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Ser Sporting não se implora, não se ensina, não se espera, somente se vive... ou não.
O Sporting!
O Sporting Clube de Portugal nasceu em 1906 com origem social aristocrática e burguesa e de uma divergência no Campo Grande Football Club. Essa matriz social era comum a todos os clubes portugueses que foram fundados nessa madrugada já distante do nosso futebol, e que se tornariam grandes na segunda década do século XX. No entanto, em breve, o Sporting adquiriu um carácter interclassista, onde a lealdade e a identificação com os valores do Clube implicam um fortíssimo sentimento de pertença, de solidariedade e de sociabilidade.
A fotografia é de Junho de 1928 e foi feita durante a paragem no Funchal do paquete “Atlântico”, da Mala Real Inglesa, no decurso da viagem para a digressão brasileira onde seriam utilizadas as camisolas com riscas verdes e brancas. Nela estão os jogadores que compunham a linha defensiva leonina. Em primeiro lugar, o defesa direito, António Penafiel, o 4º Marquês de Penafiel, cujo estatuto social os companheiros de equipa só conheceram depois da sua morte. No meio, Cipriano dos Santos, talvez o primeiro grande guarda-redes do Sporting, marinheiro no Arsenal do Alfeite. Finalmente, Jorge Vieira, o “capitão perfeito” e defesa esquerdo, operário nas oficinas da Imprensa Nacional.
Trata-se de uma fotografia verdadeiramente singular, de três extraordinários atletas que em 1928 personificavam a matriz original do Sporting: a grandeza no carácter, a nobreza na atitude e o brio no desporto. É também um documento revelador do interclassismo social do Clube, a “casa comum” de todos os sportinguistas.
A fotografia foi retirada do livro “Jorge Vieira e o futebol do seu tempo”, da autoria de Romeu Correia.
A camisola às riscas horizontais…
São conhecidas as diferentes camisolas que foram envergadas pelos jogadores leoninos. No início usaram uma camisola branca, como que herdada dos dois clubes precursores do Sporting, o Sport Club de Belas e o Campo Grande Football Club. Depois, a partir de 1908 num jogo que foi disputado no campo da Feiteira, a bipartida verde e branca, a belíssima ‘Stromp’. Finalmente, desde 1927/1928, com riscas horizontais verdes e brancas.
A camisola às riscas inspirou-se na do Racing de Paris, tendo sido adaptada por Salazar Carreira para a equipa de râguebi do Sporting, em 1926. Mas, foram utilizadas pela equipa de futebol em jogos particulares com o Casa Pia (Novembro de 1927) e o FC Porto (Janeiro de 1928), continuando a ‘Stromp’ a ser a oficial. Quando o Sporting realizou a digressão ao Brasil no Verão de 1928 os dirigentes leoninos optaram pela camisola listada por ser mais leve, fresca e justa ao corpo.
A fotografia é de Junho de 1928 e foi feita durante a paragem na Funchal do paquete “Alcântara”, da Mala Real Inglesa, no decurso da viagem para a digressão brasileira. Nela estão os jogadores que compunham a linha defensiva sportinguista: António Penafiel, o 4º Marquês de Penafiel, Cipriano dos Santos, o primeiro grande guarda-redes leonino, e Jorge Vieira, o “capitão perfeito”, envergando o bonito e moderno jersey. Em 1929 os estatutos determinaram que as camisolas para os jogos de campo deveriam ter riscas horizontais com seis centímetros de largura. Até hoje!
A fotografia foi retirada do livro “Jorge Vieira e o futebol do seu tempo”, da autoria de Romeu Correia.
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