o prazo para a apresentação oficial das candidaturas é 21 de Fevereiro. O ex-dirigente tem o perfil, experiência e a competência, mas é desconhecido se terá uma base de apoio suficientemente forte e uma equipa de qualidade. Além do mais, como outros, a situação financeira do clube deve ser um factor preponderante na equação, já que soluções fáceis não estão à vista, salvo para aqueles com promessas sem fim na ponta da língua.

 

publicado às 04:41

O que dizem eles

Rui Gomes, em 12.12.12

 

 

« Godinho Lopes diz estar no futebol pelo fair play, para lutar contra o sistema e elevar o nível de conversa e não diz que é para ganhar? Acho que há alguma incongruência no discurso, falta de conhecimento, não está rodeado das pessoas que sabem. O projecto desapareceu com a saída das duas pedras fundamentais e do treinador sem qualquer tipo de explicação ou de substituíção. Converso com muita gente do Sporting há bastante tempo. Às vezes pedem-me opinião, um contributo, não os que estão no momento a dirigir o Sporting, mas o que no futuro vão dirigir o Sporting inevitavelmente. Se equaciono regressar? Pelas minhas competências e qualidades podia dizer que sou um gestor que está no terreno, está no mercado».

 

-    António Oliveira    -

 

Observação: Devo admitir que era a última pessoa que eu esperava ouvir opinar sobre o Sporting e, sobretudo, admitir que está receptivo a regressar ao Clube como gestor. A maior curiosidade sobre o estado actual do Sporting, por incrível que pareça, é que não há falta de interessados em participar na sua vida, em uma ou outra função. Pela ambiguidade do seu discurso, António Oliveira deixa a ideia de que tem andado distraído sobre muito do que tem ocorrido ao longo dos últimos meses. Muito à sua maneira, também atirou para o ar uma outra noção; que tem um pé dentro da porta com quem «no futuro vão dirigir o Sporting inevitalmente.»  O universo sportinguista deverá ficar grato ao saber que este fervoroso portista está «preocupado» com a sobrevivência do Clube. Tempos indescritíveis que vivemos. Quando se pensa que já se ouviu tudo e todos, aparece sempre mais um iluminado.

 

publicado às 15:48

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